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Rejeitos da siderurgia rendem R$ 400 mi ao ano

5 de junho de 2013

As usinas do país vêm avançando na busca de novas aplicações para os resíduos da fabricação de açornA venda de resíduos e coprodutos da indústria siderúrgica já

As usinas do país vêm avançando na busca de novas aplicações para os resíduos da fabricação de aço

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A venda de resíduos e coprodutos da indústria siderúrgica já movimenta R$ 400 milhões ao ano no Brasil. O setor vem avançando na busca de novas aplicações para os rejeitos no processo de fabricação de aço.

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Para se ter uma ideia, em 2009 a receita atingiu R$ 164,15 milhões, conforme informações do Instituto Aço Brasil (IABr). Desta forma, até o ano passado as usinas já conseguiram aumentar em 164% o faturamento com este tipo de negócio.

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Na opinião do gerente de Suprimentos e Coprodutos do IABr, Cassius Cerqueira, o avanço é resultado de uma mudança de paradigma. “O mundo precisou mudar por conta do uso excessivo de matérias-primas, e a indústria também teve que seguir esta linha”, diz.

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Desta forma, coprodutos da siderurgia são cada vez mais utilizados como alternativa aos insumos tradicionais por alguns segmentos. Um dos casos mais bem-sucedidos no reaproveitamento de resíduos é o uso da escória de alto-forno na produção de cimento.

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Indústrias cimenteiras utilizam o material como substituto do clínquer na fabricação do produto. O índice de substituição pode chegar a 70%. Já a escória de aciaria pode ser utilizada como lastro ferroviário, base primária para estradas vicinais, além de insumo na produção de corretivos de solos e fertilizantes.

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Novas aplicações do resíduo gerado nas aciarias estão próximas de se tornar realidade. De acordo com Cerqueira, está em fase de desenvolvimento o aço-brita, que poderá ser utilizado, entre outros, na construção civil. “Este produto oferece uma capacidade de carga mais elevada que a brita”, diz.

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Em uma parceria entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Centro de Coprodutos Aço Brasil (CCA Brasil), criado em 2010 para agregar as ações do setor voltadas para ampliar e difundir o uso dos coprodutos, o aço-brita deverá ser utilizado em cinco trechos de rodovias no país.

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Entre as siderúrgicas que estão avançando no reaproveitamento é a ArcelorMittal Brasil. De acordo com o gerente de Meio Ambiente da ArcelorMittal Aços Longos, José Otávio Andrade Franco, a meta global da companhia é alcançar 50 quilos de resíduos não recuperáveis para cada tonelada de aço produzida. Porém, na unidade de João Monlevade (Vale do Aço) são gerados apenas 12 quilos de resíduo no processo produtivo.

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Gestão – Conforme ele, o índice alcançado em Minas é resultado da gestão de resíduos implantado na empresa. Além da venda de material para terceiros, que somente no ano passado rendeu R$ 40 milhões para as unidades de aços longos no país, a empresa reaproveita parte dos resíduos gerados na produção de aço.

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A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas) reciclou cerca de 2,5 milhões de toneladas do material gerado no processo produtivo no ano passado, o que representa aproximadamente 42% do volume total. “O resultado indica ainda uma redução de 5% na geração deste material se comparado a 2011”, informa o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade da companhia, Romêl Erwin de Souza.

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Segundo ele, além dos materiais sólidos, os produtos carboquímicos – gases provenientes da destilação do carvão mineral – têm alto valor agregado e são comercializados junto a setores como a indústria química, de plásticos, pneus, resinas e outros. Em 2012, o volume gerado deste coproduto foi de aproximadamente 70 mil toneladas.

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Já a indústria da construção vem usando tecnologia para reduzir a geração de rejeitos. O assessor técnico do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Roberto Matozinhos, explica que as construções atuais são modulares, onde os materiais seguem as especificações do projeto, evitando-se o desperdício.

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Fonte: Diário do Comércio

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