Caso ocorra a instalação dos empreendimentos aguardados, cerca de 5 mil empregos deverão ser gerados na regiãornEm uma das áreas economicamente mais frágeis do Ceará, a possibilidade de desenvolver um
Caso ocorra a instalação dos empreendimentos aguardados, cerca de 5 mil empregos deverão ser gerados na região
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Em uma das áreas economicamente mais frágeis do Ceará, a possibilidade de desenvolver um polo siderúrgico – alimentado pela demanda de grandes empreendimentos já assegurados para o Estado – é hoje a principal promessa para impulsionar a geração de empregos e a arrecadação dos municípios localizados na região dos Inhamuns.
Embora essa perspectiva possa parecer distante do cenário atual, no qual poucas empresas atuam no setor, os primeiros passos para a concretização dessa realidade já têm sido tomados, mesmo que os envolvidos trabalhem, até o momento, de forma isolada. Segundo o deputado federal Antônio Balhmann, que tem acompanhado esse processo, um dos fatores que justificariam a formação do polo siderúrgico é o início da produção de minério de ferro beneficiado em Quiteranópolis.
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Pontapé inicial
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Desde o último mês, a empresa Globest, que há cerca de três anos já realizava a extração de minério de ferro na região, iniciou as operações de uma usina de beneficiamento do minério. Conforme o chefe do departamento de Engenharia e Logística da empresa, Luiz Nunes, a vantagem do beneficiamento do minério, no local, é que o material não precisa passar por novos processos antes de ser utilizado pelos compradores, o que aumenta seu valor agregado.
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Um dos usos do minério de ferro beneficiado é a produção do ferro gusa, que, por sua vez, pode ser utilizado para a fabricação de aço. Hoje, a Globest produz, nesta fase inicial, em torno de mil toneladas de minério de ferro beneficiado por dia. A empresa pretende, porém, ampliar a capacidade para 2 mil toneladas, por dia, ainda neste ano.
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Demandas
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Em outro extremo da cadeia, acrescenta Balhmann, há a demanda que será gerada, nos próximos anos, pela Siderúrgica América Latina (Silat), hoje em processo de instalação no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). A laminadora, informa, precisará comprar 400 mil toneladas de ferro gusa, por ano, para alimentar sua aciaria (unidade que transforma esse tipo de ferro em aço).
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De acordo com o deputado, o desenvolvimento da siderurgia na região se daria a partir da instalação de uma empresa que aproveitasse o minério de ferro produzido em Quiteranópolis e produzisse o ferro gusa necessário para a Silat. “A ideia é completar o elo da cadeia”, destaca.
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Interessadas
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Ele acrescenta que já existem empresas interessadas em realizar esse serviço, sendo duas delas brasileiras. A partir da chegada de um empreendimento desse tipo, complementa o deputado, a região poderia receber também, além da usina de beneficiamento, aciarias. “Isso poderia acontecer ali (nos Inhamuns) e se estender para outras regiões, como Sobral”, ressalta. Caso a vinda desses empreendimentos aconteça, informa, deverão ser gerados, na região, em torno de 5 mil empregos diretos e indiretos, os quais serão preenchidos sobretudo pela mão de obra local. O parlamentar destaca também o desenvolvimento econômico na área e o aumento da arrecadação tributária.
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Logística
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Segundo Bahlmann, só há a possibilidade de ter um polo siderúrgico no local devido a dois outros fatores. A existência da Transnordestina, que liga Carajás (MA) ao Porto Pecém, garante o transporte do produto até a unidade portuária, de onde o material pode ser exportado.
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Além disso, há a demanda do mercado externo, que também tem interesse em comprar o ferro cearense. “E tem essa vantagem de ela já ter o produto (o minério de ferro beneficiado) ali na região e o mercado próximo (a demanda da Silat)”, acentua.
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Procurada pela reportagem, a Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece) informou, através de sua assessoria de imprensa, que “não tem conhecimento de investimentos, nesses segmento, para a região do Inhamuns”.
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Fonte: Diário do Nordeste
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