rnInstabilidade no mercado internacional pode elevar ainda mais o preço do metal, que já subiu 90% de 2008 a 2011.rnA instabilidade do mercado internacional deverá provocar uma valorização ainda mais consi
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Instabilidade no mercado internacional pode elevar ainda mais o preço do metal, que já subiu 90% de 2008 a 2011.
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A instabilidade do mercado internacional deverá provocar uma valorização ainda mais consistente do ouro, metal precioso que teve alta de 90% de 2008 para 2011, período em que a crise financeira fez investidores migrarem para o ativo em busca de proteção. Na indústria, desembolsos em sondagens geológicas foram incrementados, e a recuperação de material antes descartado ganhou força. A abertura de novas minas e reativação de outras que estão paralisadas voltaram à pauta das companhias.
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As mineradoras avaliam a média da cotação do ouro nos últimos três anos para definir se a valorização é consistente e se a cotação justifica os investimentos, informa o diretor de mineração da consultoria finlandesa Pöyry, que se instalou em Belo Horizonte neste ano, João Ronchel. “As empresas já começaram a retirar projetos da gaveta. Principalmente nos últimos dois anos, o ouro teve um acréscimo muito forte no preço, em parte, devido às incertezas nos mercados e, como é um ativo com uma liquidez muito alta, a procura aumenta”, diz.
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Em 2008, a onça troy (30 gramas de ouro) estava cotada a US$ 865, tendo encerrado 2011 a US$ 1.641, uma elevação de 89,7%. Esta alta viabiliza que as mineradoras de ouro realizem processo semelhante ao que já se tornou comum na mineração de ferro a partir do boom de valorização. Trata-se da recuperação de material descartado, que antes ia para as barragens de rejeito. “O material que é descartado não vai mais direto para a barragem. Existem alguns processos de recuperação, utilizando carvão para absorver o ouro do material de rejeito e, depois, por meio de um processo químico, separa-se o ouro do carvão. É um investimento que só se justifica quando os preços estão elevados”, afirma Ronchel.
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A perspectiva de manutenção da evolução da cotação do ouro é reforçada com o noticiário dos desajustes na economia europeia e seu potencial para gerar incertezas em outros mercados. “A Europa está descobrindo que a crise é muito maior que a imaginada. Como investimento mais seguro, o ouro passa a ser vantajoso. É o ativo mais líquido, pode ser comercializado em qualquer lugar do mundo”, observou Ronchel.
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O Brasil é o décimo segundo maior produtor de ouro do mundo. A China é a maior produtora, com 345 toneladas, o equivalente a 14% da produção mundial (dado do fechamento de 2010), seguida pela Austrália com 9,3%, e pela África do Sul e EUA, com 9% cada um. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), as principais empresas produtoras no Brasil são Kinross (29%), AngloGold Ashanti (22%), Yamana Gold (17%), Garimpos (12%), Jaguar Mining (7%) e outras empresas (13%).
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O diretor da grupo OM, distribuidor de valores, Juarez Silva, lembra que o ouro é um patrimônio. Embora sofra influência do dólar em sua cotação, ele fica alheio às inseguranças das instituições financeiras. Além disso, é um patrimônio com pouca depreciação”, afirmou.
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Para ele, o movimento gerado por investidores que aumentaram o peso do ouro em suas aplicações vai viabilizar a execução de novos investimentos. “A produção mundial de ouro já foi maior e, ao que tudo indica, vai crescer”, disse.
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Fonte: Hoje em Dia
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