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Projeto da UFSC transforma resíduos de mineração de carvão em óxido de ferro

12 de novembro de 2013

Um projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) produzirá óxido de ferro a partir de resíduos de mineração de carvão. Com um passivo ambiental de mais de 200 milhões de tonel

Um projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) produzirá óxido de ferro a partir de resíduos de mineração de carvão. Com um passivo ambiental de mais de 200 milhões de toneladas de detritos, produto de mais de 30 anos de atividade de mineração do carvão, a região sul de Santa Catarina sofre com a poluição hídrica e do solo.

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Diante desse cenário, pesquisas desenvolvidas junto ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química e ao Laboratório de Energia e Meio Ambiente da UFSC foram direcionadas a utilizar os resíduos da mineração de carvão como matéria-prima para a produção de óxido de ferro.

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O projeto “Aplicações Ambientais de Resíduos da Mineração de Carvão” foi o vencedor na categoria Pesquisa e Desenvolvimento da segunda edição do Green Project Awards. Os estudos foram realizados em parceria com a Carbonífera Criciúma S.A. (CCSA), e surgiram dos problemas gerados pelos resíduos da produção de carvão no Estado, considerada uma das 14 áreas críticas de poluição do país.

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Esse composto químico produzido pela UFSC tem aplicações na construção civil, na remoção de poluentes gasosos e no tratamento de efluentes industriais, além de potencial para uso em outros campos, como a medicina. Ao comprovar a viabilidade de aproveitamento desse produto, o trabalho permitiu a construção de uma planta industrial para produção de nanopartículas de óxido de ferro.

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“Com a planta é possível obter nanopartículas de altíssima qualidade e, em paralelo, tratar mais de mil e duzentos metros cúbicos de drenagem ácida de mina por dia, evitando a contaminação de rios e água de subsolo”, explica a professora Regina de Fátima Peralta Muniz Moreira, coordenadora do projeto em parceria com o professor Humberto Jorge José, ambos do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos do Centro Tecnológico da UFSC.

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Os estudos concluíram que com a venda dos produtos e subprodutos, a valores estimados na faixa de R$ 4 mil a R$ 400 mil a tonelada, dependendo da pureza, é possível gerar um faturamento de até R$ 2,8 milhões por ano.

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E a instalação plena da unidade fabril, que está sendo montada em Criciúma, também tem apelo social. Permitirá a criação de pelo menos 20 postos de trabalho, com geração de renda para as famílias.

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O trabalho aplica conceitos de produção ecoeficiente, e pode ser levado a outras regiões de mineração de carvão. “Esperamos que esse projeto colabore com uma mudança de comportamento dos empresários do setor de mineração, dando ênfase à preservação ambiental e sustentabilidade ao segmento”, complementa a professora Regina, que destaca também a formação de recursos humanos e o trabalho colaborativo com o setor produtivo como um importante resultado.

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Segundo Regina, a parceria com a Carbonífera Criciúma S.A foi fundamental para o êxito dos trabalhos, assim como a participação de mestrandos e doutorandos. “O prêmio representa o coroamento de uma inciativa dos professores e pesquisadores do Laboratório de Energia e Meio Ambiente, que iniciou há quase uma década, e pretende dar sustentabilidade ao setor de mineração de carvão”, comemora a professora, que conta com o suporte da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU) no gerenciamento dos projetos de pesquisa.

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Direcionado ao reconhecimento de projetos que promovam desenvolvimento sustentável, o Green Project Awards Brasil incentiva inovação, criatividade e eficácia, assim como o debate sobre sustentabilidade, biodiversidade e inclusão social. É uma iniciativa do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), integrado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), e da GCI, consultora portuguesa especializada na criação e implementação de estratégias de engajamento de público.

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O trabalho premiado da UFSC também contou com a coordenação da engenheira química Vivian Stumpf Madeira, que atuava junto à carbonífera e direcionou sua tese de doutorado à escala industrial. As informações são da UFSC.

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Fonte: Notícias de Mineração Brasil

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