Nova tecnologia de monitoramento via satélite permite aumentar a segurança dos trabalhadores em operações da mineradora no Complexo Minerador de Carajás (PA). O sistema, que capta imagens de alta definiç&atil
Nova tecnologia de monitoramento via satélite permite aumentar a segurança dos trabalhadores em operações da mineradora no Complexo Minerador de Carajás (PA). O sistema, que capta imagens de alta definição das minas a céu aberto por meio de satélites, poderá ajudar a fazer um acompanhamento dos taludes e estruturas da mina, tornando a exploração mineral mais segura.
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A inovação é resultado de um projeto de pesquisa desenvolvido por um convênio firmado pela Vale com a Fundação de Aparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e a Fundação Amazônia Paraense (Fapespa).
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Iniciado em 2012, o projeto tem o objetivo de detectar e monitorar a estabilidade de taludes e de deformações superficiais nas minas de ferro a céu aberto da Vale em Carajás, com auxílio de um método inédito no Brasil, a interferometria diferencial de imagens de radar (DinSAR, na sigla em inglês).
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Imagens de alta definição coletadas por satélites fornecem informações que permitem a detecção milimétrica de deslocamentos de terreno dos taludes e das demais estruturas que compõem a mina, como rampas de acesso, pilhas de disposição de estéril, correias transportadoras, barragens, estradas e ferrovias.
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“Essa técnica tem sido usada em outros países para monitoramento de condições de deformações em reservatórios de óleo e gás em terra e de obras de engenharia urbana, como abertura de túneis e construção de metrôs. Por exemplo, na Itália, radares orbitais fornecem informações que ajudam no monitoramento de terremotos. A pesquisa em Carajás foi o primeiro teste em mina ativa a céu aberto em condições tropicais úmidas”, afirmou o geólogo Waldir Renato Paradella, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coordenador do projeto Fapesp-Vale.
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Ao longo do projeto, a técnica mostrou-se eficiente ao confirmar a ocorrência de deformações detectadas pelo corpo geotécnico da Vale na mina N5W, uma das três a céu aberto que fazem parte do Complexo de Minas de Ferro de Carajás. Por meio da tecnologia DInSAR foi possível avaliar quantitativamente as trincas na rampa de acesso à mina e as fraturas em faces de talude, além da abrangência espacial.
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Durante a aquisição de uma imagem, a antena de um radar SAR, instalado em um satélite orbital, emite milhões de pulsos de ondas eletromagnéticas em direção ao solo. Quando o campo elétrico irradiado interage com o alvo do terreno, parte do sinal é refletida e captada pela antena. Por meio de técnicas de processamento são analisadas a amplitude, que indica quanto o alvo reflete da iluminação e a fase, que revela a distância do sensor radar para determinado ponto imageado do terreno.
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“Quando um alvo do terreno apresenta movimentação entre dois imageamentos, a distância entre o sensor radar e o alvo se altera, o que é expresso por uma diferença de fase. Quando essa diferença é relacionada a um ponto localizado em um talude de mina, provavelmente indica que um deslocamento ocorreu no local”, afirma Paradella.
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A Vale já planeja colocar em campo um novo projeto, agora direcionado às minas do Quadrilátero Ferrífero, situadas em Minas Gerais. Desta vez, serão utilizados dados combinados de dois satélites, TerraSAR-X e o italiano Cosmo-Skymed. “Do ponto de vista metodológico, a pesquisa no Quadrilátero Ferrífero, com duração prevista de dois anos, vai complementar a de Carajás. Hoje, com o sistema Cosmo-Skymed, o tempo de revisita da mina cairia para oito dias”, diz Paradella
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A mineradora planeja ainda, empregar a técnica DlnSAR juntamente com radares de campo e de estações totais com prismas refletores, os dois métodos convencionais de levantamento e monitoramento geotécnico hoje em uso em suas minas.
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“Nossa ideia é que o método que utiliza informações de satélites venha a se somar às técnicas convencionais de campo. Ele será complementar ao que já fazemos, com a vantagem de ser preditivo. Com ele, otimizaremos nossas operações”, afirma o geólogo Luciano Assis, da Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos da Vale. As informações são da Vale e da revista Fapesp.
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Fonte: Notícias de Mineração Brasil
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