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O Valor teve acesso a um levantamento detalhado dos processos ambientais envolvendo os empreendimentos da Vale. A mineradora tem hoje 55 projetos que aguardam sinal verde do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
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Só no setor ferroviário, há 27 empreendimentos da companhia em compasso de espera, que envolvem obras em 10 mil quilômetros de malha ferroviária. Entre eles, está a duplicação de 625 quilômetros da Estrada de Ferro Carajás, principal rota de escoamento de minério de ferro da empresa, entre os Estados do Pará e do Maranhão.
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Falta de licença ambiental barra 55 projetos de expansão da Vale
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Na atividade-fim, a mineração, há 15 processos de licenciamento para serem concluídos. No setor portuário, duas licenças estão pendentes, além de um processo para obras de dragagem e outro de rodovia. Outros nove processos são ligados a setores diversos.
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Neste ano, a Vale obteve 15 licenças ambientais. No ano passado, 13 e em 2010, só 9. Procurada pelo Valor, a empresa informou, por meio de nota, que “o licenciamento ambiental tem sido o principal risco para o desenvolvimento de projetos”. Em seu balanço financeiro, a mineradora alega que tem enfrentado “alguns obstáculos para implantar o seu portfólio de ativos de classe mundial”, tendo o licenciamento ambiental como um dos principais entraves.
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O ônus da lentidão, no entanto, não pode ser atribuído apenas ao Ibama. Segundo Vania Somavilla, diretora-executiva de recursos humanos, saúde e segurança, sustentabilidade e energia da Vale, a companhia fez uma revisão no método pelo qual desenvolve seus processos de licenciamento e estabeleceu “mecanismos internos de controle e suporte”. Entre as iniciativas, está a criação de um “guia de boas práticas de licenciamento ambiental”, com regras que apontam as necessidades específicas de cada tipo de projeto. Além disso, a Vale criou um comitê executivo de meio ambiente.
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Para Gisela Forattini, diretora de licenciamento ambiental do Ibama, é preciso qualificar as autorizações que o instituto tem emitido. Há duas semanas, por exemplo, deu licença a um projeto de R$ 40 bilhões. “Autorizamos a maior mina de ferro do mundo”, disse Gisela.
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Fonte: Valor Econômico
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