Suspensão de outorgas pode afetar desempenho do setor

5 de abril de 2013

O desempenho do setor mineral brasileiro em 2013 poderá ser afetado pela suspensão das outorgas e concessões de licenças por parte do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A opinião &eacute

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O desempenho do setor mineral brasileiro em 2013 poderá ser afetado pela suspensão das outorgas e concessões de licenças por parte do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A opinião é do diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Ribeiro Tunes. Após registrar queda de 3,7% em 2012 na comparação com o ano anterior, a entidade estima que o valor da produção mineral no país deverá crescer pouco no atual exercício.

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No ano passado, o valor da produção atingiu US$ 51 bilhões, contra US$ 53 bilhões em 2011. Os dados são da publicação “Informações e Análises da Economia Mineral Brasileira”, divulgada nesta semana pelo Ibram.

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De acordo com Tunes, a expectativa para 2013 é de crescimento de aproximadamente 2% em relação ao ano passado, podendo chegar até 5% em um cenário mais otimista. Entre os fatores que deverão impulsionar o resultado, está a melhora nos preços internacionais do minério de ferro, além de projeções de um crescimento maior da economia brasileira.

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Porém, conforme o diretor do Ibram, as projeções de crescimento do setor poderiam ser maiores caso a emissão de licenças não estivessem suspensas no país. Ele explica que, além de inviabilizar novos projetos, a decisão do governo federal de não conceder as autorizações enquanto discute o novo marco regulatório da mineração poderá também forçar a paralisação de complexos minerários já em atividade.

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Isso pode ocorrer em função de as mineradoras necessitarem constantemente de novas outorgas à medida em que exploram as áreas minerárias.

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Tunes afirma que a paralisação do DNPM deverá afetar as projeções de investimentos do setor no Brasil que é de US$ 75 bilhões entre 2012 e 2016. Segundo ele, a entidade está revisando o levantamento de planos de aportes no país e este montante poderá mudar por conta da falta de licenças.

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DIVULGAÇÃO

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No ano passado, o valor da produção mineral atingiu US$ 51 bilhões, contra US$ 53 bilhões em 2011
Queda em 2012 – De acordo com o diretor do Ibram, o principal motivo para a retração no valor da produção mineral verificada em 2012 foi o comportamento dos preços internacionais do minério de ferro, uma vez que o mineral é um dos mais importantes na formação do indicador.

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Tunes explica que os preços do minério vinham aumentando em um ritmo constante até 2011, quando houve uma alta considerada fora do normal. Para se ter uma ideia, naquele ano, o valor da produção mineral brasileira subiu 35% na comparação com 2010. “No exercício passado, a cotação se acomodou um pouco”, afirma.

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Outro fator que pesou no resultado de 2012 foi o crescimento abaixo do esperado da economia brasileira. O diretor lembra que o Brasil tem um consumo interno de minerais expressivo e o arrefecimento impactou diretamente no valor da produção.

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Ainda conforme os dados da publicação do Ibram, a produção de minério de ferro em 2012 foi de aproximadamente 510 milhões de toneladas, contra 390 milhões de toneladas no ano anterior. O montante representa incremento de 30% no período.

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Minas Gerais continua como o principal produtor de minério de ferro. No ano passado, o Estado respondeu por 67% do total extraído no país. Em seguida, aparece o Pará, com participação de 29,3%.

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Fonte: Diário do Comércio