Mudanças na MMX refletem setor minerário

23 de janeiro de 2013

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O novo CEO
A contratação de Carlos Gonzales, ex-Anglo American, para presidir a MMX reflete importante mudança nas mineradoras. Antes, o dono da MMX, Eike Batista, como outros no setor, buscava executivos de formação financeira, em geral economistas e administradores. Agora, querem técnicos que entendem do negócio, como Gonzales, engenheiro e geólogo com larga experiência. O novo CEO preferido não é mais o que sabe lidar com dinheiro e, sim, o que sabe operar minas.

Fim de uma era
Os financistas dominaram a mineração na década passada, a era de Roger Agnelli, executivo que saiu dos quadros do Bradesco para dirigir a maior mineradora do país, Vale, simbolizando a supremacia vigente dos departamentos financeiros na estrutura de poder e decisão das empresas. E essa mudança de perfil do CEO não está restrita ao setor mineral: é um fenômeno que se espraia por todo o mundo dos negócios.

Dever de empresa
Varejistas, industriais etc.: todos os empresários no Brasil estão obrigados a fazer um dever, que é o de desinflar a bola de seus financeiros e reforçar a área operacional de suas empresas. Ao trazer a taxa real de juros para menos de 2%, Dilma abortou esquemas que bombavam balanços corporativos com altos lucros financeiros. Agora, sem ganhos de aplicações, restou um caminho para o lucro: a operação eficiente do negócio. E como se vê no perfil de CEOs, elas já se adaptam aos novos tempos.

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Fonte: Coluna Raquel Faria/O Tempo