rnA australiana Rio Tinto seguiu os passos da mineradora rival BHP Billiton e informou a acionistas e analistas que vai conter os planos de gastos e priorizar projetos para lidar com a escalada das pressões de custos e o panorama de incertezas
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A australiana Rio Tinto seguiu os passos da mineradora rival BHP Billiton e informou a acionistas e analistas que vai conter os planos de gastos e priorizar projetos para lidar com a escalada das pressões de custos e o panorama de incertezas no setor.
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Em reuniões em Sydney, realizadas na semana passada, o executivo-chefe da Rio Tinto, Tom Albanese, afirmou que a empresa vai se concentrar apenas em projetos com altas margens de lucro, como a expansão das operações de minério de ferro na Austrália Ocidental, e encolher ou mesmo adiar novos projetos, segundo pessoas que estiveram presentes aos encontros.
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Um dos planos sob ameaça é o projeto de carvão Mount Pleasant, de cerca de US$ 2 bilhões, em Nova Gales do Sul, cuja decisão de construir a mina será tomada neste ano. Entre outros projetos que poderiam ser adiados estão o Simandou, de minério de ferro, na Guiné, e a ampliação da mina de bauxita Weipa, em Queensland, na Austrália.
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A BHP Billiton também reavalia seus planos de investimentos para melhor adequá-los às perspectivas de lucros e fluxo de caixa. A maior mineradora do mundo em valor de mercado informou aos acionistas que vai “escalonar” e desacelerar o desenvolvimento de três megaprojetos, incluindo a ampliação de US$ 20 bilhões da mina Olympic Dam, na Austrália Meridional.
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As preocupações com os gastos e as incertezas cada vez maiores quanto à demanda da China vêm assombrando o setor de mineração nos últimos meses, mas analistas acreditam que o novo foco na disciplina das empresas em relação a seu capital poderia motivar uma reavaliação das ações de mineradoras.
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“Esse adiamento nos investimentos em bens de capital de novos projetos pode ser visto como sinalização aos investidores de que a Rio Tinto está demonstrando moderação financeira em tempos de considerável incerteza, na esteira de um cenário de rápida escalada dos custos operacionais e de capital”, afirmou Tim Gerrard, analista da Investec, em Sydney.
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Em discurso na quinta-feira da semana passada, durante conferência sobre renda variável organizada pelo Macquarie, Albanese ressaltou algumas das dificuldades de se operar na Austrália.
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“O carvão é uma operação cada vez mais difícil aqui na Austrália”, afirmou. “O valor da mão de obra, os custos de capital e o imposto sobre o carbono tornam realmente difícil levar esses negócios adiante”. A Rio Tinto já havia anunciado que se retiraria de um projeto de US$ 9 bilhões para desenvolver o terminal portuário de carvão de Abbot Point, também em Queensland.
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Analistas que acompanham o setor estimam que as despesas de capital necessárias para dar a partida no projeto Mount Pleasant, que criaria cerca de 350 empregos e produziria 10,5 milhões de toneladas de carvão térmico por ano, dobraram de US$ 800 milhões para US$ 1,6 bilhão nos últimos quatro anos.
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Acredita-se que o presidente da companhia tenha levantado algumas dessas preocupações quando se reuniu com a primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard. Possíveis mudanças no orçamento da Austrália, a ser divulgado está semana, podem levar as mineradoras a perder alguns importantes descontos e isenções tributárias.
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Albanese disse, no entanto, que a Rio Tinto continua comprometida com a expansão de US$ 10 bilhões de suas operações de minério de ferro na Austrália Ocidental, onde pretende aumentar a produção de 283 milhões para 353 milhões de toneladas por ano. “Vemos isso como, de longe, a mais atraente oportunidade de expansão em minério de ferro no mundo e fizemos testes de estresse em todos os aspectos”, afirmou.
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A Rio Tinto tem condições de adotar uma abordagem “em fases” para a expansão dessas operações, localizadas em Pilbara, diferentemente da concorrente BHP Billiton, que terá de financiar a construção de um porto exterior em Port Hedland, para aumentar a produção.
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Os analistas dizem que a Rio Tinto também vai prosseguir com a expansão gradual da mina de cobre e ouro Oyu Tolgoi, na Mongólia, além de concluir projetos existentes.
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Fonte: Valor Econômico
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