Participantes aprendem gestão de negócios e hoje são microempreendedorasrn“Se todo ser humano fosse um pouco como o japiim, a sociedade seria bem melhor”. A frase é da psicóloga e socióloga M&aacu
Participantes aprendem gestão de negócios e hoje são microempreendedoras
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“Se todo ser humano fosse um pouco como o japiim, a sociedade seria bem melhor”. A frase é da psicóloga e socióloga Márcia Campos, coordenadora do projeto Japiim, que faz oito anos de existência nesse final de semana.
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O japiim é um pássaro da Amazônia que faz tudo de forma coletiva, desde os ninhos até criar os filhotes. A ave inclusive cuida dos filhotes de outras espécies que porventura aparecerem em um dos ninhos.
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Assim é o projeto Japiim, idealizado pela Alubar, fabricante de vergalhões de liga e cabos elétricos de alumínio. Uma convivência diária de mães da região do município de Barcarena que se reúnem todos os dias para costurar e complementar a renda familiar com a produção e venda dos uniformes para os colaboradores da empresa.
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Para Márcia, o projeto hoje está em um momento de maturidade: “Há disciplina. Vemos que houve um crescimento racional, emocional e profissional dessas mulheres”. As mudanças positivas na vida das beneficiadas são inúmeras. Além dos cursos de corte e costura, maquiagem e outros, elas participam de cursos de gestão de negócios, uma forma de incentivo que funcionou: hoje, duas delas são Microempreendedoras Individuais (MEI).
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“A minha autoestima vai lá em cima. Eu me sinto mais motivada e sei que degrau por degrau vou conseguir desenvolver ainda mais meu trabalho”, explica Vanilda do Socorro, participante do projeto há quase três anos. “O Japiim e os cursos que fizemos ampliou meu conhecimento pessoal e profissional”, conclui.
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O projeto, que funciona na APAE de Barcarena, é a materialização do zelo e cuidado que as participantes têm durante todo o processo da costura. Pássaros de miriti pendurados no teto enfeitam o espaço, os armários são bem preservados e organizados. “Esse ano a limitação que ultrapassamos foi a de interações, na habilidade de relações. Sentamos com frequência para trabalhar a questão do erro, tanto o próprio quanto do outro”, explica Márcia Campos.
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Cleonice de Almeida, moradora da Vila dos Cabanos, comemora a aquisição da casa própria e explica que a vida melhorou muito depois que entrou no projeto. “Aprendi tantas coisas novas: o modo de vender, de lidar com os clientes, tratar as pessoas. Além disso, gosto do convívio que temos aqui”, conta ela, que está há dois anos com o Japiim.
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A Ilha Arapiranga e outros desafios
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Há cerca de um ano e meio, o projeto Japiim expandiu seu alcance. A Ilha Arapiranga, no rio Cojumari, tem um grupo de mães que vem aos poucos construindo um ambiente favorável para que elas também possam participar do corte e costura. “Vimos que o grupo tem mostrado uma organização positiva, o que nos levou a montar uma oficina de costura industrial. Atualmente estas mães já iniciaram as atividades de confecção de uniformes operacionais”, comemora Márcia.
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A ida à Ilha começou em 2012. Uma vez por mês, a coordenação do projeto e voluntários – inclusive, mulheres que já fazem parte do projeto – iam ministrar cursos para o grupo. Durante esse período de um ano e meio, as mulheres da ilha produziam artesanato, que comercializavam na época do Círio, Natal, Dia das Mães. Agora, vão tirar as primeiras peças que costuraram.
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Prezando pela melhora contínua das participantes do projeto, a busca por práticas incentivadoras é constante. É o caso do benchmarking, processo onde há a comparação com empresas do mesmo ramo para melhorar o desempenho. “Levamos todas para visitarem a Fábrica Esperança em Belém. E o resultado foi excelente. Elas já voltaram querendo melhorar tudo por aqui, inspiradas pela eficiência deles”, conta Márcia. Tudo que foi observado durante a visita foi discutido e, unido ao que elas aprenderam nos cursos, aplicados nos processos delas.
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Além disso, a contratação de pessoas com deficiência é uma política da Alubar. No projeto Japiim, quatro colaboradores contratados diretos da empresa atuam diariamente lá. Dois possuem deficiência auditiva e outros dois, deficiências cognitivas. Para Márcia, “eles têm grande disposição e ajudam em tudo, como todos nós. As regras valem para todos e nos preocupamos com a disciplina e inserção de todos no convívio do projeto. É o Japiim cada vez mais ativo e maduro”.
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Fonte: Assessoria
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