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O papel da nova mineração global

7 de novembro de 2013

Novo presidente mundial da Anglo American diz como quer ser lembrado sobre o Projeto Minas-Rio, em Conceição do Mato DentrornEm sua primeira entrevista no Brasil desde que assumiu a presidência do grupo Anglo American, em abril de

Novo presidente mundial da Anglo American diz como quer ser lembrado sobre o Projeto Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro

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Em sua primeira entrevista no Brasil desde que assumiu a presidência do grupo Anglo American, em abril deste ano, o australiano Mark Cutifani assegurou que manterá ativa a parceria de 40 anos com o país, que se tornou o maior e principal receptor global de investimentos da companhia. De 2007 até 2014, os investimentos da Anglo em projetos brasileiros terão totalizado mais de R$ 35 bilhões.

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Antes de proferir a palestra magna “Contribuição da mineração para o desenvolvimento sustentável: o papel de uma moderna mineradora global”, Cutifani concedeu uma entrevista coletiva. Ele disse estar ‘bastante confortável’ com o andamento do Projeto Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas, na região central de minas, a despeito do atraso no licenciamento ambiental e de vários entraves, inclusive judiciais, enfrentados pela empresa ao longo de sua implantação.

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Equipe

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O início dos embarques de minério de ferro na nova unidade mineira foi confirmado para o fim do ano que vem. “Já obtivemos 98% das licenças do mineroduto e estamos satisfeitos com o processo de implantação da mina. Esse é um projeto que está sendo muito bem gerido, por uma equipe bastante dedicada”, pontuou.  O Minas-Rio, criado em agosto de 2008, é o principal projeto global do grupo, e vai receber aportes de US$ 8,8 bilhões.

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O empreendimento inclui uma mina de minério de ferro e uma unidade de beneficiamento em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas; o maior mineroduto do mundo, com 525 km de extensão, atravessando 32 municípios mineiros e fluminenses; além do terminal de Porto de Açu, em São João de Barra (RJ). Em sua primeira fase, o projeto, que já conta com 74% de avanço físico, terá capacidade de produção de 26,5 milhões de toneladas de minério.

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Diálogo

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Questionado pela ECOLÓGICO sobre como a Anglo deseja ser lembrada por sua atuação na implantação e operação deste projeto, Cutifani avaliou que ele traz benefícios muito maiores do que os impactos ambientais gerados. “Essa é uma pergunta excelente e bastante desafiadora para encerrarmos a nossa conversa”, frisou. Uma das coisas que a mineração não faz muito bem, explicou, é contar a sua história, mostrar o seu valor e importância. E enumerou alguns dados:

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“A mineração ocupa menos de 1% da superfície terrestre, movimenta 14% de toda a economia global e a sua pegada de carbono é de menos de 3%. Graças à mineração – em especial ao uso de fertilizantes – a produção mundial de alimentos duplicou e estamos usando metade do volume de terra necessário para alimentar as populações mundiais. Portanto, a minha mensagem é que a mineração é a atividade mais importante no mundo”, ponderou.

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Ainda segundo o executivo, é essencial o respeito às pessoas que moram perto das minas e são as mais afetadas pelos processos de exploração mineral.

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“Queremos ser lembrados por termos consultado e ouvido as comunidades locais sobre o que elas querem para o seu futuro e o de seus filhos. Mais que um buraco no chão e caminhões que passam gerando poeira, estou convicto de que estamos ajudando a criar um mundo melhor para todos os brasileiros. Se conseguirmos realmente fazer isso, teremos alcançado nosso objetivo de ser uma empresa verdadeiramente sustentável.”

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Desenvolvimento humano

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Calculado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das cidades mineradoras é maior do que a média dos municípios dos respectivos Estados. O total da mão de obra empregada na mineração, em 2011, alcançou 175 mil trabalhadores. Estudo do Ministério de Minas e Energia mostra que o efeito multiplicador de empregos é de 1 para 13 no setor mineral. Para cada posto de trabalho na mineração, são criadas 13 outras vagas (empregos diretos) ao longo da cadeia produtiva. Isto representa  que, naquele mesmo ano, foram empregados  2,2 milhões de trabalhadores diretos, desconsiderando as vagas  geradas na fase de pesquisa, prospecção e planejamento da atividade.

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Futuro sustentável – Segundo Fernando Coura, presidente do IBRAM, o congresso foi montado para debater os rumos da mineração mundial com base na sustentabilidade: “Daqui pra frente, as empresas mineradoras não terão muito futuro, podendo até mesmo desaparecer, se não atentarem para a sustentabilidade socioambiental, uma vez que estão inseridas nos municípios. Elas terão de abraçar também o quesito competitividade, o que significa produzir menos rejeitos, contar com funcionários treinados, ter menor consumo de energia e água, e procurar a constante modernização.

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Fonte: Revista Ecológico

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