Um dos segmentos mais estratégicos da nossa economia, o setor mineral, faturou, apenas no 1º trimestre de 2021, cerca de R$ 70 bilhões e repassou aos cofres públicos R$ 24,2 bilhões em tributos e encargos. Há fatores que motivam a expansão da atividade, como demanda aquecida pelos minérios e sua valorização no mercado internacional. Essa situação coloca a mineração brasileira no radar para receber novos e importantes investimentos. Mas há lacunas na questão de linhas de financiamentos específicas para o setor mineral que precisam ser resolvidas.
Este cenário será destaque na programação do e-Mineração: Evento de Negócios que ocorre nos próximos dias 16 e 17 de junho, no ambiente virtual. Os interessados em participar do evento, organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), devem se inscrever de forma gratuita no site .
“A mineração vive um excelente momento, com a valorização significativa dos preços das principais commodities minerais, revelando relação com indícios fortes da retomada do crescimento dos principais mercados mundiais e não apenas o da China. O plano de investimentos do Governo Biden, nos Estados Unidos, para a infraestrutura injetará mais de US$ 2,5 trilhões na economia americana. Esses recursos poderão atrair a importação de grandes partidas de minério brasileiro. O cenário futuro do crescimento internacional da economia verde e da energia limpa, também será responsável pela maior demanda mundial de minerais da nova geração. Por tudo isso, as perspectivas futuras para a mineração são bem otimistas”, afirma o diretor de Relações Institucionais do IBRAM e um dos palestrantes do painel “Oportunidades e Financiamentos para o Setor Mineral” , Rinaldo Mancin.
Mesmo com números expressivos, Mancin afirma que o Brasil está um tanto distante das melhores práticas mundiais para os financiamentos do setor mineral. “ Temos um espaço considerável para a evolução dos mecanismos aqui no Brasil, visto que as características econômicas-operacionais da indústria mineral e sua elevada taxa de risco, principalmente na etapa de exploração, demandam modalidades de financiamento específicas”, explica o diretor do IBRAM.
O IBRAM tem como um dos focos de ação buscar meios para ampliar o acesso para os mineradores brasileiros a fontes de recursos para o financiamento, desenvolvimento e ampliação de projetos de exploração mineral e mineração.
“Neste sentido, uma parceria com a Bolsa de Valores de Toronto, firmada há algum tempo, e outra com a B3 – bolsa de valores brasileira – está sendo negociada. A ideia é criar carteiras de projetos de mineração nessas bolsas de valores, abrindo o caminho para a listagem de mineradoras de menor porte nas bolsas. O próximo passo é a identificação de projetos-piloto, que teriam este potencial”, afirma.
Segundo Eduardo Cardoso, Sócio e CFO da Ore Investments e também palestrante do painel, o setor vem trabalhando para a autorregulação técnica do mercado de mineração. Isto vem sendo perseguido com uma aliança feita entre a Comissão Brasileira de Recursos e Reservas (CBRR), Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (ADIMB) e IBRAM.
Este processo resultou na assinatura do memorando de entendimento com o Comitê de Reservas Minerais e Padrões Internacionais de Relato (CRIRSCO), que prevê a difusão de melhores práticas globais de engenharia e geologia; diretrizes para declaração de Resultados de Exploração; recursos e reservas minerais em concordância com os padrões internacionais estabelecidos pelo CRIRSCO e gestão do processo de certificação e banco de dados de registro de Profissionais Qualificados Registrados no Brasil.
“A adoção de um Código Brasileiro para declaração de recursos e reservas, em perfeita consonância com as práticas internacionais, suportado pela transparência, materialidade, competência e independência, vem, portanto, ao encontro das diversas ações de governo para incentivar investimentos no setor mineral brasileiro”, explica Eduardo.
Os dois palestrantes acreditam que eventos como o e-Mineração aproximam o setor mineral da sociedade, além de contribuir para reforçar diálogos com todos os envolvidos no processo de modernização do setor no país. “Este painel é mais um momento que teremos para desmistificar o acesso a bolsa de valores, pois é uma opção muito viável para os financiamentos de um setor com tanta necessidade de investimentos e com visão de longo prazo como a mineração, além de ser uma excelente opção para os investidores”, esclarece Rinaldo Mancin.
A edição 2021 do e-Mineração terá ampla programação gratuita ao público em geral. “As lives da programação vão refletir o momento e as perspectivas da indústria da mineração para o público em geral. A gestão do IBRAM está focada em promover uma transformação na mineração brasileira, reforçando os valores relacionados à sustentabilidade, que envolvem desde o cuidado com o meio ambiente até o relacionamento respeitoso e próximo às pessoas; capaz de gerar ainda mais benefícios e reflexos positivos na vida de todos”, diz Flávio Penido, diretor-presidente do IBRAM.
O evento terá ambientes coletivos online para vários eventos, com participação aberta ao público: pitches para startups, palestras técnicas e comerciais e lives sobre temas de grande relevância para o setor neste momento.
A abertura será às 8h30 do dia 16/6. Em seguida, das 9h às 12h, serão apresentadas as primeiras lives:
O futuro da energia (renovável) e a mineração
Mercado de Crédito de Carbono e a experiência das empresas de mineração
Políticas de Diversidade e Inclusão na Exploração Mineral
Veja a programação completa e inscreva-se gratuitamente: https://e-mineracao.com.br.
O e-Mineração promove de forma gratuita uma rodada de negócios virtual. 19 mineradoras e mais de 400 de fornecedores do setor mineral de todo o país fizeram inscrição até 4/6 para participar gratuitamente da seleção para rodadas de negócio com várias mineradoras, com o. Até esta 5ª feira (10/6), foram confirmadas nas rodadas as seguintes mineradoras – ou empresas que têm mineração entre seus negócios:
Alcoa; Anglo American, AngloGold Ashanti; ArcelorMittal Brasil; Copelmi Mineração; Ferro + Mineração SA; Fides Mining; Gerdau; Intercement; Jaguar Mining; Kinross Paracatu; Mineração Taboca; Mineração Usiminas; Mosaic Fertilizantes; Nexa Resources; Vale; Samarco; Vanádio de Maracás; Votorantim Cimentos.
Mineração Vale Verde (patrocínio Máster), Anglo American (Ouro), e ArcelorMittal (patrocínio Apoio), Dassault Systemes (patrocínio Apoio), Itubombas (patrocínio Apoio) e Mosaic Fertilizantes (patrocínio Apoio) .
ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos; ABM – Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração; ABPM – Associação Brasileira de Preservadores de Madeira; ACMINAS – Associação Comercial e Empresarial de Minas; Aço Brasil; ADIMB – Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro; CETEM – Centro de Tecnologia Mineral; FDC – Fundação Dom Cabral; FIEB – Federação das Indústrias do Estado da Bahia; Serviço Geológico do Brasil; FIEPA – Federação das Indústrias do Estado do Pará.
Os seguintes veículos de comunicação apoiam o e-Mineração: revistas Agregados Online; Brasil Mineral; Eae Máquinas; In The Mine; Mineração & Sustentabilidade; sites Brasil Mining Site; Conexão Mineral; Panorama Minero/ Notícias de Mineração Brasil.
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