rnO Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê investimentos de R$ 597 bilhões na indústria entre 2012 e 2015, 29,5% acima do apurado no período de 2007 a 2010. O levantamento, feito pela &aacu
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê investimentos de R$ 597 bilhões na indústria entre 2012 e 2015, 29,5% acima do apurado no período de 2007 a 2010. O levantamento, feito pela área de pesquisas econômicas do banco, abrange dez setores. O destaque é o de petróleo e gás, que compreende extração e refino, com R$ 354 bilhões previstos para 2012-2015, 59% dos investimentos projetados.
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O desempenho de consultas e de enquadramentos dos financiamentos do BNDES sinaliza “trajetória ascendente dos investimentos”, na análise do banco. Somente no mês de março, os desembolsos do BNDES somaram R$ 9,3 bilhões, alta de 20,8% em relação ao mesmo mês de 2011. As liberações para a indústria cresceram 39,5% em março deste ano, diante de igual período do ano passado, para R$ 3,1 bilhões, a maior expansão entre os segmentos contemplados pelo banco.
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No trimestre, os desembolsos do BNDES somaram R$ 24,5 bilhões, quantia praticamente estável em comparação com igual período no ano passado. Segundo o banco, as consultas, primeiro passo do empresário para pedido de crédito e “termômetro” para mensurar o apetite da indústria em alocar investimentos, somaram R$ 55,7 bilhões no primeiro trimestre, 37% acima do apurado no primeiro trimestre do ano passado. Já os enquadramentos dos projetos atingiram R$ 48,3 bilhões, 28% acima do apurado em igual trimestre em 2011.
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O bom desempenho das consultas e dos enquadramentos foi puxado pela indústria. De acordo com o banco, as consultas para a indústria somaram R$ 24,564 bilhões no primeiro trimestre, crescimento de 120% diante de igual período do ano passado. Já os enquadramentos para projetos da indústria subiram 104% no mesmo período de comparação. O banco não divulgou o valor dos enquadramentos para a indústria no período.
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Recuo em dois setores
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Dos dez setores pesquisados pelo banco para levantamento sobre perspectivas de investimento na indústria, apenas dois sinalizaram recuo nos investimentos para o período de 2012 a 2015, na comparação com o observado entre 2007 e 2010. Os destaques negativos foram a indústria extrativa mineral, com investimentos previstos de R$ 58 bilhões entre 2012 e 2015, 13,9% abaixo do apurado entre 2007 e 2010; e siderurgia, com aportes de R$ 21 bilhões projetados até 2015, montante 33,6% inferior ao registrado de 2007 a 2010.
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No caso de extrativa mineral, o BNDES informou que o quadro é menos favorável devido ao adiamento de projetos de mineração de níquel e de produção de alumínio primário das empresas brasileiras devido ao ambiente de menor demanda por conta da crise internacional.
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“A nossa expectativa, segundo uma entrevista recente do presidente da Vale, é de que ela amplie os investimentos”, disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, acrescentando, porém, que a empresa precisa obter licenciamentos ambientais para seus empreendimentos.
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Em relação à indústria siderúrgica, o banco salientou que o setor vive momento de alta incerteza com significativo excedente de capacidade no mundo; baixa perspectiva de aumento da demanda para os próximos anos; moderação no ritmo de crescimento chinês; e aumento nos preços das principais matérias primas do setor. Esse último fator, segundo o BNDES, “vem diminuindo muito as margens das empresas”.
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“A capacidade ociosa da siderurgia mundial continua altíssima, em torno de 40% a 45%, em nível global”, afirmou Coutinho, acrescentando que isso inibe muito o desempenho das empresas brasileiras no setor.
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Os outros oito setores pesquisados pelo banco na análise apresentam boas estimativas de crescimento no investimento para os próximos anos. Além de petróleo e gás, setor que deve ter investimentos de R$ 354 bilhões de 2012 a 2015, 48,5% a mais que entre 2007 e 2010, o BNDES detectou estimativa de aumentos dos investimentos, na mesma comparação, nos setores automotivo (58,8%); papel e celulose (30,9%); eletroeletrônica (17,5%); química (4,9%); têxtil e confecções (33,3%); complexo industrial da saúde, que representa empresas farmacêuticas (9,1%); e aeronáutica (158,5%).
