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Pequenas e médias ainda apostam no mercado interno

12 de julho de 2013

Apesar da desaceleração da economia doméstica, tanto empresas brasileiras como estrangeiras continuam apostando suas fichas no crescimento do País. É o caso, inclusive, de pequenas e médias empresas que, no s

Apesar da desaceleração da economia doméstica, tanto empresas brasileiras como estrangeiras continuam apostando suas fichas no crescimento do País. É o caso, inclusive, de pequenas e médias empresas que, no setor de material de construção, têm registrado índices de crescimento acima do mercado. A paulista Ital, fabricante de isolamentos térmico e acústico, projeta um incremento de quase 20% para este ano. Já a alemã Lapp, que atualmente só comercializa fios e cabos no Brasil, quer se tornar líder no segmento em que atua ao investir na produção local.

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“Além do boom econômico que o País tem vivido, estamos atendendo a uma política específica do governo de desenvolver a indústria local de fios e cabos”, afirma o diretor-geral para o Brasil do Lapp Group, Juan Chaparro. Hoje, este segmento da indústria recebe incentivos fiscais relacionados ao Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para produção local.

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Apesar de possuir 17 unidades fabris em todo o mundo, no Brasil o grupo familiar alemão ainda precisa passar por gigantes globais amplamente consolidadas no mercado brasileiro, como a italiana Prysmian e a francesa Nexans. “Dentro da nossa área de atuação, procuramos sempre a liderança. Estamos entrando para nos tornar líderes no País”, ressalta Chaparro.

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A Lapp atua na produção de fios e cabos para a indústria e, no Brasil, a fabricação será destinada principalmente às companhias de máquinas e equipamentos, mineração e petroquímica. O investimento da empresa alemã será de R$ 50 milhões para a construção de uma unidade fabril em Camaçari (BA), que deve entrar em operação em setembro.

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“Acreditamos no crescimento do Nordeste. O polo industrial de Camaçari tem um enorme potencial”, diz Chaparro. Na região Sudeste, que concentrará grande parte da demanda da empresa, a Lapp já possui um centro de distribuição em Osasco (SP). “O Brasil será a base de exportação do grupo para a América Latina”, diz.

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Em 2012, o grupo Lapp faturou 865 milhões de euros no mundo e, no Brasil, R$ 20 milhões. Para 2013, a expectativa é ampliar esse faturamento para R$ 30 milhões e atingir, a partir de 2015, R$ 110 milhões anuais. “Temos uma meta bem agressiva”, diz Chaparro.

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O executivo afirma ainda que o grupo tem como objetivo um crescimento anual médio de 20%, bem acima do setor de material de construção, que tem registrado índices de incremento bastante tímidos. Em 2012, esta indústria cresceu apenas 1,4%, após algumas revisões desde o início do ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Para 2013, por enquanto a entidade mantém a projeção de 4,5% de crescimento ante 2012.

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“Com o mercado imobiliário crescendo menos, será necessário acelerar as licitações e execução das obras da infraestrutura”, afirma o presidente da entidade, Walter Cover.

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Desafios

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Com perspectivas de crescimento acima do mercado para este ano, a empresa 100% brasileira Ital, de Diadema (SP), tem investido para ganhar mercado em meio a um cenário doméstico morno. “Temos procurado diversificar o nosso portfólio para crescer”, afirma o sócio-diretor da companhia, Auro Pontes. O último aporte realizado pela empresa somou R$ 3 milhões e, nos últimos cinco anos, a Ital dobrou o seu número de funcionários.

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O executivo destaca que, atualmente, a empresa opera a 70% de sua capacidade. “O ambiente econômico doméstico e internacional tem impactado os nossos resultados. Poderíamos utilizar mais nossa capacidade”, diz Pontes. Ele afirma que, há cerca de dois anos, a empresa operava a 85% de sua capacidade.

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Em 2012, a Ital registrou crescimento de 17% em relação ao ano anterior e a projeção para 2013 é crescer entre 15% e 17%. “O que realmente contribui para os nossos negócios é uma economia estável. A indústria tem sentido muito a crise”, diz Pontes. Isso porque, de acordo com o executivo, 60% dos negócios da Ital se destinam ao consumidor final.

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O diretor da empresa afirma ainda que falta apoio do governo para alavancar diversos setores. “Uma só medida como um imposto único já ajudaria muito. O que temos sentido é que a indústria está parada”, avalia Pontes.

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Fonte: DCI

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