Prêmio do cobre na China triplica de valor e atinge o maior nível histórico

16 de agosto de 2013

Um dos mais observados indicadores da força do mercado chinês de cobre atingiu seu maior nível histórico, em mais um sinal de que o setor industrial do país está desafiando perspectivas pessimistas. O á

Um dos mais observados indicadores da força do mercado chinês de cobre atingiu seu maior nível histórico, em mais um sinal de que o setor industrial do país está desafiando perspectivas pessimistas. O ágio do cobre na China – ou seja, o custo do cobre físico sobre e acima dos preços dos contratos futuros referenciais – mais que triplicou desde o começo do ano, para o patamar de mais de US$ 200 a tonelada, segundo afirmam operadores.

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A alta dos prêmios, que é vista por operadores e analistas como um indicador do vigor do mercado físico, reflete uma demanda surpreendentemente robusta na China, segundo operadores, embora isso também tenha base em uma variedade de outros fatores.

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“Todo mundo está exagerando um pouco na expectativa de uma fase de baixa do mercado”, disse ontem um experiente operador de metais. “É cada vez maior a possibilidade de estarmos subestimando o consumo de cobre pela China.” A alta dos prêmios do cobre vai reforçar a mudança recente de sentimento em relação à China, com a qual a comunidade ocidental de investimentos ficou muito pessimista nos últimos meses.

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Vários dados mais vigorosos que o esperado foram divulgados em julho, sobre o comércio, a produção industrial e os investimentos, com as importações de cobre pelo país atingindo o maior patamar em 14 meses e as importações de minério de ferro batendo um recorde.

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A China é a principal condutora da demanda global por metais, respondendo por dois quintos do consumo mundial. A mudança nas expectativas desencadeou um rali nos preços dos metais e das ações de companhias mineradoras na última semana, com os preços do cobre, que haviam caído 20% desde fevereiro, subindo 8,7% nos últimos quinze dias. O prêmio do cobre é acertado em acordos fechados entre operadores, o que significa que há uma discussão sobre o verdadeiro nível do mercado e que os dados históricos são incompletos.

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Entretanto, operadores disseram ontem que os prêmios registrados na China nos últimos dias são os maiores de que eles se lembram, comparáveis apenas ao pico ocorrido no começo de 2009. Segundo dados do banco de investimentos Macquarie, especializado em recursos naturais, os prêmios são os maiores desde pelo menos 2000, quando a China respondia por apenas 12% da demanda mundial por cobre.

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A demanda por cobre não é tão vigorosa quanto os níveis de 2009-2010, mas operadores afirmam que ela ocorre no momento em que há problemas de produção em fundições e gargalos no armazenamento.

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Os estoques no porto de Xangai caíram quase à metade desde fevereiro e os estoques de troca em todas as três grandes bolsas globais de cobre também caíram nos últimos dois meses.

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Fonte: Valor Econômico