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Potássio do Brasil possui reserva para 18 anos de consumo

25 de março de 2013

 rnPor Sabrina LorenziRIO DE JANEIRO, 22 Mar (Reuters) – A Potássio do Brasil, empresa brasileira com sócios australianos e canadenses, possui uma reserva de classe mundial de minério de potássio no Amazonas que poder

 

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Por Sabrina LorenziRIO DE JANEIRO, 22 Mar (Reuters) – A Potássio do Brasil, empresa brasileira com sócios australianos e canadenses, possui uma reserva de classe mundial de minério de potássio no Amazonas que poderia suprir sozinha o consumo brasileiro por pelo menos 18 anos, considerando a demanda atual do país, grande importador do insumo para fertilizantes.Estudos recém-concluídos, que serão anunciados nas próximas semanas, revelam jazidas totais de pelo menos 500 milhões de toneladas de minério de potássio em uma de suas áreas de exploração, afirmou à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto.O anúncio da Potássio do Brasil, que tem entre os sócios o banco de investimento Forbes & Manhattan (com sede no Canadá), será feito em meio à suspensão pela Vale do projeto de potássio Rio Colorado, na Argentina, cuja produção seria destinada a garantir a oferta da importante matéria-prima utilizada na fabricação de fertilizantes ao Brasil.O país, uma potência agrícola, importa cerca de 90 por cento das suas necessidades de potássio e busca formas de ser menos dependente de importações.De olho nesse mercado, a Potássio do Brasil pretende começar a produzir, entre 2017 e 2018, de 2 milhões a 4 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano, a partir de uma mina no município de Autazes, em plena floresta Amazônica, disse a fonte. As necessidades atuais do Brasil são de 7 milhões de toneladas ao ano.Considerando uma estimativa conservadora de teor de cloreto de potássio na mina, de 25 por cento, a empresa teria em mãos recursos totais passíveis de produção de no mínimo 125 milhões de toneladas, disse a fonte, que pediu para não ser identificada. A empresa, entretanto, já encontrou recursos com teor de 44 por cento em alguns trechos do depósito, acrescentou.A vida útil da mina dependerá do tamanho da produção, disse. Procurada, a empresa não comentou oficialmente a informação.FINANCIAMENTOPara financiar o projeto, cujos investimentos poderão variar de 2 bilhões a 3,5 bilhões de dólares, a Potássio do Brasil quer abrir capital no mercado brasileiro.A empresa pretende realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no próximo ano para captar de 500 milhões a 1 bilhão de dólares, disse a fonte.O tamanho do projeto e a capacidade de produção dependerão das condições de financiabilidade.A empresa também pretende recorrer a outras fontes de financiamento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).Um apoio do banco de fomento a projetos de potássio não deverá ser difícil, já que uma orientação do governo federal é justamente apoiar a produção de fertilizantes para substituir importações, segundo representantes do setor.O governo já tem as informações sobre as jazidas e deve dar aval ao projeto como forma de ajudar o Brasil a reduzir as importações, segundo a fonte. “As relações com o governo são as melhores possíveis”, disse.Ao contrário do que ocorre com outros segmentos da mineração, as outorgas para pesquisar e explorar potássio e fosfato estão sendo emitidas. Outras atividades estão travadas porque o Planalto decidiu aguardar o marco regulatório da mineração para liberar as concessões de lavra.Sócios da Potássio do Brasil venceram em 2008 uma licitação da Petrobras para exploração de Fazendinha, reserva vizinha à de Autazes. Mas o processo foi interrompido pelo governo na época sob alegação de que a política para o setor seria revista.Enquanto aguardavam a decisão do governo, alguns sócios da empresa adquiriram outros direitos minerários na região, em áreas bem próximas às licitadas. E, logo na primeira perfuração, a Potássio do Brasil comprovou o potencial de grande reservas.DESAFIOSApesar do grande potencial produtor, a exploração de potássio na região amazônica enfrenta desafios ambientais e de infraestrutura. Um dos desafios é o abastecimento energético das plantas, que consomem quantidade expressiva de eletricidade.O secretário de Mineração do Amazonas, Daniel Nava, que acompanha de perto as pesquisas, disse que com a inclusão da região no Sistema Interligado Nacional de energia (SIN) estará garantido o abastecimento das futuras plantas na região.A interligação completa da região amazônica ao Sistema Interligado Nacional (SIN) deve acontecer este ano, segundo previsão do governo federal.”Se tivéssemos planta, poderíamos abastecer o país (com potássio) por 100 anos”, afirmou Nava, em entrevista por telefone, com base nas recentes descobertas do nutriente na região.Outro problema é a eliminação de rejeitos da exploração de potássio, segundo especialistas do setor.Mas Nava e a fonte que conhece o projeto da Potássio do Brasil dizem que os rejeitos serão eliminados por navio no primeiro ano de operação da planta. Nos anos seguintes, conforme for extraído o potássio da mina, em seu lugar poderá ser colocado o rejeito, disseram.A logística, segundo eles, é privilegiada pela localização das jazidas, às margens do Rio Madeira, o que facilitará o transporte do produto por hidrovia.

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Fonte: A Cidade

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