A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) promove quinta-feira (14), às 10 horas, audiência pública na Câmara Municipal de Itaituba, no sudoeste do Pará, para informar a comunidade sobre o projeto Toc
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) promove quinta-feira (14), às 10 horas, audiência pública na Câmara Municipal de Itaituba, no sudoeste do Pará, para informar a comunidade sobre o projeto Tocantinzinho, que pretende usar tecnologia industrial para lavra e beneficiamento de ouro e debater o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) apresentado pela empresa Brazauro Recursos Minerais, dona do empreendimento.
O resultado da audiência vai subsidiar o parecer técnico da Sema para a concessão ou veto da licença prévia solicitada para a obra. Segundo o EIA/ Rima em análise, o projeto Tocantinzinho é uma mina a céu aberto localizada na província mineral do Tapajós, a 200 quilômetros da cidade de Itaituba, que ficará em uma área antes ocupada por garimpeiros artesanais.
Com reservas estimadas de 60 toneladas de ouro e vida útil em torno de onze anos de operação, o produto final beneficiado será ouro em barras e a empresa diz ter capacidade de produção de 4,9 toneladas ao ano, com 94% de pureza.
As emissões, os impactos ambientais previstos nas áreas de influência vindos da implantação e operação do empreendimento e os programas e projetos de controle ambiental necessários à contenção dos prováveis impactos negativos aos meios físico, biótico e socioeconômico são informações que permitem aos técnicos da Sema definirem a liberação ou não do licenciamento ambiental.
O projeto Tocantinzinho prevê, entre outras interferências no meio ambiente, a construção de uma linha de transmissão de energia, para o funcionamento da mina, a partir do município de Novo Progresso. A logística do processo industrial também vai usar barragem de rejeitos, pista de pouso e outras obras necessárias de supressão vegetal, terraplanagem e abertura e construção de estradas para viabilizar a lavra e o beneficiamento do ouro.
Os empreendedores defendem que o incremento da participação no mercado internacional do ouro vai gerar divisas ao Brasil, além de emprego e renda, substituindo o atual garimpo precário sem controle ambiental por uma extração mineral técnica com cuidados ambientais.
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