Orinoco levanta US$ 4,3 Mi para aumentar produção em Goiás

A mina de Cascavel está no cronograma para começar a produzir no primeiro trimestre do ano que vem. A planta, durante o start-up, terá capacidade de processar 40 mil toneladas por ano, volume que vai aumentar em 50% durante o ano até o quarto trimestre. A Orinoco disse que a decisão de expandir a produção foi tomada com base na confiança cada vez maior no depósito de ouro de alta qualidade.

 

Em comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira, a mineradora disse que o dinheiro captado pelas operações será usado para desenvolver um segundo ponto de transporte de minério a partir da mina e comprar novos equipamentos, visando o desenvolvimento de novas galerias subterrâneas em Cascavel. O montante também servirá como capital de giro durante a montagem e comissionamento da planta de processamento.

 

“Nós temos agora imensa confiança na mina de ouro Cascavel e, portanto, faz todo sentido comercial tirar o máximo de proveito dela por meio da expansão rápida da produção. Os fundos vão nos permitir acelerar o desenvolvimento do plano de mina e expandir a capacidade de transporte, o que significa que vamos aumentar a produção planejada em mais de 50% em menos de um ano”, disse Mark Papendieck, diretor-geral da Orinoco.

 

O total a ser captado pela mineradora é de 6 milhões de dólares australianos, cerca de US$ 4,32 milhões. A Orinoco pretende levantar US$ 3,6 milhões por meio da oferta de direitos para acionistas da empresa, que garante uma ação ordinária para cada sete, por 17 centavos de dólar australiano cada. Os acionistas receberão uma opção de compra para cada três ações subscritas na oferta de direitos. As opções podem ser exercidas por 25 centavos de dólar australiano e expiram em janeiro de 2018.

 

Com a emissão de ações, a mineradora quer captar os cerca de US$ 720 mil restantes. Cada papel será negociado também por 17 centavos de dólar australiano e os acionistas receberão uma opção de compra de 25 centavos de dólar australiano para cada três ações subscritas na emissão.

 

A Orinoco informou ainda que uma empresa internacional de finanças e investimentos vai injetar até US$ 930 mil na mineradora por meio das condições da oferta de direitos e US$ 1,94 milhão pela emissão de ações.

 

A Orinoco disse ainda que assinou um termo não vinculativo com essa empresa internacional, que prevê investimento futuro de US$ 7,2 milhões a US$ 10 milhões na mineradora por meio de emissão de ações sob as condições da oferta de direitos. Essa empresa é subsidiária de uma companhia global que gere US$ 15,5 bilhões em ativos.

 

A mineradora disse que o acordo não vinculativo depende da “condição mínima de subscrição da oferta de direitos, auditoria técnica [due dilligence] feita pelo investidor, negociação e execução de documentos definitivos, aprovação dos acionistas para emissão de ações” para que o investidor detenha mais de 20% do capital da Orinoco, entre outras condições.

 

Caso a negociação avance, a mineradora pretende usar o aporte de até US$ 10 milhões para aumentar a participação em Cascavel, que é de 70%, realizar campanhas de sondagem em áreas fora do plano de mina, conduzir um programa de exploração no projeto Sertão, entre outros.

 

A Orinoco possui no Brasil o projeto Faina Goldfields, em Faina (GO). O empreendimento é composto pelo projeto Cascavel e pelos prospectos Garimpo, Sertão e Tinteiro. A mineradora opera no país por meio das subsidiárias Orinoco Brasil Mineração, Mineração Curral de Pedra e Rio do Ouro Mineração.

 

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