NOTÍCIAS

Siderúrgicas priorizam os investimentos em mineração

5 de junho de 2012

As siderúrgicas estão reduzindo os investimentos na ampliação da produção de aço no país, devido à sobreoferta do produto no mercado internacional. Levantamento do Banco Nacional de Desen

As siderúrgicas estão reduzindo os investimentos na ampliação da produção de aço no país, devido à sobreoferta do produto no mercado internacional. Levantamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aponta queda de 33% nas estimativas de inversões entre 2012 e 2015 ante o período de 2007 a 2010. Por outro lado, as usinas passaram a realizar aportes significativos na extração de minério de ferro, como forma de aumentar a rentabilidade e fugir dos elevados custos com matérias-primas.

rn

De acordo com relatório do BNDES, os investimentos do setor siderúrgico deverão somar R$ 21 bilhões até 2015, enquanto que entre 2007 e 2010 os aportes no país totalizaram R$ 32 bilhões.

rn

A queda é resultado de um excedente de 526 milhões de toneladas de aço no mercado mundial. A sobreoferta é provocada pela redução do consumo em países da Europa, além dos Estados Unidos pós-crise crise financeira internacional.

rn

No Brasil, as siderúrgicas sofrem também com um cenário de demanda abaixo da oferta, aliado ao risco de aumento das importações. Para reduzir a concorrência, as empresas instaladas no país concederam descontos que deixaram os preços domésticos próximos aos praticados pelos concorrentes internacionais.

rn

Porém, a redução ocorreu justamente quando os custos com insumos, principalmente minério de ferro, aumentaram de forma significativa, o que reduziu consideravelmente as margens de lucro do setor.

rn

Para retomar a lucratividade, as usinas passaram a investir pesado na produção mineral e hoje são responsáveis por grande parte dos investimentos estimados para os próximos anos. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), os aportes na indústria extrativa somarão US$ 75 bilhões entre 2012 e 2016.

rn

Para o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, esta é uma tendência natural do segmento, que sofre com o aumento dos custos operacionais. “Não há sinalização de redução nos preços do minério de ferro e as empresas buscam reduzir a dependência pelo insumo produzido por terceiros”, afirma. Segundo o especialista, não é esperada uma retomada dos investimentos na ampliação da capacidade de produção de aço, pelo menos no longo prazo.

rn

O analista da Tendências Consultoria, Bruno Rezende, também não acredita em retomada dos aportes na ampliação da capacidade produtiva do setor siderúrgico. “As empresas deverão ficar em stand by entre 2012 e 2013”, aposta.

rn

Ele lembra que projetos importantes ainda estão no papel e não deverão ser implantados até que seja verificada uma melhora no mercado. Entre os aportes que foram cancelados, está a duplicação da planta de João Monlevade, no Vale do Aço, da ArcelorMittal. O empreendimento, estimado em R$ 1,2 bilhão, foi suspenso pela companhia e ainda não tem data para ser retomado.

rn

Todas as grandes siderúrgicas estão investindo pesado em mineração. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por exemplo, está ampliando a mina Casa de Pedra e a Nacional Minérios S/A (Namisa), ambas em Congonhas (Campo das Vertentes). O projeto está incluído no plano que poderá alcançar R$ 16 bilhões de aportes em Minas Gerais por parte da empresa de Volta Redonda (RJ). O projeto compreende também um usina siderúrgica no Campo das Vertentes, mas que ainda não saiu do papel.

rn

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas) criou recentemente uma joint venture com a japonesa Sumitomo para investir no setor. A Mineração Usiminas S/A (Musa) deverá investir aproximadamente R$ 4 bilhões para ampliar suas operações no Quadrilátero Ferrífero.

rn

Apesar de os projetos de ampliação na cadeia mineral ainda estarem em fase de implantação, o minério de ferro já se tornou a principal fonte de geração de caixa de empresas siderúrgicas. O segmento passou a responder por metade do Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de algumas fabricantes de aço.

rn

Na Usiminas, o segmento mineral foi responsável por 58% da geração de caixa operacional medida pelo Ebitda no primeiro trimestre, conforme último balanço divulgado. A CSN também registra um aumento na participação da mineração em seus resultados. De acordo com relatório da companhia, 50% da geração de caixa operacional no primeiro trimestre deste ano foram originados na venda de minério de ferro, enquanto a siderurgia foi responsável por 30%.

 

Fonte: Diário do Comércio

Compartilhe:

LEIA TAMBÉM



AngloGold Ashanti realiza simulado de emergência de barragem na comunidade de Barra Feliz

19 de novembro de 2018

Terceiro evento em Santa Bárbara mobiliza moradores. Mais de 240 se envolveram na ação, 60% do público-alvo. Próximo treinamento ocorrerá…

LEIA MAIS

Belo Horizonte é o terceiro mercado de coworking no Brasil

27 de novembro de 2018

Maior empresa do setor no mundo lança espaço de seis andares na cidade Terceiro maior mercado de coworkings do Brasil…

LEIA MAIS

Mineração Serra Verde apresenta melhorias no projeto de Terras Raras em Minaçu

6 de outubro de 2020

A Mineração Serra Verde traz a público atualizações em seu projeto de Terras Raras em Minaçu, Goiás, que proporcionarão ainda mais segurança,…

LEIA MAIS