Sondagem da Cleveland indica potencial para série de veios mineralizados em Goiás

A Cleveland Mining publicou hoje (27) novos resultados de sondagem do depósito Lavra, que faz parte de O Capitão, projeto de ouro adjacente à mina Premier, em Crixás (GO), carro-chefe da mineradora. As interseções identificadas, até o momento, apontam potencial para uma série de veios, que podem expandir a mineralização de Lavra.

 

A mina Premier está perto de concluir o processo de expansão da planta de processamento, que vai passar de 33 toneladas por hora para cerca de 100 toneladas por hora. Antes de aumentar a produção no empreendimento, porém, a Cleveland quer iniciar atividades de mineração em Lavra para produzir mais ouro e gerar fluxo de caixa livre, que será usado para melhorar recuperação e controle de teor em Premier.

 

A sondagem de circulação reversa foi iniciada para aumentar os recursos inferidos de Lavra, que são de 134 mil toneladas com teor de 11,14 gramas de ouro por tonelada, para 48 mil onças. Duas cavas, atualmente, estão otimizadas para conter um máximo de 20.400 onças de ouro. No entanto, segundo a mineradora, uma zona entre as cavas, chamada de Saddle Area, não foi adicionada ao plano de mina devido à falta de sondagem e, por isso, a Cleveland realiza essa campanha.

 

A campanha, que teve início em 4 de abril, foi projetada para abrir 18 furos de sondagem e deveria ser finalizada em uma semana. No entanto, um problema no compressor da plataforma de sondagem de circulação reversa fez com que os trabalhos fossem suspensos. Até o momento, foram feitos 9 dos 18 furos previstos. O melhor resultado dos ensaios foi uma interseção de dois metros com teor de 7,1 gramas de ouro por tonelada, a partir da superfície.

 

“A interpretação conceitual da geometria dos veios de Lavra avançou, como resultado da sondagem, e os conceitos, se provados, terão ramificações econômicas significativas e positivas”, disse a Cleveland em comunicado ao mercado nesta quarta-feira.

 

A Saddle Area tem potencial para acrescentar aproximadamente entre 9 mil e 33 mil onças de ouro para o portfólio da mineradora australiana, que diz que o teor e o cumprimento da área são alinhados com os de recursos vizinhos e adjacentes. A Cleveland disse que, com base nos resultados até o momento, o teor de ouro parece aumentar à medida que a sondagem avança para o norte.

 

Os geólogos da mineradora disseram que, a partir das informações e resultados coletados até o momento, aproximadamente 70% da mineralização de Lavra não foi explorada. Os garimpeiros que extraíam ouro na região estão ajudando na sondagem da Cleveland, tendo em vista que afirmam ter retirado ouro em até 120 metros de profundidade. A mineradora disse que, até o momento, dois níveis de mineralização, nos primeiros 24 metros, confirmam as informações dos garimpeiros.

 

Sobre o problema do compressor na plataforma de sondagem, a Cleveland disse que não foi causado pela empresa que realiza as atividades, e que “apesar da má qualidade do compressor, conseguiu completar metade da campanha”. A empresa australiana informou que decidiu finalizar a campanha mais cedo para garantir que dinheiro não seja gasto com trabalhadores e equipamentos ociosos.

 

A Cleveland afirmou que continua trabalhando para realizar uma campanha de sondagem maior em Lavra. Além dos ativos de ouro em Goiás, a companhia também tem projetos de minério de ferro em Minas Gerais, que devem ser negociados pela mineradora.

 

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