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Os preços do minério de ferro praticados pela MMX no mercado doméstico caíram e estão em uma faixa de 40 a 50 dólares por tonelada, disse nesta terça-feira o presidente da mineradora, Guilherme Escalhão, numa rara referência ao valor do produto no Brasil.
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“Temos um impacto de três meses de preços (internacionais) descendo, o mercado doméstico segue e se estabelece a nível baixo”, afirmou ele, ao comentar os resultados da companhia no segundo trimestre.
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O valor mencionado pelo executivo é pelo menos metade do preço praticado no mercado à vista na China para o minério com 62 por cento de teor de ferro, que está na faixa de 113 dólares por tonelada, o menor nível desde dezembro de 2009.
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Historicamente, o preço no mercado interno é mais baixo do que o do exterior, entre outras coisas, porque desconta-se custo de frete embutido no preço final vendido aos principais mercados.
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Os preços do produto recuaram cerca de 20 por cento no segundo trimestre em relação aos valores praticados um ano antes, lembrou o executivo.
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A queda nos preços, tanto no mercado interno quanto no exterior, afetou o resultado da empresa de Eike Batista, que apresentou na véspera prejuízo líquido de 391,6 milhões de reais ante lucro de 90,9 milhões de reais no mesmo período do ano passado.
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“Em relação ao primeiro trimestre, no sistema Sudeste (que é o principal) os preços diminuíram cerca de 10 por cento, mostrando mudança nas condições mercadológicas… impactando um pouco o desempenho da empresa embora o custo esteja controlado e tenhamos podido manter uma margem bruta de mais de 50 por cento”, ponderou o executivo.
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O mercado doméstico absorveu 64 por cento das vendas da MMX no segundo trimestre.
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Além dos preços em baixa, a MMX foi afetada por menor volume exportado de minério.
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A empresa deixou de embarcar uma remessa de exportação de 150 mil a 160 mil toneladas do produto prevista para o segundo trimestre, revelou Escalhão.
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“Poderíamos ter nos saído melhor; preparamos uma remessa de exportação que era para ter saído no últimos dias de junho, transportamos material, o empilhamos no porto, mas infelizmente o porto teve problemas e o navio acabou saindo apenas nos primeiros dias de julho”, disse, sem informar quais problemas impediram o embarque.
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Fonte: Reuters
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