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Pesquisa de universidade vira negócio lucrativo

30 de outubro de 2013

Nascida a partir da parceria entre pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), do Instituto de Química e de Biociência da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Química da Unive

Nascida a partir da parceria entre pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), do Instituto de Química e de Biociência da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), a Itatijuca, startup instalada na incubadora do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), em São Paulo, desde março deste ano, é um exemplo claro do quanto as pesquisas nascidas dentro da universidade são capazes de se transformar em negócios lucrativos.

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A empresa foi criada com o objetivo de trabalhar na recuperação de rejeitos de minérios como ouro, cobre níquel e cobalto e transformá-los em subprodutos, diminuindo o desperdício e o passivo ambiental.

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“Nosso principal serviço é a recuperação de metais e o tratamento de rejeitos de minas, por meio de dois processos, a biolixinação e o tratamento de cianelo. Os dois métodos podem ser adotados para a realização de uma mineração sustentável ou para tratamento de resíduos tóxicos das minas”, afirma Fábio Elias, sócio da Itatijuca, ao lado de Rafael Vicente de Pádua Ferreira e Érico Perrella.

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Os três compartilham a ideia de que manter uma tecnologia como essa, de alto viés sustentável, baixo custo e diferencial agregado dentro do laboratório seria como enterrar o conhecimento entre as paredes da universidade. Segundo eles, era preciso expandir para o mercado. “Apesar de grandes progressos, a universidade ainda está muito desconectada da sociedade, é preciso acelerar esta sinergia”, avalia Ferreira.

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Com grande potencial de crescimento, já que a tecnologia pode ser usada tanto em minas em operação, quanto nas desativadas, a Itatijuca espera obter em 2016 um lucro de operação da ordem de R$ 35 milhões com apenas uma mina.

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Diretora-executiva da Agência de Inovação da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Ana Lucia Torkomian admite que mudar uma cultura demora, leva tempo, e que hoje a cooperação entre universidades e empresas já acontece de forma mais tranquila do que há pouco mais de uma década.

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Isso porque a academia passou a enxergar as empresas como parceiras na retroalimentação das pesquisas. “Esse processo acaba por gerar parcerias longas”, afirma. “Na Universidade de São Carlos temos relações sólidas com empresas como a Petrobras e a Alcoa “., diz Ana Lucia. A grande mudança, contudo, na sua visão, foi no estímulo que as universidades passaram a dar à criação de “spin offs”, que passam a ocupar nichos que as grandes não conseguem cobrir.

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“O número ainda é baixo quando comparado com outros centros de produção de conhecimento internacionais, mas já é um bom começo”, afirma. “O MIT [Massachusetts Institute of Technology ], por exemplo, coloca por ano mais de cem novas empresas no mercado com uma estrutura robusta de incentivo ao empreendedorismo a partir da universidade.”

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Disposta a investir neste caminho, a Universidade de São Carlos desde 1998 introduziu disciplinas ligadas ao empreendedorismo no curso de engenharia de produção. Nos últimos cinco anos intensificou a proposta, com um apoio maior à criação de startups em diversas áreas. Um bom exemplo é a Binderware Ciência e Tecnologia em biomateriais, nascida na incubadora da Fundação ParqTec, instalada em São Carlos e que procura transferir tecnologia da academia para o setor produtivo. A empresa foi criadora do EbdoBinder, um cimento de uso odontológico concebido nos laboratórios da Ufscar.

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Fonte: Valor Econômico

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