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Preços internacionais ainda são o grande trunfo das mineradoras

13 de agosto de 2012

rnEstratégia das empresas deve ser de manter aportes.rnCom um ambiente de incertezas tanto no mercado interno quanto no externo, a demanda chinesa, mesmo apresentando arrefecimento nos últimos meses, ainda se mantém em nív

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Estratégia das empresas deve ser de manter aportes.

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Com um ambiente de incertezas tanto no mercado interno quanto no externo, a demanda chinesa, mesmo apresentando arrefecimento nos últimos meses, ainda se mantém em níveis elevados, assim como os preços internacionais do minério de ferro, garantindo, pelo menos por enquanto, a rentabilidade para as mineradoras em atividade no Brasil. Porém, para contornar os riscos criados por este cenário, a estratégia das empresas deve ser de manter os investimentos para garantir minas produtivas e operações lucrativas.

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Especialistas ouvidos pela reportagem explicam que, no mercado interno, a pressão de governos estaduais pelo aumento dos royalties da mineração e a demora para a 
aprovação do novo marco regulatório do setor, que entre promessas e adiamentos já tem quatro anos que espera para ir à votação no Congresso, deixam as regras da atividade indefinidas.

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No mercado externo, as crises nos Estados Unidos e na Europa também criam dúvidas quanto a uma eventual retração de demanda, mas a China, o grande comprador 
mundial de minério, continua demandando grandes quantidades. Conforme dados preliminares de autoridades alfandegárias chinesas, apesar de as importações da commodity do país asiático terem caído 0,8 ponto percentual em julho ante junho, no acumulado do ano ainda é registrada uma expansão importante, de 9,1%.

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Este cenário de incertezas, afirma o presidente da Associação Brasileira para o Progresso da Mineração, José Mendo Mizael de Souza, “traz riscos inerentes ao setor, mas isto não significa que é confortável paras as empresas conviver com insegurança. • por isso que o governo federal tem que definir as regras e criar um 
ambiente favorável a investimentos”, acrescenta.

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Taxas – Além disso, para piorar a situação, governos de estados onde a mineração tem peso importante para a economia vêm tentando criar taxas incidentes sobre a atividade. Em Minas, por exemplo, o Executivo defende a manutenção da Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TRFM), mas já enfrenta brigas na Justiça com as principais mineradoras instaladas no Estado e até uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), movida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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O consultor e ex-presidente da Vale S/A, Francisco Schettino, vai além. Para ele, a indefinição de regras do setor e as pressões especialmente sobre questões ambientais está travando investimentos importantes. • o caso, segundo ele, do Projeto Minas-Rio, da Anglo American, que tem o orçamento estimado em US$ 5,8 
bilhões, e do Projeto Apolo, da Vale, na Serra do Gandarela, de R$ 4 bilhões.
Ambos os projetos enfrentam fortes problemas relacionados a aspectos ambientais e no caso do Minas-Rio, a Anglo American já confirmou um atraso de um ano para o primeiro embarque. Já o Projeto Apolo pode nem sair do papel em função da criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela. “Não tem como mudar as exigências 
de oito para 80 de uma hora para a outra”, lamenta Schettino.

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O analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, afirma que o problema não é comum só no Brasil, mas também está presente em outros países, como a Austrália, onde a mineração também é um dos principais motores da economia. “Frente a esta conjuntura de incertezas externa e interna, as mineradores têm que investir pesado em ativos produtivos”, completa.

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Tecnologia – O esforço das mineradoras, sugere Galdi, devem ser direcionados para investimentos capazes de viabilizar ganhos tecnológicos e produtivos e rentabilidade. Ele lembra que as crises nos Estados Unidos e na Europa, mais o arrefecimento da demanda chinesa, embora ainda se mantendo em níveis elevados, também ajudam a criar insegurança em relação ao horizonte no mercado mundial da commodity.

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A Vale, por exemplo, vem ampliando seus aportes no Estado. Os investimentos da mineradora em Minas Gerais aumentaram 11,3% no primeiro semestre na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. As inversões da companhia, incluindo também o custeio das operações, somaram US$ 4,9 bilhões, ante US$ 4,4 bilhões, nesta base de confronto.

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Neste ano, apenas os investimentos da Vale em seus principais empreendimentos em Minas Gerais deverão somar US$ 910 milhões. Esses recursos representam 7% dos US$ 12,9 bilhões que serão aportados pela mineradora.

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Fonte: Jornal Diário do Comércio

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