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Programa MINERAÇÃO promove workshop sobre Fadiga nas Operações de Trabalho

21 de junho de 2013

Evento reúne especialistas para debater o problema que é uma das principais causas de perdas invisíveis de produtividade nas empresasrnNo dia 12 de junho o programa MINERAÇÃO,  do Instituto Brasileiro de M

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Evento reúne especialistas para debater o problema que é uma das principais causas de perdas invisíveis de produtividade nas empresas

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No dia 12 de junho o programa MINERAÇÃO,  do Instituto Brasileiro de Mineração    (IBRAM –www.ibram.org.br), promoveu em Belo Horizonte (MG),  workshop sobre “Fadiga nas Operações de Trabalho”. O evento teve o objetivo de levantar a discussão deste tema que representa um dos principais riscos de fatalidade e acidentes graves, principalmente na operação de máquinas móveis. “O MINERAÇÃO atua de forma permanente com o intuito de minimizar os riscos à Saúde e Segurança das pessoas nas atividades de mineração”, ressalta Cláudia Pellegrinelli, coordenadora do programa. 

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A fadiga é uma síndrome, originária de diversos fatores (físicos, sociais, psicológicos, dentre outros). Pode causar sonolência, lentidão e falta de disposição no trabalho, dificuldade para pensar, perdas de produtividade em atividades físicas e mentais, entre outros efeitos. Além disso, ela é, comprovadamente, uma das causas de perdas invisíveis de produtividade nas empresas.

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Para Cláudio Gianordoli Teixeira, gerente de Saúde Ocupacional da Samarco, as ferramentas para gerenciar a fadiga são várias: produzir uma estruturação e programação das jornadas de trabalho, promover o monitoramento dos efeitos de atividades executadas durante horário normal e horas extras, apoiar e conscientizar o empregado, promover política de prevenção ao uso indevido de álcool e outras drogas, entre outras.

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Cláudio ainda avalia que, para adquirir informações precisas dos empregados, é imprescindível que a empresa possua programas de promoção à saúde amplos, contendo exames periódicos, check-up com diagnóstico completo da saúde dos executivos e cônjuges, além de campanhas de prevenção de vacinação, DST/AIDS, doação de sangue, entre outros.

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Paulo Ayres Mendonça, gerente de Medicina do Trabalho da Mineração Rio do Norte (MRN), disse ser necessário ficar muito atento ao comportamento dos funcionários da empresa. “Para conseguirmos obter uma pessoa com 100% da sua condição de trabalho, sem riscos para a empresa e nem para o empregado, é fundamental que se avalie desde o estado do local onde ele dorme, até sua alimentação. Determinados alimentos prejudicam a saúde, além de dar sonolência no momento da produção e isso pode acarretar em risco nas operações de trabalho”. Paulo ressalta também que a empresa precisa adequar o ambiente de trabalho, com condições que permitam um determinado conforto para que, após 8 horas de trabalho, ele não finalize o serviço com fadiga e esgotamento.

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 Para aqueles trabalhadores que exercem funções nos períodos noturnos, Sérgio Barros, médico especialista em Medicina do Sono, alertou para necessidade de redobrar a atenção. “Períodos longos ou fixos de turno de trabalho favorecem a deterioração regular do desempenho cognitivo comportamental, devido à dificuldade da maioria das pessoas de dormir durante o dia. Isso pode provocar grandes riscos de acidente de trabalho, além de distúrbios psiquiátricos, doenças cardiovasculares, entre outros. Por isso, é fundamental gerenciar os riscos, propiciando um melhor futuro para o empregador e para a empresa”. 

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Frida Marina Fischer, bióloga e professora do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP, ressaltou a diferença entre sonolência e fadiga. “A fadiga é uma sensação de cansaço ou uma necessidade de descanso por causa da falta de energia ou força. Já sonolência é um distúrbio onde a pessoa possui dificuldade para se manter acordada”. Algumas empresas utilizam a luxterapia (estimulo através da luz) para atenuar a fadiga. Para Frida, este é um grande erro, pois a luz inibe o sono sem, entretanto, diminuir o estado de fadiga.

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Léo Vinicius Maia, tecnologista da Fundacentro/MG, apresentou o conceito de fadiga de trabalho em uma abordagem ergonômica. “A análise ergonômica compreende o “fazer” dos operadores na situação de trabalho a fim de determinar o que deve ser transformado, e definir propostas de concepção, levando em conta a saúde, a segurança e a produtividade”.

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Para obter funcionários com sua condição máxima de trabalho é necessário ficar atento à saúde do profissional. Ana América Eduvige, médica especializada em Medicina do Trabalho, Geriatria e Medicina do Sono,  explicou a importância  da medicina do trabalho. “Está é a visão, além da promoção da saúde e da qualidade de vida,  a prevenção dos acidentes e das doenças do trabalho. É de fundamental importância para a empresa, pois sua ação está orientada para a prevenção e a assistência do trabalhador vítima de acidente, doença ou de incapacidade relacionados ao trabalho e, também, para a promoção da saúde, do bem estar e da produtividade dos trabalhadores, suas famílias e a comunidade”.

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Aluízio Félix, da Modular Mining Systems do Brasil, apresentou aos participantes o Fatigue Alert, sistema de aconselhamento para condutores cansados, que monitora a fadiga do trabalhador. “Ao contrário de outros sistemas de monitoramento de fadiga, a tecnologia mede a dinâmica de direção do caminhão de transporte e usa ferramentas sofisticadas de processamento de sinais e modelagem para determinar em tempo real o risco de comprometimento relacionada a fadiga. A qualquer momento durante o turno, supervisores, gerentes e operadores tem acesso ao risco atual de fadiga”, explica.

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O evento contou com a presença de 50 inscritos. Foram debatidos casos especiais de sucesso e programas de prevenção sobre a fadiga nas operações de trabalho proporcionando aos ouvintes uma troca fundamental de informações. 

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Workshop “Fadiga nas Operações de Trabalho” – Crédito: IBRAM.

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Fonte: IBRAM – Profissionais do Texto

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