Menos é mais para o indiano Ankur Prakash. Enquanto a maioria das empresas costuma dedicar-se ativamente à ampliação de suas lista de clientes, o vice-presidente e principal executivo de operações da Tata Con
Menos é mais para o indiano Ankur Prakash. Enquanto a maioria das empresas costuma dedicar-se ativamente à ampliação de suas lista de clientes, o vice-presidente e principal executivo de operações da Tata Consultancy Services (TCS) na América Latina não quer que a carteira da companhia ultrapasse cem nomes na região. “A ideia é ter intimidade com os clientes e garantir a mesma experiência de atendimento que é dada globalmente pela empresa”, disse o executivo ao Valor.
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Essa estratégia de atendimento mais seletivo começou a ser implantada na América Latina no ano passado. No alvo, estão companhias de grande porte de setores como seguros, telecomunicações, transportes, manufatura e mineração. Podem ser tanto grupos internacionais com operações regionais, como grupos regionais com uma forte atuação fora de seus mercados originais.
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Há um interesse especial em fornecer serviços para o governo no Brasil e no México, os dois maiores mercados entre os oito onde a TCS tem atuação na América Latina.
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Parte do conglomerado indiano Tata – cujos negócios vão da produção de aço e a montagem de automóveis até redes de hotéis -, a TCS é considerada a maior empresa de software sob encomenda da Índia. Sob esse modelo, em vez de criar um programa e vendê-lo com marca própria, a empresa escreve as linhas de código para grandes companhias internacionais.
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De maneira geral, a proposta da TCS é vender mais serviços para a mesma empresa, em vez de conquistar e manter uma variedade muito grande de clientes.
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Segundo Prakash, a estratégia tem apresentado resultados positivos. No ano fiscal 2013, encerrado em 31 de março, a receita da TCS na América Latina cresceu 40%, a segunda taxa mais acelerada da companhia no mundo, atrás apenas do Reino Unido (que teve uma expansão de 43%).
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Mesmo com o cenário econômico ainda fraco nos Estados Unidos e na Europa, regiões que concentram a maior parte dos clientes das empresas indianas de serviços de TI, a TCS conseguiu fazer com que sua receita global aumentasse mais de 13%, chegando a US$ 11,6 bilhões. O lucro líquido cresceu 15,6%, para US$ 2,6 bilhões.
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Na América Latina, as vendas chegaram a US$ 410 milhões no período, com o Brasil representando cerca de 20% do total (US$ 92,8 milhões). Até 2016, o objetivo é elevar a receita na região para US$ 1 bilhão, com a participação do Brasil sendo elevada para 30% do total (ou US$ 300 milhões). Até 2016, a expectativa é ter 20 mil funcionários na região, mais que o dobro dos nove mil atuais. A projeção é que três mil deles ficarão no Brasil, três vezes mais que os mil funcionários mantidos atualmente pela empresa no país.
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Para Prakash, a estratégia de acompanhar um número relativamente reduzido de empresas está em linha com a tendência das companhias de também reduzir o número fornecedores na área de tecnologia. Algumas empresas, disse o executivo, estão reduzindo em até um quarto o número de fornecedores. “Temos uma oportunidade para nos tornar um entre esses poucos nomes”, disse. A ligação mais próxima com menos clientes vai ajudar a empresa a competir com gigantes como IBM, Hewlett-Packard (HP) e Accenture, que também têm reforçado seus negócios na América Latina.
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Mobilidade, redes sociais e o gerenciamento de grandes volumes de dados (o chamado Big Data) serão temas tecnológicos importantes nos próximos anos, afirmou o executivo, podendo tornar-se focos de investimento das empresas.
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Quando chegaram ao Brasil, no começo dos anos 2000, as empresas indianas de serviços de tecnologia da informação (TI) tinham metas ambiciosas. A expectativa era que o modelo empregado com sucesso entre os clientes americanos – com a transferência do desenvolvimento de software para a Índia, onde o custo é mais baixo – teria a mesma aceitação no Brasil. Mas não foi isso que aconteceu. Com diversas empresas de serviços de TI já estabelecidas no país, as companhias indianas não conseguiram avançar o tanto quanto imaginavam a princípio. Mas Prakash disse discordar da avaliação de alguns especialistas, segundo os quais as companhias indianas não tiveram sucesso na América Latina. “Em 11 anos na região chegamos a uma receita de mais de US$ 400 milhões, com nove mil funcionários. Isso, de forma nenhuma, é um insucesso”, disse.
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Fonte: Valor Econômico
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