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Qualidade, produtividade e custo pautarão a indústria da mineração

10 de outubro de 2017

Esta é a tendência para o mercado mundial de minério de ferro, apresentada pelo diretor da consultoria britânica CRU, Paul Robinson, no 17º Congresso Brasileiro de Mineração

Com a maturação de grandes empreendimentos, o foco da indústria da mineração não deverá ser apenas no volume de produção, mas na qualidade do produto, na produtividade e em custos mais competitivos. Esta é a tendência para o mercado mundial de minério de ferro, apresentada pelo diretor da consultoria britânica CRU, Paul Robinson, no painel “Mercado Global de Preços das Commodities Minerais: perspectivas e tendências”, no 17º Congresso Brasileiro de Mineração.
 
Paul Robinson disse que grandes projetos de mineração de minério de ferro estão em curso e serão suficientes para atender à demanda global pela commodity. “Com esses projetos, a oferta de minério de ferro no mundo tenderá a aumentar. Depois disso, a qualidade da produção, custos e produtividade serão fator de competitividade”, acredita Paul Robinson. No Brasil, dois grandes empreendimentos contribuirão para esse aumento da oferta mundial: o projeto S11D, da Vale, em Carajás (PA), inaugurado recentemente, e o projeto Minas Rio, da Anglo American, em Conceição do Mato Dentro (MG).
 
O consultor não descarta, inclusive, uma situação de sobreoferta, especialmente se for confirmada a redução do consumo pelo mercado chinês, em função da conclusão de grandes empreendimentos de infraestrutura – movimento que pode influenciar, também, a política de preços, como salientou o consultor.
 
Considerando esse cenário, o Brasil tende a se destacar, por conta da qualidade de suas commodities, como afirmou Paul Robinson: “o Brasil é um importante produtor de commodities de qualidade”. A opinião é compartilhada pelo também consultor John Mothersole, diretor da norte-americana IHS Markit, para quem a qualidade das commodities coloca o Brasil numa posição privilegiada.
 
Contudo, Mothersole alerta para um outro risco, motivo de preocupação dos executivos da mineração presentes ao 17º Congresso Brasileiro de Mineração e a Exposição Internacional de Mineração: o excesso de regulação da atividade de mineração. “Nos últimos dez anos percebemos alterações nas diretrizes”, observa o consultor. “O Brasil de hoje, comparado com o Brasil de 2007, está menos atrativo para investimentos no setor mineral”, disse.
 
A médio prazo, a exemplo de Paul Robinson, John Mothersole também disse que o consumo de minério de ferro pela China tende a arrefecer, por conta da conclusão dos grandes projetos de infraestrutura.
 
Para ambos, eventos como 17º Congresso Brasileiro de Mineração são fundamentais para se compreender a dinâmica do mercado de mineração. “É importante para conhecermos a visão do Brasil sobre a indústria da mineração”, observou Paul Robinson. “Neste momento de expansão global, eventos como este são muito bem-vindos”, observou John Mothersole.
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