A UC Rusal, produtora russa de alumínio, tem investido em uma tecnologia para começar a produzir alumina a partir de caulim, extraído de reservas da Sibéria.
A UC Rusal, produtora russa de alumínio, tem investido em uma tecnologia para começar a produzir alumina a partir de caulim, extraído de reservas da Sibéria. Visando substituir a bauxita, a tecnologia, que utiliza ácido, visa diminuir os custos com material e logística e melhorar a eficiência econômica das plantas de fundição da Rusal, segundo comunicado ao mercado do último dia (14).
A tecnologia também permite a produção simultânea de um número de produtos que têm alta procura, incluindo aqueles que possuem óxido de silício e metais de terras-raras. De acordo com a companhia, a implementação dessa tecnologia que usa ácido um complexo inteiro de produção relacionada e instalações de pesquisa, tendo estimulado o potencial industrial e científico da Rússia por meio do uso de tecnologias modernas.
“O projeto está sendo executado no âmbito da estratégia para a segurança da matéria-prima nas plantas de fundição da companhia, assim como o programa que substitui as importações, que inclui o financiamento a partir de programas federais estratégicos”, afirma a Rusal.
No momento, trabalhos de pesquisa e de desenvolvimento estão sendo conduzidos por especialistas do Centro de Engenharia e Tecnologia da Rusal, em parceria com instituições acadêmicas.
“O processo de fluxograma foi desenvolvido, os testes de laboratório das principais etapas foram conduzidos, a avaliação dos depósitos de caulim na Sibéria foi concluída, assim como a quantidade de materiais foi confirmada e os custos de capital e operacionais foram calculados”, disse a empresa no comunicado.
A instalação de demonstração única para a produção de um quilo de alumina por hora partir da tecnologia com ácido será desenvolvida e lançada em 2016. O objetivo principal dessa instalação de demonstração é testar em um circuito fechado, assim como confirmar indicadores de consumo e da qualidade dos produtos.
Em relação aos planos futuros, a Rusal diz que quer realizar um estudo de viabilidade de construção de uma refinaria de alumina, com capacidade de produção acima de 1 milhão de toneladas por ano.
“A Rússia é rica em caulim. As reservas descobertas vão nos fornecer mais de 200 anos de produção de alumina. Os Estados Unidos, o Canadá, a China, a Noruega e Austrália estão trabalhando há muito tempo na produção de alumina utilizando materiais diferentes da bauxita, como caulim e cinzas. As novas tecnologias são uma forte vantagem competitiva, e ninguém iria deixá-las de lado”, disse Viktor Mann, diretor técnico da Rusal.
Segundo ele, a companhia começou o projeto para utilizar a tecnologia de ácido em 2012. “E temos feito progressos notáveis. Nós estamos mais perto do que os outros para obter resultados positivos”, ressaltou.
A Rusal produz alumínio primário, ligas de alumínio, folhas de alumínio e alumina. A companhia, que está presente em 19 países, não possui operações no Brasil.
Fonte: Notícias de Mineração Brasil
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