Novo CEO adverte que o governo brasileiro deve refletir cuidadosamente para não repetir o mesmo erro da AustráliarnUm dos maiores grupos de mineração global, a Anglo American mantém operações na &Aacut
Novo CEO adverte que o governo brasileiro deve refletir cuidadosamente para não repetir o mesmo erro da Austrália
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Um dos maiores grupos de mineração global, a Anglo American mantém operações na África, Europa, América do Sul e do Norte, Austrália e Ásia, gerando mais de 107 mil empregos. Além do Projeto Minas-Rio, em implantação, a empresa produz níquel em duas unidades: Codemin, em Niquelândia, e Barro Alto, no município de mesmo nome, em Goiás, além de nióbio, nos municípios de Catalão (mina) e Ouvidor (operação), naquele mesmo estado. A seguir, outras ideias e considerações de seu novo presidente:
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Realocação
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“Sempre vai haver 1% ou 2% de pessoas não satisfeitas, porque não querem se mudar de suas casas. Entendemos essa dificuldade, porque eu também não gostaria de ser realocado contra a minha vontade. Como empresa, procuramos ouvir as famílias e nos colocar no lugar delas. No entanto, em alguns casos, cabe ao governo a responsabilidade de intermediar uma negociação que seja razoável a todos. Afinal, se não tivermos a mineração, não teremos combustíveis, energia, materiais para construção, nem medicamento outros produtos dos quais dependemos para viver.”
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“Se o percentual de insatisfeitos se mantém nesse patamar de 1%, fica claro que estamos fazendo o nosso trabalho de forma correta e, com o tempo, as pessoas vão aceitar que esse é o preço que temos de pagar pelo progresso.”
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Parceria
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“Sem o apoio das comunidades locais, jamais teríamos sucesso como uma empresa que pretende sobreviver e se manter competitiva nesse setor. Se não pudermos convencer as comunidades locais de que somos bons parceiros e amigos, como faremos isso com qualquer outro ator social?”
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História
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“O setor de mineração tem um problema de reputação. De maneira geral, não contamos a nossa verdadeira história. Com isso, permitimos que terceiros, com interesses específicos e conflitantes, contem uma parte pequena e enganosa da história da nossa atividade.”
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“Como líderes no setor, temos o dever de fazer essa narrativa de forma correta. Não apenas nos orgulhar do que a mineração faz de bom, mas acima de tudo falar dos desafios e do que precisamos fazer para melhorar. E isso inclui mostrar ao mundo o que a moderna mineração faz e o quanto ela é importante para garantir que nossos filhos e netos tenham um futuro melhor.”
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Desenvolvimento
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“A mineração é hoje a atividade industrial mais importante no mundo, embora tenha uma das menores pegadas de carbono. Sem ela, nosso planeta não será sustentável para os seus 7 bilhões de habitantes. Digo isso porque tenho filhos e netos, e temo por eles.”
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“Não podemos deixar que o desconhecimento e a falta de informação impeçam o desenvolvimento da mineração. Caso contrário, não teremos produtos e a tecnologia dos quais precisamos desesperadamente para viver. Temos muito que corrigir e melhorar, mas, com a mineração, estamos dando uma grande contribuição para o futuro do planeta.”
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Inovação
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“Estamos ficando para trás em relação a outros segmentos da indústria. Hoje, investimos menos de 0,3% de nossas receitas em inovação; no setor de petróleo, esse percentual chega a 5%. Se não mudarmos essa realidade, o mundo ficará mais empobrecido pela nossa omissão.”
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“Temos de estar na linha de frente. Melhorar nossas práticas e aprender com os outros setores, para que a mineração seja o mais eficiente possível.”
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Ativismo
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“O ativismo comunitário e das ONGs é consequência natural das atividades que realizamos mundo afora. Não devemos nos assustar com as cobranças. Mas, aqueles que nos criticam, não podem simplesmente se colocar contra tudo o que fazemos por princípio. Ao agirem assim, estão se opondo ao desenvolvimento da sociedade como a conhecemos hoje.”
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Código
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“O Brasil tem recursos naturais, profissionais talentosos e um governo que apoia a mineração. Portanto, acredito que não comprometerá a competitividade do setor com o novo marco regulatório. Só espero que não cometam aqui o mesmo erro da Austrália, onde 70% dos projetos em curso, há três anos, foram abortados em razão da incerteza e do aumento de custos. Espero que o governo brasileiro reflita cuidadosamente sobre a regulamentação que vai estabelecer para a nossa indústria.”
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Quem é ele
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Com 35 anos de experiência na indústria de mineração, Mark Cutifani é formado em Engenharia de Minas e atual presidente da Câmara Sul-Africana de Minas. Antes de assumir a Anglo American, foi presidente da Anglo Gold Ashanti e liderou com sucesso o desenvolvimento e a reestruturação dos negócios da empresa, que inclui operações em dez países, de quatro continentes. Foi, ainda, diretor de Operações da Vale Inco, empresa canadense de níquel.
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Fonte: Revista Ecológico
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