NOTÍCIAS

Rio Tinto vai rever plano de expansão e cortar gastos

7 de maio de 2012

rnA australiana Rio Tinto seguiu os passos da mineradora rival BHP Billiton e informou a acionistas e analistas que vai conter os planos de gastos e priorizar projetos para lidar com a escalada das pressões de custos e o panorama de incertezas

rn

A australiana Rio Tinto seguiu os passos da mineradora rival BHP Billiton e informou a acionistas e analistas que vai conter os planos de gastos e priorizar projetos para lidar com a escalada das pressões de custos e o panorama de incertezas no setor.

rn

Em reuniões em Sydney, realizadas na semana passada, o executivo-chefe da Rio Tinto, Tom Albanese, afirmou que a empresa vai se concentrar apenas em projetos com altas margens de lucro, como a expansão das operações de minério de ferro na Austrália Ocidental, e encolher ou mesmo adiar novos projetos, segundo pessoas que estiveram presentes aos encontros.

rn

Um dos planos sob ameaça é o projeto de carvão Mount Pleasant, de cerca de US$ 2 bilhões, em Nova Gales do Sul, cuja decisão de construir a mina será tomada neste ano. Entre outros projetos que poderiam ser adiados estão o Simandou, de minério de ferro, na Guiné, e a ampliação da mina de bauxita Weipa, em Queensland, na Austrália.

rn

A BHP Billiton também reavalia seus planos de investimentos para melhor adequá-los às perspectivas de lucros e fluxo de caixa. A maior mineradora do mundo em valor de mercado informou aos acionistas que vai “escalonar” e desacelerar o desenvolvimento de três megaprojetos, incluindo a ampliação de US$ 20 bilhões da mina Olympic Dam, na Austrália Meridional.

rn

As preocupações com os gastos e as incertezas cada vez maiores quanto à demanda da China vêm assombrando o setor de mineração nos últimos meses, mas analistas acreditam que o novo foco na disciplina das empresas em relação a seu capital poderia motivar uma reavaliação das ações de mineradoras.

rn

“Esse adiamento nos investimentos em bens de capital de novos projetos pode ser visto como sinalização aos investidores de que a Rio Tinto está demonstrando moderação financeira em tempos de considerável incerteza, na esteira de um cenário de rápida escalada dos custos operacionais e de capital”, afirmou Tim Gerrard, analista da Investec, em Sydney.

rn

Em discurso na quinta-feira da semana passada, durante conferência sobre renda variável organizada pelo Macquarie, Albanese ressaltou algumas das dificuldades de se operar na Austrália.

rn

“O carvão é uma operação cada vez mais difícil aqui na Austrália”, afirmou. “O valor da mão de obra, os custos de capital e o imposto sobre o carbono tornam realmente difícil levar esses negócios adiante”. A Rio Tinto já havia anunciado que se retiraria de um projeto de US$ 9 bilhões para desenvolver o terminal portuário de carvão de Abbot Point, também em Queensland.

rn

Analistas que acompanham o setor estimam que as despesas de capital necessárias para dar a partida no projeto Mount Pleasant, que criaria cerca de 350 empregos e produziria 10,5 milhões de toneladas de carvão térmico por ano, dobraram de US$ 800 milhões para US$ 1,6 bilhão nos últimos quatro anos.

rn

Acredita-se que o presidente da companhia tenha levantado algumas dessas preocupações quando se reuniu com a primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard. Possíveis mudanças no orçamento da Austrália, a ser divulgado está semana, podem levar as mineradoras a perder alguns importantes descontos e isenções tributárias.

rn

Albanese disse, no entanto, que a Rio Tinto continua comprometida com a expansão de US$ 10 bilhões de suas operações de minério de ferro na Austrália Ocidental, onde pretende aumentar a produção de 283 milhões para 353 milhões de toneladas por ano. “Vemos isso como, de longe, a mais atraente oportunidade de expansão em minério de ferro no mundo e fizemos testes de estresse em todos os aspectos”, afirmou.

rn

A Rio Tinto tem condições de adotar uma abordagem “em fases” para a expansão dessas operações, localizadas em Pilbara, diferentemente da concorrente BHP Billiton, que terá de financiar a construção de um porto exterior em Port Hedland, para aumentar a produção.

rn

Os analistas dizem que a Rio Tinto também vai prosseguir com a expansão gradual da mina de cobre e ouro Oyu Tolgoi, na Mongólia, além de concluir projetos existentes.

rn

 

Fonte: Valor Econômico

Compartilhe:

LEIA TAMBÉM



Brasil terá 1º hub de inovação para a indústria mineral

19 de novembro de 2018

Inédita no setor em nível global, iniciativa de mineradoras brasileiras em parceria com a WeWork pretende impactar positivamente a competitividade…

LEIA MAIS

Samarco: os três anos do rompimento de Fundão

5 de novembro de 2018

O rompimento da barragem de Fundão completa 3 anos. Uma realidade que faz parte da jornada da Samarco. O dia…

LEIA MAIS

Instituto Alcoa promove formação de professores em escolas públicas de Juruti

10 de setembro de 2018

Em busca de conhecimentos, experiências e avanços nas atividades escolares, cerca de 40 professores de escolas públicas de Juruti e…

LEIA MAIS