O preço do ouro no mercado mundial subiu do patamar de menos de US$ 300 para cerca de US$ 1.600 por onça no período de 15 anos entre 1998 e 2012, com alta equivalente a 12% ao ano. Poucos ativos financeiros renderam tanto em praz
O preço do ouro no mercado mundial subiu do patamar de menos de US$ 300 para cerca de US$ 1.600 por onça no período de 15 anos entre 1998 e 2012, com alta equivalente a 12% ao ano. Poucos ativos financeiros renderam tanto em prazo semelhante.
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Para o investidor brasileiro, acostumado com elevado retorno das aplicações em títulos públicos federais, a rentabilidade do ouro nos últimos anos não parecia tão brilhante. Mesmo considerando os efeitos da desvalorização do real, os ganhos com os investimentos em papéis do governo rivalizaram com a alta acumulada do metal.
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Atualmente, porém, com a taxa básica de juros no patamar de 8% ao ano — e com tendência de novas reduções — existe uma preocupação recorrente em encontrar alternativas de investimento mais rentáveis. E o histórico do desempenho da cotação do ouro começa a chamar a atenção.
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Combinar aplicações que sejam, ao mesmo tempo, seguras e rentáveis não é uma tarefa simples. Os juros em alguns países desenvolvidos estão em patamar muito baixo, inferior à inflação em muitos casos. Mesmo assim, alguns governos de nações ricas enfrentam dificuldade para rolar a dívida pública, devido à desconfiança dos investidores sobre a capacidade desses países em honrar todos os compromissos assumidos.
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Como a crise financeira internacional ainda está longe de ser resolvida, as incertezas continuam provocando a redução do ritmo de atividade econômica em todo o mundo. Como consequência, a rentabilidade das empresas diminui, o que reduz a capacidade de distribuição de lucros aos acionistas e causa a queda nas cotações dos papéis negociados em bolsa. O desempenho dos principais índices de ações nos últimos anos tem sido medíocre.
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A crise econômica pode ameaçar, ainda, a estabilidade política dos países. A queda de governos de nações localizadas em regiões mais propensas a conflitos armados tem o potencial de gerar grandes desequilíbrios sociais que podem terminar em guerras.
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Os defensores do investimento em ouro acreditam que o atual ambiente mundial conturbado é uma oportunidade para aliar a segurança que o metal oferece com a chance de conseguir rentabilidade acima da média. Como o ouro é considerado uma reserva de valor, a demanda pelo metal tende a aumentar em períodos de grandes incertezas.
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Muitos acreditam que os fatores que desencadearam a subida do metal nos últimos anos ainda não foram solucionados e, portanto, o potencial de alta das cotações continua.
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Mas existem visões contrárias, que põem em dúvida se o excelente desempenho do ouro no passado poderá ser repetido. A principal crítica é que a aplicação no metal não produz nenhum tipo de riqueza. Para as cotações continuarem subindo, novos investidores precisam ser convencidos a comprar o metal.
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Warren Buffett, o mais famoso investidor do mundo, defendeu a tese contrária ao investimento em ouro em carta recente aos acionistas de sua empresa de investimentos, a Berkshire Hathaway. Para Buffett, não faz sentido tentar preservar o patrimônio transformando toda a poupança em uma quantidade fixa do metal.
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Mais rentável e igualmente seguro é manter uma carteira com investimentos produtivos, tais como terras agricultáveis e participações em empresas rentáveis e bem administradas. O valor intrínseco desse tipo de aplicação não será reduzido com o passar do tempo, mesmo com todas as crises que o mundo possa vir a enfrentar.
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E a riqueza produzida por uma carteira de investimentos produtivos aumentará ao longo dos anos, devido aos lucros dos empreendimentos. É uma vantagem clara em relação à alternativa de transformar o patrimônio em uma pilha de barras de ouro.
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Uma possibilidade para os investidores que desejam explorar o mercado de forma oportunista é explorar as oscilações de preço no curto prazo. A cotação do metal é volátil e possibilita a chance de lucros com transações rápidas. No entanto, para atingir esse objetivo, é preciso investir nos instrumentos adequados, que permitam agilidade nas transações.
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Com a queda das taxas de juros no Brasil, é provável que o investimento em ouro ganhe popularidade. É fundamental conhecer as diversas formas para comprar o metal e escolher as mais adequadas para atingir cada objetivo.
Fonte: Valor Econômico
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