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De maneira geral, o BNDES concluiu, em seu levantamento, que a demanda no mercado doméstico está compensando o cenário internacional adverso. O banco espera uma consolidação do quadro de pequena melhora no ambiente internacional verificada ao longo do primeiro trimestre de 2012 para que haja maior crescimento nos investimentos no Brasil, principalmente por parte de setores mais voltados para o mercado externo. Entretanto, o banco admitiu que o estudo deixa claro a necessidade de aumentar a competitividade da indústria brasileira.
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Logística e energia: R$ 31 bi em 2013
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O setor de infraestrutura somou desembolsos de R$ 9,9 bilhões no primeiro trimestre, e respondeu por 41% das liberações do banco nos primeiros três meses do ano. Para o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a previsão para desembolso em infraestrutura na área de logística e energia em 2013 é de R$ 31 bilhões, 26% acima da projeção para este ano, de R$ 24,5 bilhões. O número esperado para 2012 é 31% superior ao do ano passado.
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O superintendente da área de infraestrutura e insumos básicos do BNDES, Nelson Siffert, afirmou que, até o início de abril, 56% da carteira de projetos de infraestrutura na área de logística e energia – inclui 332 projetos e um valor total previsto para desembolsos de R$ 140,681 bilhões – foram aprovados e 20% estão em análise. Esses números incluem o desembolso para a privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília.
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Coutinho afirmou que a carteira de infraestrutura está crescendo em número de projetos e em valor, o que sinaliza “altíssima sustentação e ampliação destes investimentos”. “[Estamos] antevendo uma recuperação dos planos de investimento da indústria e uma firme da continuidade da infraestrutura”, afirmou.
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Retomada do investimento
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Para o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o crescimento das consultas para desembolsos do banco no primeiro trimestre deste ano reflete um processo de superação das expectativas menos otimistas em relação à economia brasileira e o comportamento empresarial em direção à retomada do investimento.
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Coutinho ressaltou que a recuperação das consultas – subiram 37% no primeiro trimestre, na comparação com os três primeiros meses de 2011, para R$ 55,7 bilhões – é anterior à divulgação da segunda fase do programa Brasil Maior, em abril. E explicou que no segundo semestre do ano passado, especialmente em junho e julho, a crise financeira internacional se agravou e estimulou um cenário de incerteza no mundo. No Brasil, houve reflexo de redução do ritmo de crescimento e os investimentos entraram em regime de cautela naquele período. Hoje, no primeiro trimestre, a estabilidade dos desembolsos reflete o cenário observado há seis ou sete meses, segundo Coutinho.
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Para o presidente do banco de fomento, os desembolsos deverão ficar entre R$ 145 bilhões e R$ 150 bilhões neste ano, dependendo da velocidade de recuperação do investimento no país. “Se o investimento privado se recuperar de forma mais rápida, chegaremos mais perto de R$ 150 bilhões. Se a retomada for mais devagar, chegaremos mais perto de R$ 145 bilhões”, explicou.
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Ao ser questionado sobre projeções de crescimento econômico em 2012, ressaltou que o banco fará o possível para que o país atinja crescimento de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2012. “Esse é o nosso objetivo: incrementar investimento para transformar em crescimento.” E disse que a missão importante para este ano será contribuir para o crescimento da formação bruta de capital fixo no PIB, “chegando perto de 20,5%”. “Queremos galgar um novo degrau em 2012”, disse Coutinho.
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TJLP não deve cair
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A redução da taxa de juros de longo prazo (TJLP) do banco, fixada em 6% ao ano, desde julho de 2009, quando era 6,25% ao ano, não está nos planos da instituição, segundo seu presidente. Coutinho observou que, atualmente, a TJLP é uma taxa calibrada para atender às atuais condições macroeconômicas do país. “Em um futuro, mais longe, se as condições mudarem, aí sim se poderia repensar. Afinal, não é uma taxa arbitrária”, afirmou.
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Sobre as condições que levariam à mudança de patamar na TJLP, Coutinho comentou que seria necessário avançar mais um degrau no combate inflacionário, com a plena eficiência do sistema de metas, além de sustentação de superávit primário e redução da dívida líquida no PIB. “Depende de muitas coisas”, avaliou. Mas Coutinho considerou que, se a economia brasileira continuar a melhorar, a TJLP vai acompanhar esta mudança e terá seu patamar reduzido.
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Fonte: Valor Online
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