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Novas tecnologias permitem reúso de 90% da água

11 de setembro de 2015

Considerada indústria de alto impacto ambiental, o setor de mineração investe em tecnologias para minimizar sua pegada especialmente em relação ao uso da água. Os índices de reúso de água

Considerada indústria de alto impacto ambiental, o setor de mineração investe em tecnologias para minimizar sua pegada especialmente em relação ao uso da água. Os índices de reúso de água nas jazidas minerais exploradas por grandes empresas no Brasil atingiram 80% em média, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM (www.ibram.org.br). Captação de água da chuva, sistemas automatizados de bombeamento e plantas de beneficiamento de minério em circuitos fechados são técnicas que o setor vem utilizando para uma melhor gestão dos recursos hídricos, como forma de enfrentar o cenário atual de estresse hídrico no Centro ¬Sul do Brasil.

 A adoção de metas de uso racional de água é uma forte tendência para a maior parte das grandes companhias, em especial entre as que possuem capital aberto. O Relatório Global de Água do Carbon Disclosure Project (CDP¬ organização sem fins lucrativos que atua com empresas e investidores de todo o mundo para prevenir riscos ambientais) aponta que, de um total de 593 empresas globais, 63% afirma ter metas concretas de redução no consumo de água em suas operações, especialmente com projetos de reuso e reciclagem. No segmento de matérias¬primas, onde a atividade de mineração está inserida, 76% das empresas relataram que já enfrentam riscos ligados à gestão da água. A Anglo American, que possui operações no Brasil na extração de níquel, nióbio, fosfato e minério de ferro, colocou o planejamento hídrico no centro das decisões para novos investimentos. 

A unidade industrial de níquel em Barro Alto (GO), inaugurada em 2011, foi projetada para operar com um sistema fechado de circulação da água ¬ mais de 90% da água utilizada no resfriamento do minério é reutilizada na própria fábrica. Localizada no meio do cerrado goiano, em uma região de poucas chuvas, a planta possui ainda um reservatório com 1,8 milhão de metros cúbicos de capacidade, que recebe água dos córregos e da chuva e supre 20% das necessidades da empresa, especialmente nos períodos mais secos do ano. Com o circuito fechado, a necessidade de captação da água do rio é menor. 

Na unidade da empresa de ferroníquel em Niquelândia, também em Goiás, investimentos em tecnologia de bombeamento levam a um melhor aproveitamento da água do reservatório industrial da planta. A água é utilizada em diversos processos, como na granulação do metal, para manter a confiabilidade dos fornos elétricos e no refino. Um novo sistema permite que apenas a quantidade de água necessária para esses processos seja bombeada do reservatório, reduzindo o desperdício e a necessidade de captação de água nova. “As reduções nos gastos de água e energia permitem otimizar o uso desses recursos sem prejudicar a qualidade do nosso produto final”, diz Reysser Arantes, coordenador de Engenharia de Manutenção da Anglo American.

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Fonte: Valor Econômico

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