Diretor-presidente da Samarco e do Conselho do IBRAM aponta a construção de confiança para mudar a reputação do setor perante a opinião públicarnOitava maior exportadora do país e segu
Diretor-presidente da Samarco e do Conselho do IBRAM aponta a construção de confiança para mudar a reputação do setor perante a opinião pública
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Oitava maior exportadora do país e segunda maior empresa no mercado mundial de pelotas de minério de ferro, a Samarco gera 2,5 mil empregos diretos e tem um dos maiores investimentos da indústria mineral brasileira até o primeiro semestre de 2014, totalizando R$ 6,4 bilhões e com previsão de conclusão no primeiro trimestre do ano que vem. Em 2012, a empresa investiu R$ 238,2 milhões em projetos ambientais, 123% a mais que em 2011. Confira, a seguir, outras reflexões e ideias de seu diretor-presidente:
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Confiança
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“Quando se discute a percepção que a sociedade tem da mineração, estamos falando de reputação. Afinal, a percepção é uma alavanca da reputação. Já a chave para o sucesso é a construção de confiança. Para nós, isso se aplica num modelo de sustentabilidade baseado em quatro vertentes”.
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A primeira delas é a liderança pelo exemplo, tanto como empresa quanto como setor. Fazer o que é certo, cumprir as leis e buscar padrões nacionais e internacionais de excelência para elevar o nosso grau de conformidade.
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A segunda é a criação de redes colaborativas, ouvindo e unindo as comunidades do nosso entorno, as ONGs, os governos das diferentes esferas e também o Ministério Público, que é um parceiro muito importante. Não tem de prevalecer o que a empresa quer, mas o que nós, coletivamente, queremos.
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O terceiro pilar é o fomento ao empreendedorismo responsável, identificando e apoiando instituições e associações das comunidades vizinhas, para que elas possam se beneficiar dos investimentos da mineração. E, por fim, trabalhar e investir em inovação e tecnologia.
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A saída para a maior parte dos problemas de como a mineração ainda é vista e avaliada pela sociedade, vem com o emprego de tecnologias mais limpas e mais eficientes para atenuar seu impacto. Neste aspecto, o Brasil tem se destacado bastante. “Quando se consegue combinar esses quatro elementos, cria-se confiança e passa a existir um único lado, no qual estamos todos nós: empresas, poder público e sociedade.”
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Futuro
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“Do ponto de vista econômico, não acredito que estejamos vivendo o final de um ciclo”. Digo isso porque as commodities minerais ainda são abundantes no Brasil e fizemos o nosso dever de casa – investimos em tecnologia, desenvolvemos processos e hoje somos mais produtivos que outros competidores. Minas abrem e fecham no mundo inteiro, e essa dinâmica, por si só, cria novas demandas.
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Além disso, a China, ainda que sob uma base menor, continua sendo um importante motor da economia, com seu modelo de crescimento e ascensão. Portanto, acredito que seremos os últimos a sair do jogo. Vamos apagar a luz, se é que um dia essa luz será apagada. “Mas duvido muito: a sociedade continua se apoiando num modelo tradicional de crescimento, no qual o status ainda é medido pela aquisição de bens.”
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Competitividade
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“Quanto menor a intervenção do Estado na competitividade, melhor é para qualquer setor. Nas empresas, competitividade se conquista investindo, qualificando e retendo mão de obra. Na Samarco, 98% dos nossos colaboradores têm ensino médio completo; e mais da metade, cursos de graduação e pós-graduação. Para cada real que investimos em ideias dadas por nossos funcionários qualificados, o retorno é de R$ 8,00. Desconheço um negócio lícito mais lucrativo do que esse.”
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Código
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“A primeira vitória da sociedade foi o novo código ter sido concebido sob a forma de projeto lei (PL) e estar tramitando no Congresso, que é o espaço do debate. Esse é um ponto importante, pois vivemos numa democracia. Além disso, com o PL, nos livramos da armadilha de termos um código decretado como Medida Provisória (MP). A MP é unilateral, reflete o entendimento do Poder Executivo sobre determinada matéria. Como PL, é diferente. O novo marco está sendo discutido: as audiências públicas estão sendo realizadas em todos os estados brasileiros mineradores, e esse é um grande avanço.”
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Segurança
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“O atual código é bom, nos trouxe até aqui, mas pode ser melhorado. O ponto crucial de todo esse debate é: precisamos de regras estáveis e de segurança jurídica. O novo marco será ruim se rasgar os contratos existentes. Isso pode tornar a indústria brasileira altamente instável e nos jogar para trás, em termos de competitividade. Tem de haver respeito aos contratos existentes. Isso parece simples, mas não foi o que ocorreu, recentemente, em outros setores. Se esses contratos forem mantidos, daremos ao mundo a perfeita noção se estamos aqui para brincar de mineração ou para realmente respeitar o investidor.”
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Intervencionismo
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“A expectativa é que o novo marco regulamente o mínimo da atividade, em especial a concessão mineral, que é um direito e um dever da União organizar. Não acredito que haja uma sanha intervencionista por parte do Estado. Se fosse assim, teria sido baixada uma MP e já estaríamos sob o novo marco. O atual código tem defeitos, mas também virtudes. E a principal delas é estar sendo discutido e construído de forma participativa e democrática.”
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Licenciamento
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“A legislação ambiental brasileira já é completa. Ela peca por falta de gestão e, consequentemente, de celeridade. Alguns Estados, no entanto, têm dado bons exemplos, desobstruindo canais e trâmites de licenciamento e agilizando a aprovação de projetos. Mas, se tentarmos fazer um casamento perfeito entre o novo código mineral e o licenciamento ambiental, corremos o risco de criar um verdadeiro ‘Frankenstein’, algo completamente deformado e ineficaz.”
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Fonte: Revista Ecológico
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