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Reservas de xisto brasileiras estão subestimadas, diz pesquisador

22 de maio de 2013

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O vice-diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), Colombo Celso Gaeta Tassinar, acredita que as reservas de xisto do Brasil estão subestimadas.

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“A quantidade é maior do que está sendo mostrada”, diz. Ele acredita que o potencial é maior do que os 6,4 trilhões de metros cúbicos, que colocam o país na décima posição mundial de reservas.

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Para ele, se esse potencial for explorado, todas as indústrias que utilizam gás em sua produção seriam beneficiadas com a exploração do xisto e teriam aumento de competitividade, já que o custo do xisto é menor. “As indústrias de São Paulo, por exemplo, já estão aparelhadas para usar gás natural e o xisto teria custo mais baixo”, exemplifica. De acordo com ele, a exploração de cada poço custa em média US$ 10 milhões de dólares.

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Colombo lembra que a Petrobras nunca se interessou por xisto, já que seu foco era a exploração de petróleo, mas acredita que a petrolífera deve começar a investir na área. “Agora já se interessa, porque virou realidade. Ou entra ou fica de fora e é melhor entrar, mesmo que seja por empresa parceira”, diz.

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Colombo afirmou ainda que os órgãos ambientais não estão preparados para fiscalizar e regulamentar o setor. “É uma área que merece regulação específica, já que tem características próprias”, afirma.

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Já o superintendente adjunto de Segurança Operacional e Meio Ambiente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Hugo Manoel Marcato Affonso, disse que as reservas brasileiras ainda levarão um tempo para serem comercializadas. “Em dez anos essas reservas poderão ser exploradas comercialmente”, acredita. Ele não soube precisar quanto investimento seria necessário para que o país consiga explorar comercialmente o gás.

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Leilão

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O leilão para pesquisa e exploração das áreas que possuem reservas já em outubro deste ano são importantes, segundo ele, para o país voltar a aumentar sua área exploratória. “O modelo de concessão do xisto será o mesmo das últimas rodadas de gás não-convencional”, explicou.

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Para ele, o maior desafio para a exploração comercial do gás xisto é a “transferência da curva de aprendizado” para garantir a viabilização do xisto. “A regulamentação já existe. Os editais serão adaptados”, diz. Dessa forma, ele acredita que haverá interesse da iniciativa privada pela exploração do gás. “Esperamos boas notícias e temos as melhores expectativas possíveis”, diz.

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Licenças

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Affonso lembrou, durante palestra sobre o tema na Fecomércio, em São Paulo, que é preciso ter regras claras para exploração do gás de xisto e regulações ambientais. “Nas regiões onde vai ocorrer a exploração será preciso fazer uma análise prévia da qualidade da água para que se depois se encontrar algo, não seja ligado à exploração de gás de xisto. Isso será mandatório”, disse. Ele lembrou que o licenciamento ambiental marítimo é atribuição do Ibama. Mas exploração terrestre é competência dos órgãos ambientais estaduais, a não ser quando a exploração ocorreria na fronteira entre dois Estados.

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Para o presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio-SP, José Goldemberg, o Brasil vai passar por um processo de aprendizado com os licenciamentos ambientais para perfuração dos poços. “Estou seguro que a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) vai infernizar a vida de vocês”, disse.

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Segundo ele, o Brasil entra no momento certo na produção do xisto. “Há um atraso de três a cinco anos, mas como há um amadurecimento, estamos entrando no momento correto”, diz. A produção de gás de xisto nos Estados Unidos saiu de praticamente zero, em 2006, para 25 milhões de metros cúbicos por dia 2012.

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Fonte: Valor Econômico

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