Testes de flotação têm resultados positivos em projeto de fosfato da Aguia
7 de junho de 2016
Os trabalhos foram realizados pela Eriez para determinar a recuperação e os teores de fosfato do minério oxidado e fresco do projeto
A Aguia Resources informou ontem (6) que concluiu uma nova sequência de testes de flotação em coluna, que tiveram “resultados excepcionais” para o projeto de fosfato Três Estradas, próximo a Bagé (RS). Os trabalhos foram realizados pela Eriez para determinar a recuperação e os teores de fosfato do minério oxidado e fresco do projeto.
A mineradora australiana disse que várias etapas da flotação em coluna foram realizadas em rocha de minério fresca e foi determinado que um circuito com configuração rougher-cleaner-cleaner-scavenger teria melhor rendimento na flotação de apatita. As informações são de comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira.
Por meio desse circuito, a Aguia obteve um concentrado final com teor de 30,25% de pentóxido de fósforo (P2O5), com uma taxa de recuperação de 84,6%. A mineradora disse que os números correspondem a uma grande melhoria em relação aos resultados anteriores de testes que usaram células de flotação mecânica convencionais no laboratório da SGS no Canadá, de 28% de P2O5 e recuperação de 65%.
“Esse foi o primeiro teste que empregou flotação em colunas e esses resultados superaram nossas expectativas. As recuperações e teores do concentrado são uma melhoria significativa sobre os testes do ano passado e vão impactar positivamente diferentes aspectos do projeto [Três Estradas], incluindo o projeto da mina e cronograma de mineração, à medida que o valor econômico da rocha aumentou substancialmente”, afirmou Fernando Tallarico, diretor técnico da Aguia.
Os testes apontaram que o minério oxidado demonstrou que uma etapa de flotação em coluna rougher é capaz, sozinha, de produzir um concentrado com 31,1% de P2O5, com recuperação de 80,1%. Segundo a Aguia, isso significa que o minério oxidado pode ser processado por meio da mesma configuração de coluna da rocha fresca, mudando apenas os reagentes, fator que é positivo para os custos de capital e para o manuseio de material para a planta.
A Aguia disse que o Milcreek Mining Group continua fazendo a revisão de Três Estradas e vai incorporar esses novos números de recuperação no plano de mina, com expectativa de concluir o estudo prévio de viabilidade econômico-financeira nos próximos dois meses.
A Golder Associates também avança com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que deve ser entregue pela Aguia em agosto, buscando a licença prévia para o projeto de fosfato Três Estradas.
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