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Pará será número um em produção mineral

22 de outubro de 2014

Mudança de cenário na mineração pode ocorrer em até dez anos. A Região Norte deve receber novos investimentos do setor mineral na próxima década. A expectativa é que, dependendo do contex

Mudança de cenário na mineração pode ocorrer em até dez anos. A Região Norte deve receber novos investimentos do setor mineral na próxima década. A expectativa é que, dependendo do contexto global da mineração neste período, o Pará supere Minas Gerais – tradicional potência da indústria de extração mineral no País – como principal foco de capital do setor. É o que indica prospecção de cenário do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), realizada a cada cinco anos. A presença de grandes projetos atrai capital financeiro e eleva a qualidade de vida dos municípios mineradores, evidenciada pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

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Parauapebas, na região sudeste do Pará, onde está localizada a Província Mineral de Carajás, a uma das maiores produtoras de minério de ferro do planeta, tem o mais alto Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e a terceira colocação no IDH, somente atrás de municípios da Região Metropolitana de Belém. No levantamento do Programa nas Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que mede o nível de educação, longevidade e renda, o município alcança 0,715 na escala que varia de 0 a 1.

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“Os municípios mineradores tendem a melhorar substancialmente a qualidade de vida da população. A geração de impostos e receitas diretos, como é o caso da CFEM, impulsiona a renda. Parauapebas é número um em arrecadação no Brasil: R$ 700 milhões somente no ano passado”, exemplifica o Diretor de Assuntos Ambientais do IBRAM, Rinaldo Mancin.

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“A CFEM representa o reflexo do valor da produção do município. É calculada em cima do valor produzido. Do total da arrecadação, 65% é destinada ao município, 23% ao Estado e 12% à União. A cidade recebe mais que cinco vezes a federação”, explica Marcelo Ribeiro Tunes, Diretor de Assuntos Minerários do IBRAM.

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A instalação de projetos de mineração fomenta a economia do munícipio e da região. Além da geração de emprego e renda, a presença das mineradoras estimula a demanda de alimentos, vestuário, transporte, hotelaria, serviços pessoais e potencializa a construção civil.

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A chegada de um grande empreendimento provoca mudanças culturais, econômicas, sociais e ambientais. Novas possibilidades de ampliação da governança pública e corporativa são necessárias para que a atuação da mineração seja um fator de desenvolvimento territorial de longo prazo, com benefícios posteriores ao ciclo mineral.

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“Os municípios mineradores têm ótimos IDHs e acabam tendo indicador até superior ao Estado. É um excelente negócio tornar-se minerador”, pontua Rinaldo Mancin. “A nova mineração, mais comprometida com o social, sem dúvida vem criando oportunidades. Nenhuma empresa que trabalha no Pará atua sem política de formação de mão de obra local”, completa.

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Congresso

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A importância de parcerias público-privadas no fomento do município minerador será debatida durante o Congresso de Mineração da Amazônia, cujo tema é “Mineração: consolidando o desenvolvimento nos territórios minerais”, que será realizado de 18 a 20 de novembro, no Hangar – Centro de Convenções & Feiras da Amazônia. A programação integra a EXPOSIBRAM Amazônia 2014, promovida pelo IBRAM.

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As empresas mineradoras instaladas no Pará costumam investir na qualificação da mão de obra e de fornecedores locais. Nos municípios mineradores, o indicador do IDH que mais cresce é o da educação. “Percebemos o fortalecimento de parcerias com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e da Rede de Desenvolvimento de Fornecedores, da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA)”, exemplifica Mancin. “Analisando os dados socioeconômicos é possível aferir a contribuição dos projetos para o desenvolvimento da localidade, não só na geração de empregos, mas na ampliação da estrutura de saúde, educação e qualidade de vida, evidenciadas pelo IDH”, completa.

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Os incentivos por parte da indústria de extração mineral refletem na aceitação, por parte da população, da implantação e presença das empresas. Os programas sociais desenvolvidos na localidade corroboram para o bom relacionamento com a comunidade. “Acredito que somente o bom planejamento de médio e longo prazo, associado à articulação de políticas públicas com políticas empresarias, poderia representar um caminho mais promissor. Outro elemento fundamental é reforçar a capacidade de qualificação tanto da mão de obra na região, como de fornecedores. Assim, educação é outro ponto crítico a ser trabalhado”, analisa José Fernando Coura, Diretor Presidente do IBRAM.

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Futuro

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A indústria extrativa mineral representa 27% do PIB paraense – o percentual é o maior no país – de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos (Sinferbase). Esses dados contrastam com estimativas de dois grandes estados mineradores, como o Espírito Santo, no qual a atuação do setor corresponde a 16% e Minas Gerais, local em que o valor cai para 8%.

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Considerando a arrecadação da CFEM nacional, o Pará fica em segundo lugar, com um pouco mais de R$ 804 milhões, atrás apenas de Minas Gerais. Com a perspectiva de crescimento de projetos no Pará para os próximos anos, a expectativa é que os valores aumentem significativamente. “Toda cadeia de fornecedores de equipamentos, tecnologia e serviços para a mineração naturalmente está indo atrás desses investimentos. O cenário futuro para o Pará é muito positivo, já que a vocação mineral do estado é inquestionável”, analisa o Diretor de Assuntos Ambientais do IBRAM, Rinaldo Mancin. “Apesar de, em função do seu tamanho territorial, haver relativamente pouco conhecimento geológico, o Pará tem se destacado com descobertas de novas áreas potenciais para depósitos minerais, muitos de classe mundial”, completa.

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Fernando Coura explica ainda que “IBRAM vê um cenário de grande intensificação da atividade minerária no Pará, com investimentos crescentes e a ampliação da cadeia produtiva em torno do setor, com reflexos positivos na educação, formação de mão de obra especializada e infraestrutura”. “O futuro da mineração no Brasil passa necessariamente pelo estado do Pará e, por isto, os olhares devem estar voltados para o potencial paraense”, completa.

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A inversão de atuação mineral entre Pará e Minas Gerais deve ocorrer graças ao avanço de pesquisas geológicas, ainda tímidas no Estado, mas fundamentais para alavancar o desenvolvimento. “Bem recente, em 2011, o Pará estava quase ultrapassando Minas Gerais, mas devido à crise econômica global, as empresas reduziram seus investimentos. Devemos lembrar que o maior projeto de mineração do mundo acontece no Pará, o S11D, da Vale S.A., e que 22 bilhões estão sendo aplicados. A confiança no Estado é grande”, completa Mancin.

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O fomento de capital também depende da disponibilidade de logística, transporte e qualificação de mão de obra. Dos 53 bilhões de dólares em investimentos estimados para os próximos cinco anos no Brasil, 30% serão destinados ao Pará. O panorama da economia mineral, com foco nas tendências, riscos e oportunidades, também será foco de debate durante o Congresso de Mineração da Amazônia.

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Serviço:

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EXPOSIBRAM Amazônia 2014

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Período: 17 a 20 de novembro.

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Horários:

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Abertura Oficial: 17/11, às 17h.

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Exposição Internacional de Mineração da Amazônia: 17, 18, 19 e 20/11, das 16h às 22h.

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4º Congresso de Mineração da Amazônia: 18, 19 e 20/11, das 14h às 17h30.

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Público-alvo: profissionais, técnicos e estudantes, do setor público e privado, principalmente da Amazônia.

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Local: Hangar – Centro de Convenções & Feiras da Amazônia – Belém (Pará)

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Inscrições pelo site: www.exposibramamazonia.org.br

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Fonte: Infomine

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