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Paranapanema investe em sua estratégia global

11 de julho de 2013

Com um consumo per capita de cobre considerado ainda baixo frente aos países desenvolvidos – a média brasileira é de dois quilos contra cinco quilos -, o Brasil está no foco dos investimentos de longo prazo da Paranapanema

Com um consumo per capita de cobre considerado ainda baixo frente aos países desenvolvidos – a média brasileira é de dois quilos contra cinco quilos -, o Brasil está no foco dos investimentos de longo prazo da Paranapanema em virtude do potencial de alta do consumo no país.

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Principal fabricante de catodos de cobre, que são as chapas usadas na fabricação de vergalhões, barras e fios de alta condutividade, a Paranapanema fez de sua planta no Polo Industrial de Camaçari um instrumento estratégico para se manter competitiva globalmente e continuar a responder por mais de 90% do cobre produzido no Brasil.

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Os planos da antiga Caraíba Metais – somente em 2010 a empresa, que nasceu estatal, braço da Mineração Caraíba, passou a se chamar Paranapanema – são ambiciosos. A companhia estuda uma nova unidade de metais preciosos, ao lado de sua unidade em Dias D’Avila. O objetivo é refinar ouro, prata e paládio obtidos como subproduto de sua produção de cobre.

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A Paranapanema estima que poderá refinar cerca de oito toneladas de ouro e entre 60 e 80 toneladas de prata ao ano com as novas atividades que têm o potencial de elevar em US$ 400 milhões a receita anual da companhia, que no ano passado chegou a somar R$ 4 bilhões.

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Este ano, a companhia concluiu um projeto de pouco mais de R$ 350 milhões na modernização e expansão no Polo de Camaçari. A iniciativa elevou a capacidade instalada da companhia de 230 mil toneladas por ano para 280 mil toneladas por ano. “Vamos chegar a 300 mil toneladas por ano em 2014”, diz o presidente da empresa, Edson Monteiro. “E esse crescimento vem alinhado com nossa estratégia de sustentabilidade”.

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Foram necessários dois anos de estudos para saber qual tecnologia seria aplicada na transformação do cobre e quais eram os principais fornecedores do setor. Todos os equipamentos instalados são de última geração e privilegiam sistemas automatizados de controle que melhoraram a eficiência operacional e de processo da fábrica. “Foi um marco divisor para a Paranapanema no Estado da Bahia porque a colocou no patamar global”, diz o superintendente do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Mauro Pereira.

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Foi no segundo semestre do ano passado que a Paranapanema anunciou um conjunto de investimentos e mudanças administrativas, intitulado a “Nova Paranapanema”. Para o projeto, foram planejados investimentos de quase R$ 1 bilhão, previstos para acontecer entre 2012 e 2014. A ideia é ampliar a capacidade de refino de cobre e a produção de produtos semielaborados. No último ano, a empresa investiu cerca de R$ 400 milhões. Para este ano estão previstos R$ 225 milhões.

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Entre os próximos passos já anunciados por Monteiro está o ajuste da planta para voltar a consumir toda a produção de catodo de cobre a partir de 2015, e reforçar sua atuação na próxima etapa da cadeia. Uma das formas de absorver internamente o catodo, que é uma placa de cobre refinado, seria a ampliação de sua fabricação de trefilados e vergalhões de cobre. “Trata-se apenas de investimento na capacidade de processamento porque ampliamos a produção com a automatização e o mercado não consome catodo” explica. “O cliente precisa fundi-lo para transformá-lo em vergalhão, tubo e fios, o que optamos por fazer dentro de casa”.

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Atualmente a companhia produz entre 110 mil toneladas e 115 mil toneladas de cátodos ao ano. No ano passado, a companhia vendeu 55,2 mil toneladas de cátodos ao mercado e produziu 120 mil toneladas de vergalhões e 40 mil toneladas de trefilados, cuja produção também é feita a partir de sucata de cobre.

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Monteiro não dá detalhes do projeto, mas diz que poderá elevar sua participação no mercado de fios trefilados e vergalhões, produtos de maior valor. Hoje, a empresa lidera este mercado com cerca de 60% das vendas feitas no país. Para tanto, a empresa pode ter que investir em novas trefiladoras e laminadoras de cobre, por exemplo, o que ainda não consta no orçamento da companhia.

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Além dos fios e vergalhões, que são fabricados na unidade de Dias D’Ávila, no Estado da Bahia, a companhia faz tubos e conexões e ligas de cobre em Serra (ES), e semielaborados de cobre em Santo André, no ABC paulista, o que inclui laminados, barras, perfis, arames e tubos. Em setembro, a empresa vai inaugurar sua nova fábrica de tubos sem costura em Santo André. O projeto, que levou seis anos para ser implementado, elevará em 150% sua produção de tubos de cobre sem costura, passando de 12 mil toneladas para 30 mil toneladas por ano

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Fonte: Valor Econômico

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