MMG busca investimento em novas minas de zinco no Peru
29 de julho de 2016
A MMG, empresa que é propriedade da China Minmetals e tem sede em Melbourne, Austrália, possui operações de cobre no país sul-americano, na mina de Las Bambas
A mineradora MMG afirmou estar em busca de novas minas de zinco no Peru. A empresa disse em maio deste ano que tem US$ 5 bilhões para investir em aquisições no mercado de cobre e zinco, e pode encontrar a solução no Peru, que tem a terceira maior reserva do mundo da commodity.
A MMG, empresa que é propriedade da China Minmetals e tem sede em Melbourne, Austrália, possui operações de cobre no país sul-americano, na mina de Las Bambas, o que oferece uma base para a mineradora explorar novas oportunidades, diz a companhia.
“Estamos procurando em lugares como o Peru, onde há bastante zinco. A restrição de oferta finalmente chegou”, afirmou à Bloomberg, nesta quinta-feira (28), o CEO Andrew Michelmore.
O zinco, que é usado para a produção de aço à prova de ferrugem, subiu mais de 50% desde a baixa em janeiro. A justificativa, de acordo com os especialistas, são os cortes de produção nas minas da Glencore e os fechamentos das operações Century, da MMG, e Lisheen, da Vedanta Resources, que reduziram a oferta.
O Goldman Sachs projeta um déficit global crescente, com os preços subindo para US$ 2.500 a tonelada dentro de seis meses, contra os US$ 2.185 de hoje.
A MMG espera produzir de 120 mil toneladas a 135 mil toneladas de zinco em 2016 nas minas da Austrália. A operação Las Bambas, no Peru, provavelmente produzirá entre 250 mil toneladas e 300 mil toneladas de concentrado de cobre neste ano, estima a empresa.
“Há muito pouco zinco no mercado”, diz Michelmore. “Essas pessoas que estão no zinco também estão otimistas em relação ao mercado do zinco, por isso não querem vender. É por isso que continuamos retomando o foco de que temos que encontrar zinco”.
O Goldman diz que o déficit mundial crescerá para 360 mil toneladas em 2017, contra 114 mil toneladas neste ano. O metal tem o melhor desempenho da London Metal Exchange (LME) em 2016, enquanto os estoques nos armazéns monitorados pela bolsa caíram cerca de 30% em relação ao pico de setembro.
“Estamos muito positivos em relação ao setor do zinco e dispostos a nos envolver mais, mas é desafiador”, declarou Michelmore. “Temos programas de exploração e estamos estudando extensões das minas atuais”, disse.
O Peru tem as maiores reservas de zinco depois da Austrália e da China, mostram dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos.
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