NOTÍCIAS

Principal projeto latino da Basf está em Camaçari

13 de junho de 2014

Com mais de 100 anos de atuação no Brasil, a Basf, que fabrica desde tintas e vernizes, produtos químicos, plásticos, produtos de performance, para agricultura e química fina (humana e animal), até óle

Com mais de 100 anos de atuação no Brasil, a Basf, que fabrica desde tintas e vernizes, produtos químicos, plásticos, produtos de performance, para agricultura e química fina (humana e animal), até óleo cru e gás natural, desenvolve na Bahia um dos seus mais ambiciosos projetos: a implantação de um complexo acrílico, no polo industrial de Camaçari, que terá três fábricas – ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes, com capacidade de produção de 160 mil toneladas por ano. “Trata-se do maior investimento já feito pela companhia na América Latina, no valor de US$ 750 milhões (aproximadamente R$ 1,2 bilhão), que trará um benefício de US$ 300 milhões na balança comercial brasileira, sendo US$ 200 milhões por substituição da importação e US$ 100 milhões advindos de possíveis exportações”, diz Ralph Schweens, presidente da Basf América do Sul.

rn

O investimento vai gerar 230 empregos diretos e 600 indiretos durante a operação, além dos quase dois mil empregados no processo de construção.

rn

No Polo de Camaçari, a Basf vai utilizar como matéria-prima o propeno fornecido pela unidade de petroquímica da Braskem. O complexo acrílico vai fornecer matérias-primas prioritariamente para as indústrias de tintas, químicos para construção, adesivos, fraldas e absorventes higiênicos, além de tecidos. E já nasce com um grande cliente, a Kimberly-Clark Brasil, que investiu R$ 100 milhões numa nova fábrica em Camaçari, para produzir absorventes, fraldas infantis e papéis higiênicos para o mercado do Nordeste. “A Kimberly é um suporte muito grande para nosso investimento, sem ela nosso empreendimento não seria possível na Bahia”, diz Schweens.

rn

Segundo ele, o projeto terá grande impacto na receita global da Basf, pois visa superar o desafio de crescer também em outros mercados da América do Sul. A balança comercial da empresa, entre importação e exportações, ainda é muito desfavorável, indica ele. Em 2012, por exemplo, as importações atingiram US$ 1,2 bilhão, enquanto as exportações chegaram a US$ 347,8 milhões. A empresa investe pesado em pesquisa e desenvolvimento, segundo Schweens. No plano global, os investimentos superaram € 1,8 bilhão em 2013, e no Brasil alcançaram R$ 100 milhões.

rn

Para Mauro Pereira, superintendente do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), os investimentos da Basf demonstram que, mais e mais, o Polo de Camaçari se torna um importante vetor de desenvolvimento para a Bahia e para o país. O faturamento anual do complexo industrial é hoje de aproximadamente US$ 15 bilhões, as vendas para o mercado externo correspondem a 30% do total das exportações baianas e sua contribuição em ICMS para a Bahia é da ordem de R$ 1 bilhão ao ano. “O polo de Camaçari responde por cerca de 90% da arrecadação tributária do município de Camaçari e por mais de 20% do Produto Industrial Bruto (PIB) do Estado”, diz ele.

rn

Segundo James Correia, secretário da Indústria, Comércio e Mineração, a expectativa é manter o ritmo de evolução do PIB estadual, que fechou, no primeiro semestre do ano passado, com uma taxa de crescimento de 3,3%, maior do que Minas Gerais (0,8%), São Paulo (1,8%) e Pernambuco (2,7%). “A Bahia apresenta-se hoje como a mais importante economia do país fora do eixo Sul-Sudeste, responsável por um terço da atividade econômica do Nordeste. Até 2016, os investimentos industriais previstos totalizam cerca de R$ 70 bilhões”, afirma o secretário.

rn

Desse total, quase R$ 50 bilhões representam efetivamente investimentos que estão em implantação, com previsão de gerar cerca de 110 mil novos empregos diretos.

rn

A área de mineração é a que mais concentra investimentos, de acordo com Carlos Gilberto Farias, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). “Em Maracás, no sudeste da Bahia, por exemplo, foi inaugurada em maio a Largo Mineração, primeira produtora de vanádio das Américas, um projeto que deve dinamizar a economia da região”, diz ele. O investimento é da ordem de R$ 335 milhões e a indústria terá capacidade para produzir até nove mil toneladas/ano de pentóxido de vanádio, utilizado em foguetes espaciais, aviões e trilhos de trens.

rn

Outra área de grande atratividade de investimentos é a de energia eólica, indica o presidente da Fieb. Segundo ele, os investimento da Renova, em energia eólica, podem ter um impacto significativo na região sudoeste da Bahia, impulsionando a economia de municípios como Caetité, Igaporã e Guanabi.

rn

 

rn

 

 

Fonte: Valor Econômico

Compartilhe:

LEIA TAMBÉM



Vale abre inscrições para Programa Global de Trainee

10 de setembro de 2018

Estão abertas as inscrições para o Programa Global de Trainee da Vale. São 40 vagas, das quais 23 para o…

LEIA MAIS

Programa de melhorias eleva produtividade e reduz custos operacionais

15 de outubro de 2018

Engajamento dos colaboradores, aumento da produtividade e otimização de custos. Esses são os diferenciais que a Imerys, detentora da maior…

LEIA MAIS

Em evento em Belém, IBRAM enaltece o desempenho da indústria mineral paraense

20 de dezembro de 2021

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) chega aos 45 anos com o propósito de desenvolver ações que visam uma mineração cada vez…

LEIA MAIS