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Pesquisadores britânicos recolheram informações de 117 países para unir imagens de alta definição com detalhes geológicos
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SANTOS – Há cinco anos, pesquisadores britânicos mobilizaram centros de estudos de diversas partes do planeta para formar o OneGeology, um mapa geológico do mundo. Segundo Ian Jackson, coordenador do projeto, foi preciso superar barreiras financeiras, tecnológicas e políticas de cada país para tornar disponível na internet dados padronizados de 138 organizações de 117 nações.
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A Rússia, por exemplo, tornou públicas suas informações geológicas há apenas um mês e meio. “Alguns países têm restrições em divulgar os dados, mas há exemplos como o Canadá, que tem muitos recursos e quer atrair o maior número de mineradoras para o país. E o melhor jeito de fazer isso é fornecer as melhores informações possíveis”, diz Jackson, que hoje apresenta o OneGeology no encerramento do 46.º Congresso Brasileiro de Geologia, em Santos.
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No site do projeto (http://www.onegeology.org/), é possível obter imagens em alta resolução que detalham a geologia de diversas partes do mundo. O objetivo, segundo os idealizadores, é obter informações de todos os cerca de 200 centros de pesquisa geológica do planeta.
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Países tradicionalmente mais fechados, como os asiáticos China e Coreia do Norte, ainda mantêm sigilo. Outros, por causa da falta de centros de pesquisa, têm recebido ajuda externa.
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“O Suriname, por exemplo, recebeu apoio tecnológico da Holanda para compilar e digitalizar os dados”, explica Jackson. “Os dados serão tão exatos quanto exatas forem as informações oferecidas por cada país. Principalmente na África, ainda há regiões com pouquíssima qualidade.”
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Os dados mais detalhados vêm da Grã-Bretanha – escocês, Jackson faz parte do British Geological Survey. “Quando o projeto começou, não havia tecnologia para produzir imagens de alta resolução. Agora, é possível obtê-las mesmo em grandes áreas como a China. Mas depende da disposição de mandar essas informações”, diz ele.
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Valorização
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No País, os dados são fornecidos pelo Serviço Geológico do Brasil, com proporção de 1 para 1 milhão, considerada de qualidade regular pelos coordenadores do projeto. “Cerca de 3% do PIB brasileiro é destinado à pesquisa mineral. Na Austrália, o porcentual é de 19%”, diz Fábio Machado, presidente do congresso e professor da Unifesp. “Esses dados podem ajudar a evitar deslizamentos de terras como os ocorridos no Rio, por exemplo.”
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Ele afirma que os investimentos em pré-sal têm valorizado a profissão no País. “O Brasil possui cerca de 8 mil geólogos e deve precisar de mais 10 mil para suprir a demanda”, diz Machado. “Os salários iniciais hoje podem girar em torno de R$ 8,5 mil.”
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Fonte: Estadão
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