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O potável Córrego Seco

4 de outubro de 2012

rnLocalizada no município de Itabirito (MG), esta reserva da Vale tem 1.878 hectares. Um dos desafios para mantê-la preservada é a conscientização da população local.rnConscientização, edu

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Localizada no município de Itabirito (MG), esta reserva da Vale tem 1.878 hectares. Um dos desafios para mantê-la preservada é a conscientização da população local.

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Conscientização, educação ambiental e informação. Essas foram as palavras mais usadas pelos técnicos da Vale, que cuidam de Córrego Seco, no dia da visita da Ecológico a esta Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). A equipe que trabalha na reserva pretende utilizá-las no trabalho diário de gestão da reserva, reforçando a comunicação com a comunidade local.

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A ideia é que se desfaça o antigo hábito dos moradores de utilizarem a área como se fosse um espaço público. “As pessoas não sabem bem o que é uma RPPN. Para o que ela serve, por exemplo. Por isso o trabalho de educação ambiental é tão importante. A conscientização virá com essa informação”, diz Daniel Pena.

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O gestor, responsável pela fiscalização da reserva, diz que a população ainda insiste em manter a caça, a pesca, a retirada de lenha e o uso do capim-braquiária, que há em seu interior, para a pastagem de animais.

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Localizada entre as minas Sapecado, Pico e Galinheiro, da Vale, a RPPN, colada à Itabirito, já tem  plano de manejo. O documento reforça a fala de Pena e outras ameaças como o trânsito e a presença de pessoas não autorizadas, captura de aves silvestres, presença de animais domésticos (equinos e bovinos), retirada de madeira (lenha) e o fogo, muitas vezes fruto de incêndios criminosos.

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“Já fizemos cercamento, colocamos placas, mostrando que essa é uma área particular. Mesmo com a entrada controlada, ainda ocorrem invasões”, pontua Wobert Araújo Alves, técnico em Meio Ambiente da Mineradora.

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Ele nos mostra a área onde fica o capim-braquiária e onde, comumente, há gado de fazendeiros locais pastando. No dia de nossa visita não havia nenhum. “Conseguimos identificar os donos dos animais com a ajuda da Polícia Ambiental e  da Segurança Ambiental. Hoje já não há mais animais aqui”, diz.

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Segundo Alves, a ideia agora é plantar, no lugar das braquiárias, algumas espécies nativas.

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Endemismo e arqueologia

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No plano de manejo da RPPN, a única espécie de anfíbio registrada na região de inserção de Córrego Seco é o sapo-cururu (Rhinella ictérica).

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Já entre os répteis, foi registrada a espécie de lagarto papa-vento (Polychrus acutirostris), pertencente à família Polychrotidae.

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A maior parte das espécies de répteis pertence à família Dipsadidae, conjunto que também agrupa o maior número espécies de serpentes brasileiras, com aproximadamente um terço de todas já catalogadas no Brasil.

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Quanto aos mamíferos, foram identificadas na região de inserção da RPPN 53 espécies, distribuídas em oito ordens e dezoito famílias. Entre elas, o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e a onça-parda (Puma concolor) são as únicas espécies consideradas ameaçadas de extinção, tanto em Minas Gerais como no Brasil, incluídas na categoria “vulnerável”.

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Outras duas espécies, a raposinha (Lycalopex vetulus) e o macaco guigó (Callicebus nigrifrons) são classificados na categoria “quase ameaçada”, segundo as listas de Minas Gerais e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

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Há também a ocorrência de espécies endêmicas (do Brasil e dos biomas Mata Atlântica e Cerrado) na região de inserção de Córrego Seco. Destacando-se o marsupial Philander frenatus (cuíca-quatro-olhos), os macacos C. nigrifrons (guigó) e Callithrix penicillata (mico-estrela) e a raposinha (L. vetulus).

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O mico-estrela (C. penicillata), a raposinha (L. vetulus) e a catita (Gracilinanus agilis) são consideradas espécies endêmicas do Cerrado. Já o guigó (C. nigrifrons) e o ouriço (Sphiggurus villosus) são endêmicos da Mata Atlântica.

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Em Córrego Seco é possível observar também as ruínas da igreja de Santa Rita, cuja construção data do século XVIII. De acordo com o plano de manejo da RPPN, esses registros podem ser importante fonte de informação da presença do homem no processo de mineração, um capítulo a mais na história da ocupação da região em busca da extração das riquezas minerais.

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A Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais de Itabirito já há alguns anos promove uma caminhada até as ruínas de Santa Rita. O evento é apoiado pela Vale.

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“A cada caminhada temos cerca de 80 participantes. Acreditamos que depois do passeio desse público, ao tomar conhecimento da riqueza da área , nos ajude a difundir a importância de conservá-la”, aposta Alves.

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Fonte: Envolverde

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