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Preço das commodities em alta e expansão da área cultivada em Mato Grosso nesta safra são aspectos favoráveis ao aumento da produção de calcário no Estado
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Para este ano, a projeção é de incremento de 10% na extração estadual, alcançando 4,4 milhões de toneladas do produto, segundo projeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Evolução deve ficar ligeiramente abaixo da registrada para 2011, quando o ganho de 12% sobre 2010 possibilitou a retirada de 4 milhões de toneladas de calcário do solo mato-grossense.
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Maior volume extraído foi registrado em 2004, quando chegou a 6,415 milhões de toneladas, confirmadas pelo Sindicato das Indústrias de Extração de Calcário de Mato Grosso (Sinecal). Quantidade foi suficiente para alçar o Estado à condição de maior produtor nacional na época. Nos 2 anos subsequentes, a produção baixou para 2,785 milhões (2005) e 1,690 milhão (2006) de toneladas, respectivamente. Decréscimo foi motivado pela restrição à abertura de novas áreas destinadas à agropecuária, acompanhado da crise envolvendo a sojicultura, que conteve os investimentos dos produtores em fertilizantes, conforme relembra o presidente do sindicato, Gustavo de Oliveira. “Em 2004 muitas áreas novas estavam sendo corrigidas, entrando depois num regime de manutenção do solo”.
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Neste ano, por exemplo, a expansão na área plantada com soja em Mato Grosso correspondeu a 800 mil hectares, realizada exclusivamente sobre áreas de pastagem degradada, observa o engenheiro agrônomo Eduardo Godoy. Se consideradas as possibilidades de expansão agrícola para região Oeste do Estado, as indústrias de calcário atuantes em Mato Grosso devem continuar sendo beneficiadas.
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Nos últimos 3 anos, o crescimento anual se manteve na média de 11%, aponta o Mapa. “Em 2011 houve um umento na área plantada, refletindo no incremento do consumo de calcário pelo setor agrícola. Novamente teremos expansão na área, então a demanda vai continuar num patamar elevado”. Godoy acrescenta que a maior parte do solo mato-grossense apresenta pH ácido, com baixo teor de cálcio e magnésio, necessitando de correção por meio da aplicação de calcário para torná-lo agricultável.
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Segundo o engenheiro, somente para pecuária extensiva a correção do solo costuma ser dispensada. Sojicultura, por exemplo, absorve cerca de 70% da produção estadual de calcário, de acordo com o Sinecal. “Como a região Oeste tem uma demanda nova, o consumo de calcário com a agricultura volta a crescer”. Estudo realizado pelo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea) identificou a possibilidade de expansão em 53% na produção de soja em Mato Grosso nos próximos 10 anos, alcançando 32,8 milhões de toneladas, se mantidos os níveis atuais de expansão em área e ganho de produtividade.
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Para a safra 2021/2022 é possível que a sojicultura ocupe 9,75 milhões de hectares no Estado, expandindo em 2,340 milhões de hectares (31,57%) sobre a área cultivável na safra 2012/2013, estimada em 7,41 milhões de hectares. Esse incremento na área plantada pode ser garantido com a ocupação de áreas de pastagens em latossolo, propício ao cultivo da soja, segundo o Imea. Em Mato Grosso, essa área agricultável corresponde a 9,2 milhões de hectares, sendo que a maior parte está concentrada na região do Araguaia, onde foram identificados 3,110 milhões de hectares de pastagem em latossolo.
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Aproveitamento – Diretor-executivo da Empresa de Mineração Aripuanã Ltda, Francisco Benço, confirma a tendência de crescimento do setor relacionada à expansão de área plantada, especialmente pela conversão dos espaços ocupados anteriormente com pastagem. Benço diz que a produção da Empresa de Mineração Aripuanã atende o consumo rincipalmente na região do Vale do Araguaia e extremo Norte de Mato Grosso.
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De acordo com o Imea, o Médio-Norte mato-grossense dispõe de 898,449 mil hectares de pastagem revestindo área de latossolo. “Até agora o ano está bom para a venda dos produtos fertilizantes, inclusive calcário”. Previsão da empresa é fechar 2012 com um avanço de 28% na produção de calcário. “Com a unidade de Cáceres atendemos também o Sul de Rondônia”. Pela empresa são mantidas unidades de extração em Nobres, Primavera do Leste, Paranatinga, Diamantino, Rondonópolis e Rosário Oeste. “Nossa maior produção é de calcário agrícola, mas temos demanda também por cal hidratada e pedra brita, utilizadas na construção civil”. Essa é a característica da maioria das indústrias de Mato Grosso, diz Benço, exceto da Brita Guia, localizada no Distrito da Guia, em Cuiabá.
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Investimentos – No atual contexto, a produção de calcário tem atraído novos investidores, como o grupo Brasagro, fundador da Petrocal. Mato Grosso foi o estado escolhido para implantação da primeira fábrica do grupo, em um investimento de R$ 56 milhões, aplicados na unidade instalada no município de Itiquira. Início das operações está programado para o próximo mês, com uma produção anual de 1 milhão de toneladas de calcário. Empreendimento irá gerar 320 empregos diretos e indiretos. Segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa do grupo, a intenção é realizar aquisições de novas unidades de extração nos próximos 3 anos, consolidando-se no mercado brasileiro de calcário com uma produção de 8 milhões de toneladas ao ano. Além da produção de calcário, o grupo pretende agregar outros serviços com foco no atendimento do agronegócio como transporte de calcário, análises de solo e consultoria às propriedades.
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Capacidade produtiva total do setor em Mato Grosso é de 6 milhões de toneladas de calcário por ano, de acordo com o Sinecal. Registros do sindicato atestam uma redução de 25% no número de minas de calcário em Mato Grosso nos últimos 6 anos. Em 2006 havia 24 minas e atualmente são identificadas 18. Elas estão distribuídas nos municípios de Rosário Oeste, Paranatinga, Primavera do Leste, Alto Garças, Jangada, Tangará da Serra, Cocalinho, Cáceres e Nobres, onde estão concentradas em maior número, em um total de 5 minas. Conforme diagnóstico do Sinecal, em todo Estado são encontradas jazidas de calcário de alta qualidade, cujas reservas podem ser consideradas inesgotáveis.
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Fonte: Portal do Agronegócio
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