rnLocalizada no município de Itabirito (MG), esta reserva da Vale tem 1.878 hectares. Um dos desafios para mantê-la preservada é a conscientização da população local.rnConscientização, edu
rn
Localizada no município de Itabirito (MG), esta reserva da Vale tem 1.878 hectares. Um dos desafios para mantê-la preservada é a conscientização da população local.
rn
Conscientização, educação ambiental e informação. Essas foram as palavras mais usadas pelos técnicos da Vale, que cuidam de Córrego Seco, no dia da visita da Ecológico a esta Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). A equipe que trabalha na reserva pretende utilizá-las no trabalho diário de gestão da reserva, reforçando a comunicação com a comunidade local.
rn
A ideia é que se desfaça o antigo hábito dos moradores de utilizarem a área como se fosse um espaço público. “As pessoas não sabem bem o que é uma RPPN. Para o que ela serve, por exemplo. Por isso o trabalho de educação ambiental é tão importante. A conscientização virá com essa informação”, diz Daniel Pena.
rn
O gestor, responsável pela fiscalização da reserva, diz que a população ainda insiste em manter a caça, a pesca, a retirada de lenha e o uso do capim-braquiária, que há em seu interior, para a pastagem de animais.
rn
Localizada entre as minas Sapecado, Pico e Galinheiro, da Vale, a RPPN, colada à Itabirito, já tem plano de manejo. O documento reforça a fala de Pena e outras ameaças como o trânsito e a presença de pessoas não autorizadas, captura de aves silvestres, presença de animais domésticos (equinos e bovinos), retirada de madeira (lenha) e o fogo, muitas vezes fruto de incêndios criminosos.
rn
“Já fizemos cercamento, colocamos placas, mostrando que essa é uma área particular. Mesmo com a entrada controlada, ainda ocorrem invasões”, pontua Wobert Araújo Alves, técnico em Meio Ambiente da Mineradora.
rn
Ele nos mostra a área onde fica o capim-braquiária e onde, comumente, há gado de fazendeiros locais pastando. No dia de nossa visita não havia nenhum. “Conseguimos identificar os donos dos animais com a ajuda da Polícia Ambiental e da Segurança Ambiental. Hoje já não há mais animais aqui”, diz.
rn
Segundo Alves, a ideia agora é plantar, no lugar das braquiárias, algumas espécies nativas.
rn
Endemismo e arqueologia
rn
No plano de manejo da RPPN, a única espécie de anfíbio registrada na região de inserção de Córrego Seco é o sapo-cururu (Rhinella ictérica).
rn
Já entre os répteis, foi registrada a espécie de lagarto papa-vento (Polychrus acutirostris), pertencente à família Polychrotidae.
rn
A maior parte das espécies de répteis pertence à família Dipsadidae, conjunto que também agrupa o maior número espécies de serpentes brasileiras, com aproximadamente um terço de todas já catalogadas no Brasil.
rn
Quanto aos mamíferos, foram identificadas na região de inserção da RPPN 53 espécies, distribuídas em oito ordens e dezoito famílias. Entre elas, o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e a onça-parda (Puma concolor) são as únicas espécies consideradas ameaçadas de extinção, tanto em Minas Gerais como no Brasil, incluídas na categoria “vulnerável”.
rn
Outras duas espécies, a raposinha (Lycalopex vetulus) e o macaco guigó (Callicebus nigrifrons) são classificados na categoria “quase ameaçada”, segundo as listas de Minas Gerais e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
rn
Há também a ocorrência de espécies endêmicas (do Brasil e dos biomas Mata Atlântica e Cerrado) na região de inserção de Córrego Seco. Destacando-se o marsupial Philander frenatus (cuíca-quatro-olhos), os macacos C. nigrifrons (guigó) e Callithrix penicillata (mico-estrela) e a raposinha (L. vetulus).
rn
O mico-estrela (C. penicillata), a raposinha (L. vetulus) e a catita (Gracilinanus agilis) são consideradas espécies endêmicas do Cerrado. Já o guigó (C. nigrifrons) e o ouriço (Sphiggurus villosus) são endêmicos da Mata Atlântica.
rn
Em Córrego Seco é possível observar também as ruínas da igreja de Santa Rita, cuja construção data do século XVIII. De acordo com o plano de manejo da RPPN, esses registros podem ser importante fonte de informação da presença do homem no processo de mineração, um capítulo a mais na história da ocupação da região em busca da extração das riquezas minerais.
rn
A Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais de Itabirito já há alguns anos promove uma caminhada até as ruínas de Santa Rita. O evento é apoiado pela Vale.
rn
“A cada caminhada temos cerca de 80 participantes. Acreditamos que depois do passeio desse público, ao tomar conhecimento da riqueza da área , nos ajude a difundir a importância de conservá-la”, aposta Alves.
rn
Fonte: Envolverde
O Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) aprovou a nomeação de Julio Cesar Nery Ferreira para assumir cargo de diretor…
LEIA MAISA extração dos recursos naturais é uma atividade que sempre foi exercida pelo homem. É na natureza que ele busca…
LEIA MAISA Anglo American reportou um aumento de 6% na produção total em base equivalente de cobre, em comparação com o mesmo período em 2016.
LEIA MAIS