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O desafio da turma da mina

8 de novembro de 2012

rnNa corrida atrás de novas jazidas ou da extensão da vida útil dos depósitos minerais, Minas respondeu por 17% das licenças pedidas no Brasil ao DNPM de janeiro a setembrornA corrida para transformar recursos

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Na corrida atrás de novas jazidas ou da extensão da vida útil dos depósitos minerais, Minas respondeu por 17% das licenças pedidas no Brasil ao DNPM de janeiro a setembro

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A corrida para transformar recursos minerais em reservas levou a registros de 18.046 requerimentos de pesquisa e licenças para todo tipo de bens minerais no Brasil de janeiro a setembro no Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM). Minas Gerais ficou na liderança, como no ano passado, entre os principais estados mineradores, com 3.062 documentos requeridos, cerca de 17% do total no país. Não há como avaliar os números sem considerar que em 2011 foram 4.867 pedidos, quarta maior demanda apresentada à instituição, ligada ao Ministério de Minas e Energia, em Minas nos últimos 10 anos. O recorde do estado foi batido em 2007, com 5.047 documentos. O levantamento de dados do DNPM inclui requerimentos de pesquisa, licença, lavra garimpeira e registro de extração de dezenas de bens minerais.

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Responsável por cerca de um terço da produção mineral brasileira, Minas tem mais de 40 cadeias produtivas em que participam diferentes itens, do minério de ferro, carro-chefe da atividade e mais visível, em geral, devido à exploração a céu aberto, ao ouro, zinco, pirocloro (mineral do nióbio) e agregados da construção civil. Apesar da crise na Europa e da redução do crescimento da China, maior mercado das commodities minerais, a mineração exige um planejamento longo e contínuo de avaliação de reservas que coincide, inclusive, com planos de expansão em curso.

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É um trabalho que virou rotina para empresas como a Samarco Mineração, que vai concluir em 2015 investimentos de R$ 5,4 bilhões distribuídos entre a reserva de ferro de Germano, localizada em Mariana, na Região Central de Minas, no transporte do minério até suas instalações em Ponta Ubú, no litoral do Espírito Santo, e numa quarta unidade de pelotização, no mesmo local, que transforma o material em pelotas para exportação. A empresa reservou R$ 25,6 milhões para pesquisa mineral este ano e vai aplicar outros R$ 30 milhões em 2013. O objetivo é entender e conhecer melhor os recursos minerais e a reserva.

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“É o desafio da turma da mina. A única certeza que temos é que o minério vai ficar mais pobre em ferro, mais duro e mais difícil de retirar”, resume Mauri de Souza Júnior, diretor de implementação de projetos da Samarco, que tem seu capital compartilhado entre a Vale e a BHP Billiton. A reserva certificada pela mineradora é de 2,1 bilhões de toneladas num universo de 5 bilhões de toneladas de recursos. Com investimentos anuais, as campanhas de sondagens são feitas seguindo uma política de manter informações atualizados para uma vida útil de 20 anos. A sondagem orienta os investimentos em desenvolvimento tecnológico, que somaram R$ 5,5 milhões no ano passado, uma cifra 22% superior à de 2010.

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Prestes a concluir um ciclo de investimentos de R$ 250 milhões, a AngloGold Ashanti também prevê plano de pesquisa geológica para estender a vida útil de suas reservas de ouro em Minas, Goiás, Pará e Mato Grosso. “A prospecção não para e quase diariamente recebemos ofertas de novas áreas”, afirma o presidente da mineradora no Brasil, Hélcio Guerra. As avaliações constantes dos próprios ativos minerais no Quadrilátero Ferrífero, na Região Central de Minas, vão se juntar no ano que vem a sondagens mais profundas nas próprias minas. A companhia opera as reservas em Cuiabá e Lamego, em Sabará, na Grande Belo Horizonte, uma usina em Santa Bárbara e instalações metalúrgicas em Nova Lima (antigo Morro Velho), no entorno da capital mineira, além das minas goianas de Crixás.

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NOVO MAPA PARA O NORTE

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Em matéria de mapeamento geológico, o governo mineiro amplia também a oferta de informações na escala técnica de 1 para 100 mil, ou seja, cada centímetro do mapa correspondendo a 1 mil metros de área estudada. O Norte de Minas, região considerada nova fronteira da mineração no estado, é o mais novo foco de estudos, conforme os novos planos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), em convênio com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Os dados começarão a ser levantados no primeiro trimestre de 2013. “É a melhor escala como ferramenta para conhecermos os depósitos e estimular os investidores”, afirma Marcelo Nassif, diretor de mineração e novos negócios da Codemig. Na mesma linha de trabalho, a empresa lançou este ano, junto à UFMG, o mapa das informações coletadas no programa de mapeamento do Alto Paranaíba.

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Fonte: Estado de Minas

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