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Problemas fiscais nos Estados Unidos podem favorecer ouro

14 de janeiro de 2013

rnA “corrida do ouro” para os bônus “junk” (com maior nível de risco) poderá ter uma parada brusca se as tensões políticas aumentarem durante as próximas negociações sobre o teto da d&ia

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A “corrida do ouro” para os bônus “junk” (com maior nível de risco) poderá ter uma parada brusca se as tensões políticas aumentarem durante as próximas negociações sobre o teto da dívida do EUA, advertiu Mark Kiesel, gerente de Fundos da Pacific Investment Management Co. (Pimco).

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Kiesel está preocupado com uma repetição do cenário no meio de 2011, quando a recusa dos formuladores de políticas públicas a elevar o limite da tomada de empréstimos do governo dos EUA criou um impasse, levando a Standard & Poors a retirar o rating “triplo A” dos EUA.

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Se os democratas e republicanos não puderem encontrar uma solução no próximo mês, ele vê risco de novo rebaixamento de crédito e uma retomada da turbulência do mercado do episódio anterior, quando os investidores abandonaram em massa as bolsas e os bônus “junk” – dívidas que são classificadas abaixo do nível de grau de investimento.

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“Esse é o principal fator de risco no mercado agora”, disse Kiesel, que é diretor-global de Gestão de Carteira de Bônus Corporativos da Pimco, em uma entrevista. “Os investidores deverão ser mais seletivos no mercado de alto retorno e favorecer crédito de qualidade mais alta nas indústrias em crescimento.

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O Tesouro dos EUA deverá atingir seu limite de endividamento no mês que vem, um prazo que vai complicar as negociações sobre uma série de cortes de gastos automáticos que estão programados para entrar em vigor no fim de fevereiro. O governo do presidente Barack Obama concordou com os formuladores de políticas públicas em adiar esses cortes por dois meses, como parte de um acordo temporário de ano novo, que procurou evitar o chamado abismo fiscal que deveria ter entrado em vigor no dia 1º de janeiro.

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Kiesel afirmou que está agora “mais cauteloso” sobre os bônus junk, à medida que o rali de preços levou os yields (retorno oferecido ao investidor) a caírem fortemente. Ele tem como alvos agora os bônus junk com classificação mais alta – “BB+” e “BB”, particularmente os bônus de emissores corporativos, cujos ratings têm potencial para serem elevados a grau de investimento.

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Kiesel, que administra US$ 125 bilhões em ativos na Pimco, foi nomeado no início deste mês gestor de Fundos de Renda Fixa do ano de 2012 pelo Morningstar. O Pimco Investment Grade Corp Bond, de Kiesel, teve um retorno de 15% no ano passado, superando os resultados de 98% dos seus competidores, incluindo o Total Return, da Pimco, o maior fundo de bônus do mundo administrado pelo chefe de Kiesel e fundador e codiretor do escritório de investimentos na companhia, Bill Gross. A posição da Pimco é mais conservadora em comparação com a de outros grandes gestores de dinheiro.

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O retorno líquido do yield médio da dívida com maiores níveis de risco sobre os Treasuries (títulos do tesouro norte-americano) recuou 3 pontos-base na última sexta-feira, para 471 pontos-base, o nível mais baixo desde maio de 2011, de acordo com o Barclays. Um mês atrás, o spread estava em 523 pontos-base, e há um ano, em 699 pontos-base.

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Preços no Brasil

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Os preços de ouro mais que dobraram desde 2008, ano que deu início à crise financeira que quebrou diversos bancos americanos e outras economias mundiais. Isso esfriou a demanda por outros metais e hoje o ouro chega à casa de US$ 1.700 por onça-troy. A recorrente instabilidade desse mercado deu a largada da corrida de investidores por aplicações no metal, e tem contribuído para despertar mineradoras e resgatar a produção no Brasil.

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O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) prevê um crescimento de 28,5% nos próximos quatro anos, para 90 toneladas até 2016. Neste ano, a expectativa é que fechará com 70 toneladas, ante 66 de 2011 e 58 de 2010. “Qualquer crise faz aumentar o valor. Sempre que se tem insegurança econômica todo mundo quer comprar ouro”, explica Roselito Soares, diretor da OM Grupo. Além do aumento do preço, as novas tecnologias de lavra também contribuem para mais.

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Os níveis atuais do metal equivalem à metade do que o Brasil produziu no final da década de 80. Hoje o País é o terceiro maior produtor de ouro do mundo e deve exportar cerca de 47 toneladas, perfazendo um total de US$ 2,37 bilhões em 2012, segundo estimativas do Ibram. A entidade também estima investimentos de US$ 1,7 bilhão em projetos de ouro até o ano de 2016.

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Para os investidores, a compra de ouro pode ser feita de duas formas, sendo pela Bolsa de Valores ou no chamado “mercado de balcão”, casas autorizadas que compram e vendem o metal. A OM Grupo tem disponíveis, até mesmo no site, diversas formas de investir, em barras de quantidades diferentes, pequenas ou grandes, ou cartões de ouro. É um investimento que não sofre com as oscilações do mercado econômico, e de grande rentabilidade. “Por ser um investimento sólido, o comprador leva o ouro consigo de forma mais segura, além de ser um produto de alta liquidez. Todos querem tê-lo”, afirma Soares. 

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Fonte: DCI

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