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O empresário carioca Olavo Monteiro de Carvalho, 70, presidente do Conselho de Administração do grupo Monteiro Aranha, está entrando no mercado de fertilizantes. Sua empresa Geociclo, fundada em 2007, completará em setembro investimentos de R$ 55 milhões para inaugurar a primeira planta, que deverá produzir 50 mil toneladas por ano de um composto organomineral em forma de pelotas e constituído por resíduos orgânicos purificados (compostados) e adubos químicos tradicionais (nitrogênio, fósforo e potássio, trio conhecido como “NPK”).
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Segundo Kenedy Carvalho, diretor de operações da Geociclo, a produção de adubo organomineral de alta resistência e em larga escala é inédita no país. O produto foi desenvolvido em um laboratório criado há cinco anos com esse objetivo e pretende substituir em larga escala os fertilizantes alternativos de produção artesanal. “O fertilizante orgânico sempre foi visto como alternativo, ninguém pensou em aumentar a escala. Nós estamos substituindo o fertilizante alternativo por uma alternativa de fertilizante”, disse o executivo.
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Segundo Ernani Judice, presidente da Geociclo, os investimentos na fase de pesquisa e desenvolvimento somaram R$ 30 milhões, incluindo R$ 7,6 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa federal voltada ao apoio à inovação – dos quais R$ 2,1 milhões obtidos por meio de dois projetos de subvenção (sem reembolso). Para a construção da primeira fábrica, no município de Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro, a 28 quilômetros de Uberlândia, o aporte de R$ 25 milhões recebeu 70% de apoio do BNDES.
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Conforme o plano de negócios da empresa, a capacidade de produção deverá dobrar em dois anos e já está prevista também a construção de uma segunda planta em Goianésia (GO). O plano ainda ambiciona chegar a 2020 com uma fatia total de 3,5% a 5% do mercado brasileiro de fertilizantes, o que significaria um faturamento, a preços atuais, entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,8 bilhão. Carvalho disse que busca parceria para tocar o projeto no ritmo planejado.
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Segundo Judice, o composto organomineral passou por 40 testes, sob supervisão de instituições como a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epemig), que envolveram o plantio de culturas, como cana, milho, soja e pastagens, sempre com aumentos de produtividade de até 64% em relação aos adubos convencionais.
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Ele explicou que, como os compostos orgânicos já têm alguma quantidade de NPK, reduz-se o uso de fertilizantes minerais na mistura. O Brasil importa cerca de 70% do NPK que utiliza. A composição das pelotas de adubo organomineral é de aproximadamente 60% de materiais orgânicos e 40% de minerais.
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A tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da nova empresa pode utilizar qualquer tipo de resíduo orgânico; mas, segundo Judice, será dada prioridade na etapa atual a esterco de aves (frango) e a chamada torta de filtro, um resíduo das usinas de açúcar e etanol. O segmento sucroalcooleiro também será o mercado prioritariamente visado pela empresa, que já tem três contratos de fornecimento assinados para a venda da produção da fábrica a ser inaugurada no próximo mês.
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O investimento é do próprio Olavo Monteiro de Carvalho. O empresário tem negócios na área de saneamento básico, já foi investidor do shopping Fashion Mall e desde 2007 vem desenvolvendo a Geociclo. Ele mantém negócios com a família por meio do grupo Monteiro Aranha, que no passado já deteve participação de 10% da Volkswagen no Brasil.
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Em 2009, ele próprio começou a pilotar a diversificação de investimentos do Monteiro Aranha. A volta à construção civil foi uma das opções. Com patrimônio aproximado é de USS 500 milhões, a holding mantém participações na Klabin Papel e Celulose (20%), na Ultra Participações, da área petroquímica (5%), na Cisper, que produz vidros e copos (20%) e em projetos imobiliários em São Paulo (prédios comerciais), no Paraná (bairro residencial de alto luxo) e no Rio (centro da cidade).
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Fonte: Valor Econômico
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