Projeto de níquel no Pará pode gerar US$ 328 Mi a investidores
4 de outubro de 2016
O documento mostra um valor presente líquido (VPL) de US$ 328 milhões, considerando o preço do níquel de US$ 12 mil a tonelada
A Horizonte Minerals divulgou ontem (3) mais um estudo preliminar de viabilidade econômica (PFS, em inglês) para o projeto de níquel Araguaia, no Pará. O documento, baseado em reservas provadas e prováveis de 24,6 milhões de toneladas de minério com 1,77% de níquel, mostra um valor presente líquido (VPL) de US$ 328 milhões, considerando o preço do níquel de US$ 12 mil a tonelada.
O estudo, preparado segundo critérios do padrão canadense NI 43-101, inclui tanto a área do projeto Niquel Araguaia (HZMA) quanto do projeto Glencore Araguaia (GAP). A vida útil do empreendimento (LOM, em inglês) é de 28 anos e considera a produção anual de 14,5 mil toneladas de ferroníquel por ano com o uso de um único forno calcinador rotatório elétrico (RKEF, em inglês).
Segundo dados da mineradora, a taxa interna de retorno (TIR) pode chegar a 19,3%. “Espera-se que o projeto gere US$ 1,3 bilhão em fluxo de caixa livre ao longo da vida útil com o níquel a US$ 12 mil a tonelada”, diz a empresa em nota divulgada hoje. Na sexta-feira, o metal foi cotado a US$ 10,4 mil por tonelada.
Se o metal tiver preço médio de 14 mil a tonelada, o VPL e a TIR podem chegar a US$ 581 milhões e 26,4%, respectivamente. O empreendimento conta com minério de alta qualidade com teor médio de níquel de 1,96% para os dez primeiros anos de operação e o custo de produção deve ficar entre os mais baixos do mundo, cerca de US$ 3,15 por libra, ou US$ 6.948 por tonelada de níquel.
“O próximo marco relevante no desenvolvimento do Araguaia é o estudo de viabilidade, o qual esperamos iniciar no primeiro trimestre de 2017. Paralelamente a isso, vamos investigar as opções de financiamento disponíveis, bem como parceiros de suprimento. Acreditamos que a linha de tempo para o desenvolvimento do Araguaia esteja bem alinhada com a as expectativas de mercado de um aumento do preço do níquel a médio prazo”, disse o CEO da Horizonte, Jeremy Martin em nota.
Segundo ele, o importante é que o PFS demonstra que o projeto tem fluxo de caixa positivo aos preços atuais do níquel. “A demanda futura parece ser forte com o crescimento previsto indo de 2% a 4% este ano, e espera-se que a demanda supere a oferta, assegurando que o Araguaia seja um projeto irresistível para gerar valor para os acionistas. Isso, combinado com fortes fundamentos econômicos, confirma que o Araguaia está bem posicionado para ser um dos mais importantes projetos de níquel a serem desenvolvidos”, disse Martin.
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