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Produção da Ferrous deverá superar 40 milhões t/ano em 13 anos

9 de agosto de 2012

rnInvestimento da mineradora em Minas Gerais esse ano será de US$ 40 milhõesrn rnFundada em 2007, a Ferrous Resouces do Brasil já soma entre ativos minerários em Minas Gerais e Bahia, mais de 4,7 bilhões t de m

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Investimento da mineradora em Minas Gerais esse ano será de US$ 40 milhões

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Fundada em 2007, a Ferrous Resouces do Brasil já soma entre ativos minerários em Minas Gerais e Bahia, mais de 4,7 bilhões t de minérios de ferro com teor médio de 33,22 %. Atualmente, as únicas minas em operação são Viga, em Congonhas (MG), onde a mineradora se comprometeu, a título de medida compensatória ambiental, a elaborar estudos de Análise de Impactos Cumulativos dos Empreendimentos Mínero-Metalúrgicos e projeto de monitoramento da qualidade do ar, em toda a região e não apenas às áreas de atuação da empresa; Esperança, em Brumadinho (MG); e Santanense, em Itatiaiuçu (MG). No ano de 2012, a perspectiva é de que a produção total somando Viga e Esperança seja de 3,6 milhões t.

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No caso de Viga, a mina se caracteriza por ter uma reserva de 1,5 bilhão t, 736 milhões t medidas, com teor na frente de lavra entre 45 % e 50 % e, devido a composição de seu minério, 90 % de itabirito silicoso friável dispensa desmonte com explosivos. Esse tipo de minério compõe a maior parte dos itabiritos na região e pode corresponder a um minério com até 52 % de ferro. Sua composição mineralógica inclui martita, hematita granular, hematita especular, magnetita, pouca limonita e goethita, além do quartzo. Esse tipo de itabirito apresenta maiores porcentagens de goethita para os corpos Mascate, Oeste e Entre Corpos, com valores na ordem de 12 %. Já a porosidade média para o minério fica por volta de 25 %. Apesar de não utilizar detonações na lavra, futuramente, caso haja necessidade, pode-se adotar pequenos desmontes com cargas bem menores às normais.
 

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Até o momento, somente 35 % da área lavrável total da mina está sendo explorada e ao todo são sete frentes, mas com a expansão programada para até 2017, serão ao menos 20. Segundo a mineradora, só em 2012 os investimentos para aumento de capacidade produtiva em Viga para atingir 5 milhões t deverá ser de, por volta, US$ 40 milhões. Até 2017, para a mina chegar à meta de produção de 15 milhões t/ano, será investido US$ 1,2 bilhão. Esse montante será levantado via caixa da empresa, atualmente de cerca de US$ 200 milhões, e financiamento, ou, caso seja de interesse dos acionistas, através de parceria com outra mineradora.

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Em relação à contratação de mão de obra e fornecedores, a Ferrous firmou convênio com a Agência de Desenvolvimento de Congonhas (Adecon) e apresentou-se à Associação Comercial de Congonhas para manter um diálogo próximo com os prestadores de serviços locais e no pico das obras para expansão de Viga serão cerca de 4000 funcionários.
Sobre a operação em Viga, a mina conta com o transporte de material por caminhões rodoviários Mercedes-Benz Actross 4844, movimentação na planta com retroescavadeira JCB e escavadeira hidráulica Volvo e suporte com caminhonetas Ford Ranger 4X4.

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Em relação à planta, que concentra o produto para 63 % de ferro, em 2013 aumentará sua capacidade. Para isso será feita a instalação de três novos concentradores magnéticos de tambor WDRE, totalizando oito unidades. Esse concentrador magnético de tambor é destinado à via úmida com média intensidade de campo magnético, pólos salientes e com tanque tipo concorrente, ou seja, a polpa (minério + água) é alimentada a uma caixa posicionada em uma das laterais do tambor e flui no sentido da rotação do mesmo.

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Seu circuito magnético é formado pelo conjunto de imãs permanentes instalado no interior do tambor e pode ser posicionado manualmente através de um volante instalado em uma das laterais do concentrador magnético, sobre o segmento de eixo fixo. Até o momento, a planta por concentração magnética por via úmida, é a única forma utilizada para a concentração na unidade, mas com a expansão de Viga, será necessária a implantação do processo de flotação.

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Até o final do ano será instalado um separador magnético tipo Jones (capacidade de 10 a 12 mil Gauss) e mais uma linha de peneiramento. O equipamento é um concentrador eletromagnético de carrossel por via úmida de alta intensidade de campo. As partículas magnéticas são atraídas pelo campo e ficam aderidas às placas de imantação (concentrado), as não magnéticas são descartadas por arraste hidráulico e pela gravidade (rejeito), já as partículas mistas são descartadas por ação entre forças competitivas (médio).

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Após o beneficiamento, o produto é transportado até o terminal ferroviário operado pela MRS em Viga, com capacidade máxima de 18 milhões t/ano de embarques. No terminal, que ficou pronto após dois meses de obras e teve o primeiro embarque em novembro passado, são utilizadas cinco carregadeiras Cat 630. Uma composição de 134 vagões e quatro locomotivas, duas na frente e duas atrás, segue diariamente para Sepetiba (RJ) e Guaíba (RJ) para transporte marítimo.

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Futuramente, o projeto da Ferrous é de construir uma mineroduto de 400 km de extensão, no mesmo local onde fica o terminal ferroviário, até o porto de águas profundas da Ferrous no município de Presidente Kennedy (ES). O mineroduto terá capacidade inicial de 15 milhões t e depois de 40 milhões t, passará por 22 municípios entre MG, RJ e ES e deve receber licença de instalação até o segundo semestre de 2013.

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A água do rejeito é reutilizada em um processo de reaproveitamento com filtragem e adição de clarificantes e retorna à planta de Viga. O projeto é que esse rejeito, que tem por volta de 45 % de ferro, seja reaproveitado passando para a um produto com concentração de 63 %.

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Segundo Jayme Nicolato, diretor-presidente da Ferrous, que destaca a previsão de que o mercado demandará de 1,4 bilhão t de minério de ferro em 2015, foi investido mais de US$ 1 bilhão nos projetos da mineradora até o momento, mas ainda há barreiras burocráticas que prejudicam as atividades do setor. “Infelizmente um grande problema para implantação de projetos no Brasil continua sendo em relação aos certificados e normas que demoram muito para saírem, isso é sem dúvida um problema para a mineração”, diz Nicolato.
 

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No momento, as previsões da empresa indicam que as minas atinjam suas capacidades máximas nas seguintes datas: Esperança 2 milhões t/ano (2012); Viga 15 milhões t/ano (2017); Viga Norte 10 milhões t/ano (2020); e Serrinha 15 milhões t/ano (2025), totalizando produção anual no Quadrilátero Ferrífero em 42 milhões t/ano em 13 anos.
Segundo a Ferrous, que até o momento obtém faturamento anual de US$ 300 milhões, a empresa investe no País na aquisição de ativos minerários, logística própria (construção de mineroduto), infraestrutura portuária e projetos siderúrgicos para estar nos próximos anos entre as maiores empresas do setor.

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Fonte: Revista Minérios & Minerales

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