NOTÍCIAS

Mineroduto do Minas-Rio conta com mais de 133 mil toneladas de aço e 44 mil tubos

19 de dezembro de 2014

O mineroduto do Sistema Minas-Rio, empreendimento da Anglo American em operação nos estados de Minas-Gerais e Rio de Janeiro, é o maior do mundo em extensão com 529 km e é uma das maiores obras de engenharia da Am&e

O mineroduto do Sistema Minas-Rio, empreendimento da Anglo American em operação nos estados de Minas-Gerais e Rio de Janeiro, é o maior do mundo em extensão com 529 km e é uma das maiores obras de engenharia da América Latina, concluído em 2014. A estrutura transporta minério de ferro do município mineiro de Conceição do Mato Dentro ao Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, atravessando 33 cidades.

rn

“Levamos quatro anos para construir o mineroduto e finalizamos a implantação com sucesso, dentro do prazo e do orçamento estipulados em 2012. Foi uma grande empreitada, que contou com a participação de mais de 10 mil pessoas em 200 frentes de obra. Utilizamos tecnologias de ponta e processos de controle de qualidade rigorosos na construção da estrutura, além de termos priorizado a segurança dos nossos empregados e terceirizados em todas as etapas da obra”, ressalta o diretor de Projetos da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American, Alberto Vieira.

rn

Vieira explica que o mineroduto foi escolhido pela Anglo American para ser o modal logístico de transporte do minério de ferro por ser de alta confiabilidade, provocar baixos impactos ambientais, ter baixo custo operacional e de manutenção, especialmente se comparado com o de outras alternativas, como a ferroviária.

rn

A estrutura conta com uma linha tronco com 529 km de extensão em tubos de aço do tipo API 5L-X70 – aço carbono de alta resistência, duas estações de bombeamento, localizadas em Conceição do Mato Dentro (MG) e Santo Antônio do Grama (MG), e uma estação de válvulas, localizada em Tombos (MG). Além disso, o mineroduto possui 10 estações de monitoramento de pressão (PMS) e oito leitos de anodo, que compõem um sistema de proteção catódica contra corrosões.

rn

O transporte do minério de ferro tem início na área da planta de beneficiamento, em Alvorada de Minas (MG), por meio do impulsionamento da polpa de minério por bombas de pistão, que são de alta pressão. As duas estações de bombas oferecem apoio a esse transporte, que demora cerca de 6 dias para ser concluído a uma velocidade de  6 km/h. A polpa é  transportada com 68% de sólidos a uma pressão de 18 Mpa na saída da estação de bombas 1 (EB1) e 20 Mpa na estação de bombas 2 (EB2). A estação de válvulas tem a função de corrigir a pressão do sistema de bombeamento para que a polpa chegue no terminal de minério de ferro do Porto do Açu na velocidade correta.

rn

Embora tenha sido enterrado em cerca de 99% de sua extensão, o mineroduto conta com obras especiais: 11 furos direcionais (HDDs), cinco túneis, além de 21 passagens aéreas. “Optamos por construir o mineroduto com essas obras devido à composição topográfica da região, por diminuir o impacto ambiental e por serem métodos menos destrutivos”, explica Alberto Vieira.

rn

Engenharia do mineroduto

rn

Para a construção do mineroduto, foram realizadas inicialmente obras de terraplenagem – um volume de 25 milhões de m³ – para aplainar e aterrar a região. A implantação do modal logístico foi iniciada em 2010. Para a linha tronco de 529 km, a Anglo American utilizou cerca de 44 mil tubos, com tamanho médio de 12 metros e diâmetros de 24” e 26”, fabricados no Brasil, Japão e Argentina. Os tubos possuem 16 tipos diferentes de espessura, revestimento externo em tripla camada de polietileno e declividade máxima de 15%.

rn

Uma grande parte da obra de implantação da tubulação do mineroduto foi o trabalho de solda. “Os tubos são soldados, têm as suas juntas revestidas para posteriormente serem enterrados. Foram feitas 43.774 soldas. Foi um trabalho extremamente importante e que passou por vários testes de controle de qualidade. Além disso, todos os soldadores possuíam certificação e seus resultados de performance eram monitorados. Não constatamos, por exemplo, nenhum vazamento nas soldas realizadas. Isso é uma prova da ótima qualidade do trabalho realizado”, aponta Alberto Vieira.

rn

No que diz respeito à transmissão de dados ao longo do mineroduto, foi implantado um sistema de fibra óptica, capaz de suportar canais de voz, dados e vídeo. Além disso, a estrutura conta com um sistema SCADA (Supervisão e Aquisição de Dados), que permite operação local ou a distância via cabo óptico; sistemas de detecção de vazamento, de gestão de qualidade ambiental, segurança e saúde ocupacional.

rn

Ao longo de toda a implantação do mineroduto, foram realizados monitoramentos, como  testes hidrostáticos, que têm o objetivo de verificar a resistência da tubulação e a ocorrência de vazamentos, fissuras ou rupturas para garantir máxima eficácia e segurança no transporte do minério de ferro.

rn

 

rn

 

 

Fonte: Anglo American

Compartilhe:

LEIA TAMBÉM



Inscrições abertas para o Simpósio do Ouro e Metais Nobres em Minas Gerais

8 de outubro de 2018

studos do Conselho Mundial do Ouro (World Gold Council – WGC) apontam que a expansão da classe média na China…

LEIA MAIS

IBRAM participa da reunião do Associations Working Group Meeting

16 de outubro de 2023

O diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Rinaldo Mancin, representou o Instituto, nesta quinta-feira, 12, em…

LEIA MAIS

Produção de minério de ferro da BHP cai 4% no trimestre

20 de outubro de 2017

Os números levam em consideração o minério de ferro produzido pela BHP e em parcerias em joint ventures

LEIA MAIS