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O desafio de compartilhar valor

7 de novembro de 2013

As empresas ainda não informam, como deviam, o que investem em conservação da natureza e preservação ambientalrnO primeiro painel de debates do congresso foi o talk-show ‘A mineração do futuro e

As empresas ainda não informam, como deviam, o que investem em conservação da natureza e preservação ambiental

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O primeiro painel de debates do congresso foi o talk-show ‘A mineração do futuro e o futuro da mineração brasileira’. O bate-papo reuniu três grandes nomes do setor no Brasil para discutir desafios, tendências e oportunidades. No centro do palco, mediados pelo jornalista William Waack, estavam Hélcio Roberto Martins Guerra, vice-presidente sênior-Américas da AngloGold Ashanti; Ricardo Vescovi de Aragão, diretor-presidente da Samarco e presidente do Conselho Diretor do Ibram; e Walter De Simoni, presidente da Anglo American Níquel.

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A apresentação foi dividida em três blocos, o primeiro deles dedicado a questões ligadas à sustentabilidade, mostrando também as estratégias de aproximação das três mineradoras com as comunidades de seu entorno. O segundo bloco teve como foco o cenário nacional e internacional, e o terceiro tratou das expectativas em relação ao novo Código de Mineração – em discussão no Congresso -, que preocupa executivos do setor, diante da possibilidade de alterações em contratos vigentes, aumento da carga tributária e maior burocracia no licenciamento ambiental e na fiscalização dos empreendimentos.

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Provocação

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“Para a maioria da opinião pública, não pode haver coexistência entre mineração e sustentabilidade. O setor contribui para alavancar o Produto Interno Bruto (PIB), gera empregos, mas ainda é visto por muitas pessoas como destruidor do meio ambiente. Esse paradigma está sendo quebrado ou não?”, provocou Waack, logo na abertura:

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“Se considerarmos a sustentabilidade em suas três dimensões – social, ambiental e econômica – fica claro que pode sim e já avançamos muito”, respondeu Hélcio Guerra.

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A mudança de percepção em relação à atividade minerária, segundo Guerra, tende a amadurecer e evoluir, a partir do maior entendimento da própria sociedade de que toda a demanda por mineração se destina a assegurar o fornecimento de bens de consumo e a garantir mais conforto à humanidade.

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“Temos caminhado a passos largos, e essa percepção sobre como trabalhamos e produzimos tende a crescer cada dia mais”, disse.

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Respeito

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Questionado sobre como traduziria para o cidadão comum a ideia de que a mineração pode ser sustentável, Ricardo Vescovi, da Samarco, foi incisivo:

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 “Não consigo imaginar um futuro sem a atividade. Todos desejam o fruto da mineração, mas rejeitam a produção, a exploração dos recursos naturais. A novidade é que cada dia mais a sociedade vai se outorgar o direito de decidir quem e como vai minerar. E, partindo dessa visão, o nome do jogo passa a ser eficiência.”

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De acordo com Vescovi, é preciso atuar com respeito ao meio ambiente e às pessoas que fazem a mineração e vivem no entorno das empresas:

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“Só com diálogo e convivência harmônica é possível compartilhar valor. E só assim que todos passarão a perceber a nossa atividade como positiva. Também é fundamental discernir e valorizar as empresas que operam com responsabilidade socioambiental daquelas que não o fazem”, ponderou.

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Desenvolvimento

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Já Walter De Simoni admitiu que falta conhecimento, por parte da sociedade, e maior divulgação, pelas empresas, das inúmeras ações ligadas à conservação dos recursos naturais e apoio ao desenvolvimento de programas sociais.

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“Quando se avaliam indicadores que não são mensurados pelo nosso setor, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), fica claro que os municípios mineradores estão sempre acima da média dos seus respectivos Estados. Se a sociedade prestar atenção no que a mineração faz de bom, vai descobrir que existe muito trabalho sério e benfeito, tanto na área econômica como social e ambiental. Afinal, cada emprego gerado é multiplicado por 13, quando se analisa toda a cadeia produtiva do setor em busca da sustentabilidade”, frisou.

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Fonte: Revista Ecológico

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