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Alto custo de energia no Brasil, demanda aquecida e preocupações ambientais norteiam pesquisas e construções de usinas eólicas e de biomassa.
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Icapuí, cidade do litoral leste do Ceará, é parada obrigatória para os praticantes de Kite Surf e de Vela, em virtude da velocidade dos ventos, que chegam a 35 km/h. A capacidade eólica chamou a atenção da mineradora Vale S.A.. Em 23 de agosto, a empresa levou a conhecimento da comunidade icapuiense os planos para a construção do Complexo Eólico Santo Inácio, um investimento de US$ 222 milhões, cuja energia será destinada à própria Vale: a potência atinge 124MW, gerados por 62 aerogeradores.
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Os ventos que sopram a favor das novas usinas também ajudam na sustentabilidade
ambiental. Em 2011, os investimentos em negócios voltados à produção de energia alternativa – solar, eólica e biomassa – ultrapassaram US$ 8 bilhões no Brasil, de acordo com a consultoria Bloomberg New Energy Finance. Entre os 2,6 mil empreendimentos de geração de energia elétrica em operação no País, somam-se 444 centrais de biomassa, 79 centrais eólicas e oito usinas fotovoltaicas conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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O momento é de buscar novas fontes, mas também de expandir a geração. O consumo
nacional de energia elétrica cresceu 3,7% em julho de 2012, em comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa é de manutenção do ritmo de crescimento, com previsão de 4,5% anuais até 2021.
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A indústria corresponde à maior fatia do consumo energético brasileiro. No primeiro semestre de 2012, o setor foi responsável por 40% do consumo nacional, e as projeções preveem o aumento da participação para 47% em 2020. Para que esse crescimento seja economicamente sustentável, a indústria precisa buscar alternativas para diminuir os custos. O preço da energia no País está entre os mais elevados do mundo, enquanto muitas incertezas do setor elétrico dificultam a tomada de decisão sobre a contratação de energia.
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A variação no custo dos encargos setoriais, a expansão da oferta e mudanças regulatórias em estudo figuram como maiores entraves. Segundo João Bosco da Silva, Diretor-Superintendente da Companhia Brasileira de Alumínio, a incerteza sobre a renovação de concessões de energia elétrica é uma grande preocupação da empresa, que tem 85% da sua demanda energética dependente da autoprodução.
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Prevê-se para esta modalidade, voltada para o consumo próprio das empresas, um
crescimento expressivo nos próximos 10 anos, em torno de 6,8% ao ano. Com isso, a
autoprodução representará 11% no volume total de consumo do País. Uma das soluções
para o entrave é a busca por fontes alternativas. Em 2012, Banco Mundial destinou US$ 49,6 milhões para o Brasil no Projeto de Fortalecimento dos Setores de Energia e Mineração. O empréstimo prevê assistência técnica ao Ministério de Minas e Energia para desenvolver estratégias de investimento e suporte para tecnologias de ponta.
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Os bens minerais configuram a base para o desenvolvimento dessas tecnologias, com
destaque para placas solares, células fotovoltaicas, turbinas eólicas e baterias de carros híbridos. “Existe uma interdependência entre as atividades de mineração e as de geração, armazenamento e transmissão de qualquer tipo de energia. Muitas das soluções passam obrigatoriamente pela maior disponibilidade de minerais”, afirma o Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM, José Fernando Coura.
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A movimentação do setor é grande. De 10 a 12 de setembro, o IBRAM trará para o Brasil representantes de grandes empresas do Chile, Canadá, Reino Unido e Austrália para discutir o tema de gestão de energia na mineração. O 2º Seminário Internacional de Gestão de Energia na Indústria da Mineração – ENERMIN 2012 (www.enermin2012.com) será o palco ideal para discutir as fontes alternativas de energia à disposição da indústria, tanto no Brasil como em outras partes do mundo.
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Fonte: IBRAM – Profissionais do Texto
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