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Tesouros que transformam a economia

10 de abril de 2014

Mapeamento do subsolo goiano indica que há riquezas espalhadas por mais de mil km². Novas jazidas de ouro, terras raras e de fosfato vão ser exploradasrnTerceira maior província mineral do País, Goiás desponta

Mapeamento do subsolo goiano indica que há riquezas espalhadas por mais de mil km². Novas jazidas de ouro, terras raras e de fosfato vão ser exploradas

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Terceira maior província mineral do País, Goiás desponta hoje no Brasil e no mundo pela grande fertilidade de seu ambiente geológico. O Estado possui verdadeiros tesouros como níquel, ouro, cobre, nióbio, fosfato e amianto, distribuídos em pouco mais de mil quilômetros quadrados de seu território, riqueza que têm atraído as atenções de grandes grupos do setor. Um dos carros-chefe da economia goiana, a mineração tem cerca de R$ 7,8 bilhões em investimentos já em fase de andamento ou programados para até 2019.

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O valor da produção mineral do Estado cresceu quase 46% entre 2010 e 2012, quando alcançou os R$ 6,6 bilhões, segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ligado ao Ministério de Minas e Energia. O crescimento só não foi maior por causa da queda na cotação de vários minerais. Os municípios goianos que registram os maiores valores são Alto Horizonte, Niquelândia, Barro Alto, Crixás, Minaçu e Catalão. Os minerais níquel, cobre, ouro e amianto detêm os maiores valores (veja quadro).

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Goiás é o primeiro colocado no ranking brasileiro de extração de níquel, com 37,12% da produção nacional. O Estado também lidera a produção nacional de cobre, com34,38% do volume nacional, e é o segundo colocado na produção de ouro, com 20,04% de participação.

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Já foram descobertas reservas minerais de Norte a Sul do Estado, desde a década de 60, sendo muitas exploradas ainda hoje. Atualmente, o setor gera 14,2 mil empregos em Goiás. Outros 6 mil empregos diretos e indiretos devem ser criados com os investimentos em andamento. A Região Sul do Estado, com destaque para Catalão e Ouvidor, é rica em reservas de fosfato e nióbio. O POPULAR apurou que mais de R$ 3 bilhões serão investidos para ampliar a produção desses minerais na região.

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Ouro

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Na região do Vale do São Patrício, estão os municípios do ouro, cuja extração movimenta a economia de cidades como Alto Horizonte e Pilar de Goiás, que recebem constantes investimentos. O superintendente regional do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Luiz Fernado Magalhães, ressalta que o preço do ouro tem estimulado investimentos no minério. O município vizinho de Guarinos está entrando nessa rota. O ouro goiano tem forte presença na Região Norte do Estado, movimentando a economia do município de Crixás.

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O Norte Goiano também é conhecido pela produção de amianto crisotila, cuja única mina no Brasil fica em Minaçu. Agora, o município se prepara para entrar na rota da extração de terras raras e ganhará até um polo de beneficiamento de seus minérios , um projeto pioneiro do setor de mineração no Brasil, que receberá R$ 1,2 bilhão em investimentos.

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A Região Norte de Goiás já é mundialmente conhecida pela produção de níquel, explorado nos municípios de Niquelândia e Barro Alto. O mineral também está presente em reservas ainda não exploradas em municípios como Iporá, Santa Fé e Jussara, na Região Oeste do Estado.

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Goiás ainda se destaca pela presença de recursos minerais para construção civil, como o calcário para cimento, que está recebendo pesados investimentos. A expectativa é que a região entre Cezarina, Edealina e Indiara se torne um polo de produção de calcário e cimento. Investimentos já foram anunciados para a região de Formosa.

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Águas

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Até mesmo as águas termais continuam atraindo a atenção de investidores do turismo na região do município de Rio Quente. A água mineral também é explorada em municípios como Anápolis, Bela Vista, Itaberaí e Goiânia.

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O CPRM é responsável pelos estudos para conhecimento geológico e avaliação do potencial mineral dos Estados. “Temos desenvolvido um grande trabalho para entendimento da geologia e avaliação do potencial de Goiás, com mapeamento dos principais ambientes geológicos para ocorrência mineral”, afirma Luiz Fernando. Isso, apesar da crise de financiamento à pesquisa e prospecção mineral. Hoje, segundo ele, os grandes investidores querem implantar projetos mais maduros, que tragam mais segurança ao investimento.

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Entre 2002 e 2008, Goiás tinha um estoque expressivo de reservas minerais, que acabou reduzido. O Levantamento Aerogeofísico do Estado, feito pelo Governo de Goiás, CPRM e Ministério das Minas e Energia, entre 2004 e 2006, mapeou 170 mil quilômetros quadrados do território goiano e se tornou um referencial para as empresas do setor. Goiás está 70% coberto pelo levantamento. Vale lembrar que a decisão de exploração depende muito do comportamento do mercado.

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Fonte: Jornal O Popular

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