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Parque de ciência e tecnologia terá incubadora de empresas em 2015

30 de setembro de 2014

Resultado de um investimento de R$ 80 milhões, o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), inaugurado em 2010, em Belém (PA), vai ganhar sua primeira incubadora de empresas em 2015. Com um investimento de qua

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Resultado de um investimento de R$ 80 milhões, o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), inaugurado em 2010, em Belém (PA), vai ganhar sua primeira incubadora de empresas em 2015. Com um investimento de quase R$ 10 milhões, o local já começa com dez empreendimentos que estavam “incubados” na Universidade Federal do Pará (UFPA). Vinte vagas para novos negócios serão abertas durante o ano.

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Nos próximos meses, o complexo paraense inaugura ainda um prédio de seis mil metros quadrados de área, batizado de Espaço Inovação, com locação de salas para negócios pós-incubação. O investimento no local é de R$ 14 milhões e abre as portas com 30 companhias instaladas.

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Ao lado do prédio, um conjunto de 45 lotes será oficialmente lançado no final do ano, para receber institutos de pesquisa e empresas âncoras. O Instituto Tecnológico Vale (ITV), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro de Excelência em Eficiência Energética na Amazônia (Ceamazon), financiado pela Eletrobras, já têm espaços reservados.

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“Estamos negociando a presença de uma grande companhia de cosméticos e biotecnologia”, afirma, sem revelar nomes, Antônio Jorge Abelém, diretor-presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia Guamá, que gerencia o parque, durante o XXIV Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, realizado na semana passada, em Belém.

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O PCT Guamá é resultado de um investimento de R$ 80 milhões e funciona no bairro de mesmo nome. Foi criado a partir de um convênio entre a UFPA, que cedeu o terreno de 72 hectares, a Secretaria de Estado, Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O complexo é o primeiro em operação no Pará e o único da região Norte. Nos próximos dois anos, devem ser criadas estruturas semelhantes em Marabá e Santarém.

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“Do total do espaço do parque, 30% é de área construída e o restante é zona de preservação ambiental”, diz Abelém. A maioria das empresas da nova incubadora atua nos setores de tecnologia mineral (apoio na exploração de minério), biotecnologia, energia, tecnologia ambiental e da informação (TI).

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Segundo Carlos Eduardo Bizzotto, coordenador de projetos da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e há 20 anos no ramo de incubadoras, o conceito de incubação de empresas precisa ser revisto no Brasil. “As incubadoras devem deixar de ser receptoras de startups e agir como buscadoras ativas de negócios com potencial”, diz. “O gestor pode esquecer o conceito de garagem, que rondava as inovações, e entender melhor os produtos que as incubadas podem oferecer ao mercado.”

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Um dos empreendimentos da nova incubadora do parque de Belém é a Amazon Dreams, vencedora do Prêmio Finep de Inovação em 2012, na categoria micro e pequena empresa. Criada por pesquisadores da UFPA em 2002, desenvolveu uma tecnologia capaz de extrair compostos ricos em antioxidantes de frutas e folhas da floresta amazônica, com alto nível de pureza.

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A Amazon Dreams é uma das 50 companhias do país e a primeira da região Norte contemplada pelo Fundo Criatec de Capital Semente, iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para investimentos de capital de risco. O fundo conta com R$ 100 milhões, com a possibilidade de investir entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões em um único projeto, e levar as marcas ao mercado de capitais.

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“Recebemos um aporte de R$ 1,5 milhão”, diz o CEO da Amazon Dreams, Afonso Romão Jr. Depois de dez anos de pesquisa, a empresa de oito funcionários deve faturar, pela primeira vez, em 2015. A estimativa é chegar a R$ 1 milhão, graças a um contrato de venda e possível cessão de cotas societárias para uma companhia catarinense do ramo de cosméticos, com nome ainda em sigilo.

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“Vamos entregar extrato de açaí em pó, com uma pureza de 70%”. Segundo Romão, o controle de pureza oferecido pelo mercado é, em média, de 20%. A fruta vem da região das ilhas paraenses (Igarapé-Miri e Abaetetuba) e do Baixo Tocantins. A meta é chegar a R$ 4 milhões de faturamento, em 2017.

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No setor de lotes empresariais do PCT Guamá, a expectativa é receber a Parafarma, iniciativa do poder público, setor produtivo e academia, para a fabricação de medicamentos fitoterápicos destinados ao SUS. “A criação da empresa aguarda aprovação da Assembleia Legislativa do Pará”, diz Abelém. O investimento previsto é de R$ 50 milhões.

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De acordo com Francilene Procópio, presidente da Anprotec, diretora da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba e secretária de CT&I do Estado da Paraíba, além do Norte, outras áreas, como o Centro-Oeste, precisa receber ambientes inovadores. “A região, com polos importantes de produção de carne e grãos, não tem nenhum parque”, diz.

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O investimento inicial na criação de um parque tecnológico é de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões, segundo Francilene. No próximo mês deve ser inaugurado um complexo em Sergipe, com foco em biotecnologia, software, petróleo e gás. Há 52 iniciativas em fase de projeto ou implantação no Brasil. “É preciso atrair mais investidores privados e diminuir o prazo entre a criação e a operação das unidades.”

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Fonte: Valor Econômico

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